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quinta-feira, 11 de julho de 2013

O governo se manifesta

Ricardo Líper

Olhem como são os cartazes do povo de verdade quando vai às ruas e compare...
nas manifestações da CUT e outros que vivem às custas do governo, é tudo chique, cheio de bolões, faixas lindas e bem pintadas. Huuuuummmmmm!!!!!

A tática é velha, pode ser que funcione novamente ou não. As massas foram adiante das lideranças na voz das ruas, como reconheceu a inteligente Presidenta. Já, hoje, as lideranças foram para as ruas botar a canga em cima da massa. Coisa velha. Pode ser ordem do próprio governo ou de uma das suas facções para tomar o poder, nunca saberemos. Tomar pelo desgaste e conchavos, não por golpe. Arranjar o que pode parecer justo e protestar é facílimo. Agora, observe como são ricos esses manifestantes. Faixas bem feitas e caríssimas, bolas caras, carro de som. A coisa é boa. É uma melhor estratégia do que reeditar a ditadura com pimenta e porrada em adolescentes.  Os partidos com suas bandeiras, tudo parece já ensaiado e congelado. Futuros e velhos líderes discursando para botar a cangalha e evitar o povo falar o que não deve. As propostas são outras. Isso eu já conheço e todo mundo conhece. O que está me surpreendendo é que a massa está desconfiada, coisa que não ocorria. Só estão indo os ingênuos, os que sofrem de manifestite. Teve manifestação, vai. Cadê que se posicionam esses surpreendentes manifestantes de última hora contra a copa ou os estádios? Hem, hem, hem, hem? Agora, chatear o povo chateia, engarrafa o tráfego, atrasa os ônibus. Mas garanto que os vândalos serão poucos, não vai ter porrada braba nem pimenta e gás lacrimogêneo no PC do B, for exemple. Nem nos grupos do PT. Please, no. Pode dar chabu como deu aqui na eleição do prefeito pela oposição. E nos deu o que nos deu. Pode muito bem fazer os Fernandos voltarem disfarçados ou não com essas medidas velhas e requentadas em uma frente ampla que vive muitas vezes se comendo pelas pernas. Quem é que vai dar porrada em um povo com tantas coisa bonitinhas na avenida e sem questionar o fundamental, nem pedir prestações de contas, morrendo nos hospitais sem ter acesso aos médicos que estarão, claro, se manifestando agora também. E vendo os estádios nos quais jamais entrarão porque não foram feitos para menino desgraçado e pobre que, no máximo, anda de skate, quando rouba de alguém. Ora, meu caro Watson, é tão elementar que não me interessa em absoluto ouvir essa gente, já sei onde vão parar e o que querem. Eu queria ter ido tranquilo para  a Argentina comer queijo e beber vinho e dançar tango e ainda mandar para os manifestantes de hoje, o meu retrato, eu lá, no reggae, porque não costumo comer reggae, é melhor fazer como eles, fazer o reggae. Olha lá, a direitona é esperta também, fiquei admirado que os Fernandos, que continuam no poder de uma certa maneira, não estarem nessas manifestações também.  Fernando aqui são personagens, coisa de filósofo, apenas. Filósofo escreve assim filosofice para ninguém entender direito e a gente ganhar dinheiro para explicar... Metáforas, hermenêuticas, enfim  a eterna dialética dos sabidos e dos otários. Essa sim, superou a de Hegel e Marx.  A do senhor e do escravo. A que existe mesmo, mas aqui já envelhecida, é a do esperto e a do otário. E o otário sou eu, sem dúvida, que deveria estar fudendo, comendo gente, bebendo e comendo chocolate e estou aqui querendo mostrar coisas que todo mundo já sabe. À vezes eu mesmo me desconheço.  

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