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quarta-feira, 24 de julho de 2013

PM CARIOCA REPETE O EXÉRCITO DA DITADURA: FORJA ATENTADOS PARA INCRIMINAR MOVIMENTO POPULAR

JORNAL COMENTADO 140
6:24 – 24.07.2013 – Quarta-feira

TONy pacheco*


“Cobertura das manifestações contra a visita do Papa e contra o governador Sérgio Cabral no Rio de Janeiro”
(“Jornal Nacional” de ontem, Rede Globo)

Esta é para os mais jovens, já que os mais velhos se lembram muito bem...
Ontem, o “JN” dedicou um bom espaço às manifestações dos cariocas contra a visita do papa Francisco, de início pacíficas, com cartazes reclamando da homofobia do atual e de todos os papas anteriores a ele. Bandeiras do arco-íris tremulavam nas mãos de algumas milhares de pessoas. De repente, começa o pau a quebrar, coquetéis molotov são lançados por um grupo de manifestantes. Dali a pouco, E A IMAGEM NÃO DEIXA DÚVIDAS, dois “manifestantes” saem do meio da confusão criada, tiram as camisas e correm em direção à barreira montada pela PM do Rio de Janeiro. São imediatamente reconhecidos e é-lhes dada passagem para o lado das “forças da ordem”. Bem, ficou claríssimo, graças ao jornalismo verdadeiro da Rede Globo que o que se chama de “vandalismo”, “enfrentamento com a Polícia”, não passa de trabalho (agora ESCANCARADO) de agentes da própria Polícia para tentar desmoralizar as manifestações populares: DEMOROU, MAS A GLOBO SABE QUE ESTE GOVERNO VAI EMBORA E A REDE GLOBO pode até PERMANECER, mas sem credibilidade ela desapareceria...
E, aí, temos que lembrar aos mais jovens que em 30 de abril de 1981, em plena ditadura militar dos generais, almirantes e brigadeiros, o Centro Brasil Democrático, resolveu fazer um show de comemoração ao Primeiro de Maio (Dia Internacional do Trabalhador), no RioCentro, sob um roteiro de Chico Buarque de Hollanda e com participação de mais de 30 artistas, entre eles, Alceu Valença, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Djavan, Gal Costa, Angela Rô Rô, Gonzaguinha, Ivan Lins e tantos outros. Por volta das 21 horas, em pleno andamento do show, que era um claro desafio à ditadura, explode uma bomba num carro no RioCentro. Morre um sargento do Exército e é ferido gravemente um capitão. A bomba estava no colo deles, imagine a competência... A ditadura logo brada que foram “esquerdistas” que explodiram a bomba. Mas, logo depois fica CLARÍSSIMO, que a bomba era um atentado da própria ditadura, que queria provocar uma tragédia no show para impedir a redemocratização do Brasil. O sargento morreu, mas o capitão virou coronel e depois foi “ensinar” sabe-se-lá-o-quê numa escola militar de Brasília.
E ainda tem o caso do Cabo Anselmo, que enganou direitinho a esquerda brasileira ao liderar a Revolta dos Marinheiros, em 1964, um dos eventos que deram a desculpa aos militares para deflagrar o golpe de Estado de 31 de março de 1964, que instaurou a ditadura militar no Brasil. Militar, Anselmo infiltrou-se nos movimentos esquerdistas para INCENDIAR o País e justificar um golpe. Conseguiu. Depois, ainda posando de esquerdista, foi até recebido em Cuba (imagine como é competente o serviço secreto dos Irmãos Castro...), voltou ao Brasil e hoje está vivinho da silva, tentando “indenização” igual àquela que o governo atual paga aos ex-guerrilheiros esquerdistas. O sujeito era tão dissimulado que entregou a própria mulher para ser morta pelas forças da repressão militar.
Então, fica o aviso para os suicidas do PT: fiquem apoiando este tipo de manobra das forças policiais do governador do Rio de Janeiro... Lembrem-se de Karl Marx: “A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. Fica o recado, mas sabendo que a oligofrenia vai garantir que este pessoal vá todo para o abismo mesmo. Ou, como diria o próprio Marx: "para o lixo da História".

“Movimento Passe Livre protesta e trava o trânsito”
(“Tribuna da Bahia”)

E agora não é apenas a moçada que está participando da tentativa de dar transparência ao NEGÓCIO ÔNIBUS. Ontem, viam-se também professores e profissionais liberais participando do movimento em Salvador, na Av. Luiz Viana, a Paralela. As pessoas querem transparência. Querem saber por que o prefeito de Salvador nem dá bola ao movimento, por exemplo, sem receber seus líderes, embora o assunto ônibus seja o que mais afeta a cidade: as milhões de pessoas que usam como transporte diário e o resto da população, que fica travada porque o serviço É TÃO RUIM, TÃO RUIM, MAS TÃO RUIM, que trava a cidade com suas cangalhas velhas que vivem enguiçadas, batendo, atropelando e, atualmente, matando e ferindo. O prefeito não se move em direção a obrigar os empresários de ônibus a abrir suas planilhas de custo e BAIXAR O VALOR DA TARIFA, como outras capitais já fizeram em direção a um futuro de transporte público sem tarifa nenhuma. E o governador, este nosso carioca boa-praça, simpático como todo carioca, também não está nem aí nem está chegando. Ele voa, não anda de ônibus...
Mas, como este Jornal Comentado não é palanque e, sim, um tipo “ombundsman” que vigia a mídia, fica a pergunta: que homenagem maluca é aquela de transformar o Monumento a Luís Eduardo Magalhães na Paralela em Monumento a Carlos Marighela? Luís Eduardo nunca teve nenhuma razão objetiva pra ser alvo daquele tipo de monumento. Era um rapaz inteligente e educado, mas nada fez de relevante para a Bahia e o Brasil que justificasse a monumentalidade da homenagem. E Carlos Marighela piorou, pois a única coisa que fez em vida de relevante foi negativa: tentou implantar uma ditadura marxista no Brasil. Lutava por isso, com idéias e com armas. Nunca lutou por liberdades públicas, democracia, pelo contrário, era marxista-leninista ortodoxo, queria SUBSTITUIR a ditadura dos generais-almirantes-brigadeiros por uma ditadura sua e de seus companheiros marxistas.

Realmente, este negócio de confundir a justeza de um movimento (a substituição do serviço caótico de transporte público no Brasil por um serviço digno e confortável e honesto), por movimentos político-partidários pra lá de “carimbados” é coisa de Cabo Anselmo. 
Xocotô, mangalô, três vezes!

* tonY Pacheco é jornalista-radialista profissional. Também estudou Economia e Psicanálise. E você diria: "E eu com isso?"

3 comentários:

  1. Perfeito,Tonito.

    Ronaldo Casali

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  2. Outro exemplo de infiltração se deu em 1982 na PUC SP no show que era pra ser a "reconciliação" entre os punks do ABC e da capital. Na manchete do fantástico aparecia que "um grupo de baderneiros infiltrados na multidão" havia começado tudo ( tem ouvido essa lenga-lenga ultimamente?). Dias depois ficou-se provado que foram agentes militares infiltrados que começaram tudo. Até você vai ficar aí parado?
    Jota

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  3. Acho q deviamos protestar contra a situaçao do país e do povo, e nao levar para o lado pessoal, e ficar indo contra o Cabral, q ja foi tao positivo para o RJ

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