Filmes Comentários

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Tudo Acontece Para o Melhor

Aprendam a serem absolutamente pacificos porque a uma coisa que muda o mundo são mostrar, com a lógica humana nos seus cérebros, para o melhor para todos. A violência nada serve. A única coisa que muda o mundo, o que não é ruim, aos poucos e depois todos que vão compreendendo que a verdadeira felicidade são as relações libertárias. Quer dizer as pessoas ficam felizes nas suas igualdades mas o respeito para suas diferenças. Obeservem. E cada vez mais vão se mudando o mundo para todos serem livres e felices em tudo que são suas diferenças.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Bombas-relógio do Cáucaso III

 

NAGORNO-KARABAKH ou ARTSAKH


Território habitado historicamente por cristãos armênios, mas entregue ao muçulmano Azerbaijão por decisão do ex-ditador russo Josef Stálin, Nagorno-Karabakh significa “alto” ou “montanhoso” (Nagorno) e “jardim negro” (Karabakh). Tornou-se independente, “de facto”, em 1992, depois da guerra de 1988 que durou até 1994, envolvendo Armênia e Azerbaijão. O Ocidente conhece o novo país como República de Nagorno-Karabakh, mas em Armênio é República Artsakh do Alto Karabakh, sendo Artsakh o nome desta região como os armênios a conhecem há séculos.
Depois que a União Soviética tomou o controle da área, em 1923, formou-se o Oblast Autônomo do Nagorno-Karabakh (OANK), dentro da República Socialista Soviética do Azerbaijão, por decisão de Stálin. Nos últimos anos da União Soviética a região voltou a ser palco de conflitos entre armênios e azeris, o que culminou com a Guerra do Nagorno-Karabakh. Embora não seja reconhecido internacionalmente (mesma situação da Abkházia, Ossétia do Sul, Taiwan, Palestina, Kosovo e Transnístria), é um país independente, pois o Azerbaijão não tem condições de recuperar o território que já está nas mãos dos armênios locais há mais de 23 anos e a vizinha Armênia tem garantido a independência local, como a Rússia garante a da Abkházia e os EUA e União Europeia garantem o Kosovo.
Com 11.458 km², Nagorno-Karabakh tem a metade da área de Sergipe e uma população estimada em 150 mil habitantes, sendo 95% de etnia armênia, seguidores da Igreja Apostólica da Armênia, uma das razões principais pelas

quais se tornou independente do Azerbaijão, uma nação de maioria islâmica e que, por isso, sempre criou muitas dificuldades para os cristãos de Karabakh. A capital é Stepanakert, com 53 mil habitantes, que foi criada pelos russos soviéticos no início do século XX.
Só justifica a ida para o turista brasileiro que tenha ascendência armênia e que queira ajudar seus compatriotas que estão tentando edificar um novo país. Agora, sabendo que é uma região disputada com um país islâmico, no caso, o Azerbaijão, e que há um potencial imenso de uma guerra irromper a qualquer momento, é o tipo de destino perigoso.
Se for, não me chame.

Site do Ministério de Relações Exteriores de Nagorno-Karabakh: http://www.nkr.am/en/





Bombas-relógio do Cáucaso II


 AZERBAIJÃO

Tem-se como origem do nome a palavra persa “azar”, que significa fogo, daí, Azerbaijão seria a “Terra do Fogo”. Praticamente o mesmo tamanho e população da Áustria, com a diferença que a maioria do povo azeri não vive lá: são 8,4 milhões dentro do país e quase 20 milhões no Irã, onde formam a maior minoria. Faz fronteiras ao Norte com Rússia e Geórgia; a Oeste. Armênia; ao Sul, Irã e a Leste é banhado pelo Mar Cáspio. Embora, desde a independência da extinta União Soviética, o governo de Baku tente convencer ao mundo que é uma democracia parlamentar, na verdade é uma ditadura islâmica. Os cristãos, por exemplo, sequer podem editar a “Bíblia” na língua Azeri (uma língua de origem turca, mas escrita com o alfabeto latino). Baku jura de joelhos que é uma democracia que respeita não só outras religiões que não a maometana, como também permite a livre manifestação política. Mas, na prática, o governo controla tudo. País rico, por conta do petróleo, o Azerbaijão pertence ao Conselho da Europa, mas não respeita os Direitos Humanos consagrados por esta organização, mantendo estrita vigilância política e religiosa sobre a população. Deveria ser parte de um “Conselho da Ásia”, pois suas instituições e cultura têm tudo a ver com as tiranias asiáticas e não com as democracias europeias. Caia fora deste “azar”!

Site oficial de turismo: http://www.azerbaijan.travel/

Site mostra como é difícil a vida de um cristão no Azerbaijão: http://www.portasabertas.org.br/noticias/2013/10/2741584/

53

Bombas-relógio do Cáucuso I


ARMÊNIA

A Armênia é um destes países cujo nome pelo qual é conhecida dentro de suas fronteiras não tem nada a ver com o nome pelo qual é chamada pelo resto do mundo, tal como acontece com Alemanha (Deutschland), China (Zhonghua), entre outros. Os armênios chamam seu país de Hayastan. Faz fronteira a Leste com o Azerbaijão, a Oeste com a Turquia, ao Norte com a Geórgia e ao Sul com Irã e Azerbaijão (região de Nakhtchevan). Embora situada na Ásia, a Armênia é considerada um país europeu por razões culturais, assim como o Azerbaijão muçulmano é asiático, pelos mesmos motivos. Com uma área de apenas 29.743 km², é praticamente do tamanho do estado brasileiro de Alagoas e a população de 3,2 milhões de habitantes é muito menor do que os armênios que vivem fora do próprio país: 8 milhões de armênios estão espalhados em vários países do mundo, com maior concentração na Rússia, França, Irã, Estados Unidos e Brasil. Entre nós, com expressiva presença na cidade paulista de Osasco.

Desde a sua independência da antiga União Soviética, em 1991, luta contra dificuldades econômicas terríveis e hoje vive a ameaça de se tornar, novamente, um satélite da Rússia, tal como acontece com a maioria das ex-repúblicas soviéticas que ficaram independentes, mas não tiveram condições de se manter, como Bélarús (Bielo-Rússia), Ucrânia, Cazaquistão, entre outras.

Historicamente perseguidos pelos turcos, os armênios foram massacrados por aquele povo em 1915, sendo 1,5 milhão dizimados pelo Império Otomano. Hoje, a Armênia é um país pobre, com alto índice de desemprego e sem nenhum atrativo maior para o turista, pois sua infraestrutura é reduzidíssima

47

por conta da última guerra contra o Azerbaijão e, além disso, dividida politicamente entre aqueles que querem sua adesão à União Europeia e os que defendem um retorno à esfera de influência da Rússia, tal como acontece na Ucrânia.

Não é lugar para passear, a não ser que você seja um descendente de armênios e deseja conhecer seus antepassados e ajudá-los na difícil tarefa de edificar uma Armênia independente, custe o que custar. Que este povo merece esta consideração, não há como questionar.

Filme sobre o país: "Rapsódia Armênia", 2012, de Cesar Gananian, Gary Gananian e Cassiana Der Haroutiounian. Mostra o dia a dia dos armênios através de música e imagens emocionantes.

Site do Consulado da Armênia em São Paulo: http://consuladodaarmenia.com/

48

sábado, 22 de dezembro de 2018

NATAL: A PRIMEIRA “FAKE NEWS” DOCUMENTADA. A VERDADEIRA ORIGEM DAS “HISTÓRIAS” SOBRE JESUS.



tONy pACheco*

”Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. Com esta ideia, Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, entrou para a história dos comunicadores de massa, mas, na verdade (sic), ela não tem nada de original: esta ideia foi o princípio básico utilizado pelo Cristianismo para se tornar a maior religião do mundo. Os primeiros bispos cristãos, ainda no Império Romano, decidiram em vários concílios (reuniões que hoje os publicitários chamariam de “brainstorm”) que espalhariam clérigos por todo o Império repetindo “ad nauseam” que um mix de deuses e liturgias roubados das religiões do primeiro século depois de Cristo seria “a vida de Jesus”. Assim, deuses do Egito, da Pérsia, da Índia, de Roma e da Grécia tiveram suas vidas estudadas e trechos delas reunidos numa grande compilação que seria apresentada como verdade absoluta. Talvez a primeira “fake news” documentada da História.
ALERTA: este não é um texto contra a religiosidade de ninguém. Religiosidade é uma coisa que muitas vezes pode ser boa. Pode nos acalmar, nos dar resignação quando estamos desesperados, pode nos dar esperança e até nos ajudar a viver melhor se não tivermos a mente fraca nem formos manipulados por religiosos espertalhões. Este artigo é contra os “VENDILHÕES DO TEMPLO” de que a “Bíblia” nos fala, aqueles espertalhões que VENDEM DEUS e não entregam, porque é um deus e não uma mercadoria como eles querem fazer crer com suas práticas mercantis. Este é um texto contra os que transformam a religiosidade num negócio, geralmente sujo, mas ressalvando que o sentimento religioso, sem padres, pastores, bispos, aiatolás, mulás ou o que seja, é um sentimento que pode ser benéfico. Ou não.


“Festa estranha com gente esquisita”
("Eduardo e Mônica", Legião Urbana)

Natal é época de dar presentes, como no mito dos Reis Magos e, por isso mesmo, gera alegria (para os poucos que têm muito dinheiro) ou tristeza (para os que lutam contra as dificuldades da vida) e o consumismo desenfreado consome as almas. Mas é também época de muito mal estar psicológico para quem perdeu entes queridos, sejam pais, filhos ou amigos. Ou para as pessoas pobres (a maioria) que não podem realizar as fantasias de consumo que a época sugere.
É a época em que há muita crise de depressão e, no Ocidente, muitas tentativas de suicídio. Mas, de onde surgiu mesmo a comemoração do Natal? Este artigo-pesquisa pode libertar você que está deprimido com esta comemoração religiosa ao ver que, na realidade, esta data não tem nada, mas absolutamente nada mesmo, com o nascimento de Jesus Cristo, um deus que, como veremos, nem se sabe ao certo quando teria nascido (nascido aí não como, necessariamente, de um ventre, mas na cabeça das pessoas).
Importante ressaltar, no entanto, que este texto não é contra a religião cristã, é apenas o levantamento histórico das manobras e roubos de datas e liturgias que os clérigos cristãos fizeram com outras religiões anteriores à sua, mais ou menos como o que os evangélicos hoje em dia fazem com o Espiritismo e o Candomblé ao roubar seus “passes”, cânticos, danças e outras liturgias que são modificadas e apresentadas como coisas cristãs, mas que nós sabemos que não o são.
Seja cristão, candomblecista, umbandista, evangélico, muçulmano ou budista e até ateu, ninguém pode nem deve impedir isso, agora, não seja ignorante nem intolerante com as crenças ou descrenças alheias, porque aí é imperdoável.

1. QUEM NASCEU, MESMO? O Natal – 25 de dezembro é, na verdade, o dia da festa de vários deuses. Um dos mais antigos deuses reverenciados pelos humanos é seguido ainda hoje por 750 milhões de hinduístas, a maioria indianos: é Krishna, nascido em 3228 antes de Cristo e com um nome parecido. Como Jesus, a história do seu nascimento é de que sua mãe , Devaki, era virgem, engravidou virgem e continuou virgem. Também como Cristo, uma estrela marcou sua chegada ao mundo. Krishna também pertence a uma Trindade, como Jesus, e “por puro acaso”, também na Índia, 3 mil anos antes de Cristo, um ditador teria mandado matar milhares de crianças para ver se matava Krishna no meio deste infanticídio. Krishna, 3 mil anos antes de Jesus, era chamado de “Verdade Absoluta”, o mesmo epíteto usado para designar Cristo. O melhor é a morte terminar em ressurreição, absolutamente idêntica à história de Jesus, só que Krishna veio primeiro...
Outros deuses teriam nascido em 25 de dezembro: Hórus, em 3000 antes de Cristo. Sua mãe, Ísis, deu à luz sem ato sexual prévio, igual Maria, mãe de Jesus. Seu título era “Krst” (uau!). Ressuscitou um egípcio chamado El-Azar-Us (Elazarus, isto é, Lázaro). Passou 40 dias no Deserto do Saara lutando contra Set (o Satã que atormentava Cristo no deserto, huuuummmm!). Foi batizado com água e, chupada de todas as chupadas de marketing: os deuses Hórus e Osíris são representados, há 5 mil anos, por uma cruz e Hórus faz parte de uma Trindade também (Átom, deus-pai; Hórus, deus-filho; Rá, deus-espírito ou Osíris, pai; Hórus, filho e Ísis, a mãe). Dá para sentir onde os bispos cristãos foram “beber” a história do deus três em um que trouxeram para a Igreja que fundaram no primeiro século d.C. e consolidaram nos séculos seguintes.
Já o Buda, que teria nascido no século V a.C., começa a vida de líder religioso exatamente com a mesma idade de Cristo, 30 anos. Foi visto caminhando sobre as águas, igual Cristo. Usava parábolas para catequizar, igual Cristo, inclusive com a história do famoso “filho pródigo”. Multiplicou um pão e alimentou 500 seguidores. No Tibert (hoje ocupado pela China), os seguidores de Buda juram que ele ressuscitou. É coincidência demais.
Baco, em Roma, ou com o nome de Dionísio, na Grécia, é um deus do século II antes de Cristo. É filho do deus criador Zeus, que pegou a virgem Sémele e a emprenhou. Tentaram matá-lo quando era criança, transformou água em vinho e multiplicou peixes para alimentar seus discípulos. Ressuscitou também. Mais semelhança com Cristo, só se fosse clone.
Outro que teria nascido em 25 de dezembro, dois séculos antes de Cristo, foi o semideus Hércules, fecundado pelo mesmo Zeus, mas de outra virgem: Alcmena. Teve a tentação do Mal, representada por Hera, a esposa de Zeus. A única diferença em relação a Cristo é que teve a morte provocada pela própria mulher. O que é igualzinho à história de Cristo é que teve terremoto e eclipse do Sol no dia da morte de Hércules. Huuummm! Igual a Jesus, que só veio ao mundo 200 anos depois. Hércules teria ressuscitado e subido ao Céu. Você já ouviu isso antes.
Finalmente, Átis (nome dado a uma província romana na Turquia atual), teria nascido de uma virgem em 25 de dezembro de 1200 a.C. e teve um destino que os bispos católicos resolveram impor na história de Jesus: Átis foi crucificado. Sim, crucificado, foi enterrado e ao terceiro dia ressuscitou e subiu aos céus. História absolutamente idêntica a que foi atribuída a Jesus mais de mil anos após a suposta morte de Átis.

2. MITHRA, O DEUS GUERREIRO. O mais famoso de todos os deuses que teriam nascido em 25 de dezembro e a quem os cristãos odiavam e perseguiam seus seguidores com extrema violência, era Mithra, pois todos os soldados do exército de Alexandre, na Macedônia e Grécia, e os exércitos de Roma, seguiam este deus guerreiro. O Natal é a festa de nascimento deste deus e a festa no Império Romano era chamada “Natalis Solis Invicti”, ou nascimento do deus Sol invencível. É uma divindade oriental (da Pérsia) que chegou ao Ocidente através de Alexandre, O Grande, quando de sua vitória sobre o Império Persa, três séculos antes do nascimento de Jesus Cristo. O próprio imperador romano Constantino, que tirou o Cristianismo da clandestinidade a pedido de sua mãe, Helena Augusta (Santa Helena, para os cristãos), era o sumo sacerdote (equivalente ao papa) do Mithraísmo, a religião das legiões romanas. Os bispos cristãos roubaram até o dia sagrado de Mithra, que é o domingo (em Inglês, “Sunday” ou dia do sol e o sol era o símbolo de Mithra). Os cristãos também roubaram a maior festa do mithraísmo, uma festa móvel que caía entre março e abril, que os católicos transformaram na Páscoa cristã. Não por acaso, Mithra tinha 12 apóstolos, isto, séculos antes de Cristo e seus 12 apóstolos e tal como o Cristo, depois de ficar enterrado três dias, Mithra também ressurgiu dos mortos.
A festa do “Natalis Solis Invicti” coincidia, no calendário juliano (anterior ao nosso atual, o gregoriano), com o solstício de Inverno no Hemisfério Norte. Em todo o mundo ocidental e no Oriente Médio, 25 de dezembro era data de festas para comemorar o nascimento de deuses. Os primeiros papas do Cristianismo mudaram a data de nascimento de Jesus de janeiro para 25 de dezembro para roubar adeptos dos outros deuses que competiam com o Cristo nos primeiros séculos de nossa era e, principalmente, para atrair os militares do Império Romano para a nova religião que surgia, o Cristianismo.
Mithra era considerado pelos bispos cristãos como o mais “perigoso” dos deuses nascidos e festejados no 25 de dezembro em Roma, na Grécia e Pérsia: ele era o Deus Sol Invicto, nascido do deus-supremo Aúra-Masda, que “despejou a sua luz” sobre uma virgem, Anahira. O seu nascimento era celebrado como “o deus menino Mithra, que traz luz ao mundo” (você já ouviu isso em algum templo cristão, não é mesmo?). E mais: a representação de Anahira com o menino-deus Mithra é totalmente igual à de Maria com Jesus. Aliás, este é um mito recorrente: também Hórus, deus-menino no Egito, filho de Ísis e Osíris, é representado com a mãe de maneira igual às madonas que os pintores cristãos difundiram, numa imitação, uma “chupada”, como se diz na publicidade.
Este deus Mithra era o culto de maior quantidade de adeptos entre as tropas do Império Romano e isso era o principal desafio dos bispos adeptos de Cristo no início da formação da Igreja Católica Apostólica Romana, a religião a qual Cristo mandou Pedro (São Pedro) fundar: “Pedro, tu és pedra, e sobre ti erguerei minha igreja”. Cristo morto e a sua Igreja Apostólica fundada, ela não tinha seguidores entre os militares romanos, que continuavam a massacrar os cristãos por todo o império, da Europa até o Oriente Médio. Num saque genial em termos de marketing, os bispos reunidos em concílios (grandes seminários nos quais os clérigos cristãos decidiam as bases da nova religião) decidiram que o nascimento de Cristo deveria deixar de ser celebrado em janeiro e passar a ser comemorado em 25 de dezembro, justamente para ofuscar as festas do deus Mithra entre os militares romanos e também as festas de outros deuses nas províncias européias, africanas e asiáticas. Em vez de combater as festividades do deus militar, os bispos cristãos cooptaram a festa e a liturgia e assim começaram a seduzir quem realmente mandava no Império Romano, até que seduziram a própria mãe do imperador Constantino, que moribundo, “legalizou” a Igreja Católica e assim pôs um fim na perseguição aos cristãos. Jogada de mestre dos bispos, mas mostrando que o 25 de dezembro não tinha nada a ver com Jesus Cristo.
Pensando bem, hoje isto seria considerado plágio e os cristãos sofreriam uma ação penal.


3. A MÃE “VIRGEM”. Buda, “O Iluminado”, nasceu de um deus-elefante que engravidou uma virgem sem ato sexual. E até Alexandre, O Grande, para justificar a sua adoração como deus pelas tropas, era tido como nascido de uma cobra sagrada (sic) que teria visitado sua mãe, Olímpia, na Macedônia. Os cristãos sempre estiveram divididos sobre se Jesus é um deus ou um homem-santo, mas mais divididos ainda ficam até hoje com a gravidez com manutenção da virgindade de Maria. Basta dizer que somente em 1854 (há 160 anos, portanto) a Igreja teve coragem de “oficializar” esta gravidez com manutenção da “virgindade”.
O povo, definitivamente, acredita em tudo. Já existem milhões de seguidores de um Deus Espaguete na Internet. Confira em http://pt.wikipedia.org/wiki/Pastafarianismo

4. MORTOS E RESSUSCITADOS. Mithra, o Deus Sol Invicto, bem antes de Cristo, também foi assassinado, como Cristo, e como Cristo, colocado num sepulcro de pedra e ressuscitou no terceiro dia. Tudo isso, repito, mais de um século antes de Cristo. Mais “coincidência” do que isso, impossível: os bispos católicos do início do Cristianismo "chuparam" as histórias de outras religiões, de outros deuses, e atribuíram ao filho do Deus que eles queriam impor.

5. NATAL ERA EM JANEIRO. Na verdade, nos primeiros séculos do Cristianismo, o nascimento de Jesus era comemorado no mesmo dia da festa dos Reis Magos, em 6 de janeiro, porque não há um registro histórico sequer da data exata do nascimento de alguém chamado Jesus. Nem mesmo a Bíblia tem este registro. E a Igreja Ortodoxa (que é cristã e representa 300 milhões de pessoas na Europa e Ásia) continua comemorando em janeiro. Pegaram o 25 de dezembro porque era o nascimento de outros deuses reverenciados no Império Romano e Oriente Médio. Os bispos que estavam construindo o Cristianismo usavam o velho bordão: “não pode contra eles, una-se a eles” e aí iam “adaptando” as datas, milagres e entidades das outras religiões e com isso venceram, pelo menos aqui no Ocidente.
A oficialização do Natal em 25 de dezembro se deu mesmo com o papa Libério, em 354 d.C. Isto é, 354 anos depois que Jesus teria nascido. Os primeiros bispos cristãos não davam moleza. Até mesmo o politeísmo (crença simultânea em vários deuses) a Igreja de Cristo adaptou. Ela combatia os politeístas por terem uma divindade para cada coisa (Vênus, deusa do amor; Marte, deus da guerra; Netuno, deus do mar etc.), mas fizeram a mesma coisa com a sua Igreja: os bispos diziam que só existia um deus triplo (Deus, Jesus e Espírito Santo), mas que existiam “santos” (Santa Bárbara, santa das tempestades; São Cristóvão, protetor dos viajantes; São Sebastião, tido com um santo guerreiro etc.).

6. É CRISTO OU KRISHNA? Os presentes que Cristo teria recebido dos Reis Magos (ouro, incenso e mirra) são absolutamente os mesmos que o deus Krishna recebeu em seu nascimento nas escrituras hinduístas. Só que Krishna, deus na Índia até hoje, “nasceu” milhares de anos antes de Cristo... Outra "chupada".
E sabe aquela auréola na cabeça dos santos católicos? É o disco solar dos deuses egípcios e de Mithra, o Sol Invicto. Não confiem em mim. Vão ao Google. É só ir lá e conferir. Em publicidade chama-se a isso “chupada”.

7. PROFETA OU DEUS? A divindade de Jesus Cristo só foi “oficializada” em 19 de junho de 325, três séculos depois do “nascimento” do próprio Cristo. No Concílio de Nicéia, convocado pelo imperador Constantino, do Império Romano, os bispos da época decidiram que Cristo era uma das faces de Deus e, portanto, Deus. Este imperador era também o Sumo Pontífice (papa) do culto ao deus Mithra, o Sol Invicto, e só foi batizado pelos cristãos depois de morto ou poucos minutos antes de morrer, não se estabeleceu ainda ao certo. Até 325 d.C., Cristo era tido por muitos cristãos como apenas um profeta, como, até hoje, ele é reverenciado pelos muçulmanos e judeus. Só um profeta.

8. MANOBRA DA MÃE POSSESSIVA. O Cristianismo só foi oficializado pelo imperador Constantino porque sua mãe, Helena (depois chamada de Santa Helena pela Igreja Católica), era cristã e guiava os passos do filho para a transformação da “Religião do Carpinteiro”, como era conhecido o Cristianismo, em religião oficial e única do Estado Romano. Como Mithra, o Sol Invicto, era o deus de culto majoritário, era mais fácil impor o Cristianismo se as datas e liturgias mithraístas fossem absorvidas pela nova religião. E assim foi.

9. UM SÍMBOLO CRUEL. Três mil anos antes de Cristo a cruz já era símbolo de deuses egípcios. Esta cruz atual, tão reverenciada pelos cristãos, não era o símbolo que os apóstolos usavam na Palestina bíblica. Claro, Cristo teria sido crucificado pelo Império Romano. Como usar na liturgia o símbolo do martírio da própria divindade? Mas o imperador Constantino, precursor de nossos marqueteiros modernos, necessitava de um símbolo simples para a nova religião (o Cristianismo, mas com datas, símbolos e liturgias mithraístas). O peixinho (que agora você vê no fundo dos carros como adesivo...) é que era o símbolo oficial dos cristãos, mas não tinha força junto aos militares romanos e era difícil de ser desenhado e reconhecido. Então Constantino oficializou a cruz como símbolo das suas tropas e fez colocar o símbolo no escudo dos soldados. Aqui pra nós, uma maldade. E sob o novo símbolo guerreiro, a cruz de Cristo, Constantino matou seu filho, o cunhado, uma das suas várias mulheres, o sobrinho e milhares de “infiéis”, igualzinho os muçulmanos fazem hoje em dia em seus atentados mundo a fora.

10. ROUBARAM A ÁRVORE. Muito antes de Jesus Cristos e seus adeptos, o Natal era uma festa também para os seguidores de Saturno, deus da agricultura em Roma, séculos antes de Cristo. E nas “Saturnálias”, no 25 de dezembro, o povo dançava e adornava árvores com máscaras de Baco, deus do prazer e das bebedeiras. Já os druidas (sacerdotes dos povos celtas), adornavam carvalhos com maçãs pintadas de dourado. Os egípcios colocavam folhas de palmeira dentro de casa em dezembro reverenciando seus deuses. Na Babilônia, Ninrode casou com a própria mãe e renegou o pai, o deus Baal. Semíramis, a mãe, depois da morte prematura do filho Ninrode (chamado por ela “o Messias”, filho do deus-sol, Baal), garantiu que ele ressurgiu dos mortos quando um pedaço de pinheiro renasceu do nada. Ressurreição e pinheiro: por aí você já vê de onde o padre Martinho Lutero (1483-1546) tirou a ideia de enfeitar um pinheiro com velas na época do Natal... Lutero, posteriormente, renegou a religião fundada a mando de Cristo, o Catolicismo, e deu uma de imperador Constantino e fundou a sua própria religião, o Protestantismo, que hoje você conhece como “evangélicos”, “pentecostais” ou “crentes”. É um sem fim de roubo de ideias, ídolos, liturgias.

Em resumo, é triste informar a você que leu até aqui e para os incautos que acreditam em tudo que lhes dizem, que o Natal que os cristãos comemoram é uma festa pagã, do nascimento de deuses pagãos, com enfeites e simbologias pagãs. O Natal, isto é, o aniversário natalício de Cristo, não tem sequer uma referência na Bíblia. Justo a Bíblia que os cristãos adotam e adoram. Mas, ao mesmo tempo, é sempre LIBERTADOR SABER A VERDADE como a própria Bíblia diz, assim, as pessoas deixam a depressão de lado nesta data e podem se salvar de tentativas depressivas que podem levá-las, muitas vezes, até mesmo ao suicídio.
É bom nunca esquecer: família perfeita igual aquela de Jesus e outros deuses, só em comercial de margarina na TV e mundo perfeito só existe na novela das 6 da Rede Globo. E neste mundo real em que vivemos, tudo que começa é para um dia acabar, portanto, é necessário que VIVAMOS COM A MÁXIMA ALEGRIA POSSÍVEL, cada dia de nossas vidas, sem precisar de nenhum ser acima de nós e nem ao nível de nós mesmos. Se você leu este texto com atenção, entendeu que os deuses verdadeiros somos nós, pois os deuses nasceram e residem todos, sem exceção, em nossas cabeças para nos dar conforto e esperança, só não devem ser usados para oprimir outras pessoas.
Feliz 2019, 2029, 2039, 2049, 2059, 2069...


Ilustrações: 1. Cristo e Krishna, deus indiano do qual teriam sido "chupados" vários eventos para a "história" de Jesus; 2. Mithra e sua representação (?) na Estátua da Liberdade (EUA), o verdadeiro deus que teria nascido em 25 de dezembro; 3. Ísis e seu filho Hórus, de onde os bispos cristãos teriam "chupado" a "história" da Virgem Maria e seu filho Jesus, também concebido sem sexo como o Hórus egípcio.

* tonY Pacheco é jornalista-radialista profissional formado pela UFBA e estudou Psicanálise na Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, uma sociedade, por sinal, ultracristã e lá não gostavam muito dele...

sábado, 20 de outubro de 2018

A ERA DOS IDIOTAS NO PODER

1º Lugar - DONALD TRUMP, presidente dos Estados Unidos da América

TONY pacheco
Todo mundo já sabia que o Medalha de Ouro Invicto da série A Era dos Idiotas no Poder seria o presidente dos EUA, Donald Trump, o homem que foi lançado ao desafio de tornar a América um país inexpressivo e odiado depois de ser a maior superpotência de toda a História Humana. Mas ele é galático, em apenas dois anos está mostrando que vai entregar o comando planetário para a China de Xi Jinping e a Rússia de Vladimir Putin.
Mas o maior perigo da continuidade do governo Trump é que se tornou um aliado natural dos piores tiranos do mundo e, também, dos aspirantes a tiranos, pois empolga os fascistas de todos os continentes, que usam seu exemplo como forma de chegarem ao poder para oprimir mulheres e todos os que estão na área do radar de opressão. Exemplos: na Europa, os governantes da Polônia, Lituânia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria e Romênia, todos simpatizantes do presidente americano e de sua suspeita sabotagem à OTAN e à União Europeia; na Ásia, os fascistas que dirigem a Turquia, a Indonésia e as Filipinas, entre outros menos cotados...
Trump humilha os mexicanos e outros imigrantes que chegam aos EUA, mesmo que os mexicanos e outros, como os brasileiros, sejam a mão de obra barata que a América usa e abusa. Instalou campos de concentração onde mantém milhares de crianças filhas de imigrantes separadas dos pais e não está nem aí para o que isso faz com a imagem dos Estados Unidos no mundo. Um país forjado por imigrantes de todo o planeta e que foi, até 2016, um farol de liberdade e democracia para todos os povos do mundo. Agora, sob nova direção, tendem a se tornar um apagão dos Direitos Humanos até mesmo dos próprios americanos, a ponto de Trump justificar uma passeata de nazistas da Ku Klux Klan assegurando que eram "patriotas", mesmo que depois tenha desmentido, mas ficou no ar o que realmente acredita.
Mas, vamos contextualizar: por que Trump ganhou? Porque o voto não é obrigatório nos EUA e os americanos brancos de classe média não se dignam a ir aos postos eleitorais. Aí uma grande maioria do eleitores é de negros, indígenas, imigrantes latinos e de outros lugares, enfim, a América que não é branca, não é anglo-saxônica nem protestante, tem um grande peso eleitoral, capaz, inclusive, de eleger um negro descendente de muçulmano, como Barack Obama.
Só que a crise gerada pela globalização, que exterminou uma parte da indústria americana e desempregou os trabalhadores sem muita instrução, mas que são brancos e protestantes, fez acordar esta parte do povo americano que nem se tocava com eleições. Trump se dirigiu a estes brancos, todos muito ignorantes, todos evangélicos, todos profundamente racistas e preconceituosos, daí para a vitória foi um pulo, inclusive, com a acusação de que teve a ajuda de hackers oficiais russos a serviço do presidente Putin, o que está levando a Justiça americana a investigar as eleições de 2016 que deram a vitória a Trump, o que, em última instância, pode levar ao impeachment do nosso Medalha de Ouro.
Finalizando a contextualização, aqueles americanos que nunca votavam, pois não é obrigatório, também têm uma característica assustadora: eles são ignorantes até a medula. Você sabia que 46% dos americanos (do total de 320 milhões, 46% são quase 150 milhões...) acreditam publicamente que um deus criou o mundo em seis dias e que o primeiro casal humano era Adão e Eva e que toda maldade do mundo existe porque Eva tentou Adão para fazer sexo com ela e acabou com a inocência no Éden, o paraíso na Terra que Deus criou? E que isso é ensinado em vários estados americanos como verdade e a Teoria da Evolução de Darwin é censurada como mentira? Trump endossa isso e levou estes 150 milhões de idiotas a orgasmos múltiplos. Eles agora podem bater no peito em público dizendo que têm um presidente que os representa e que supostamente acredita em Criacionismo. Para um país que quer ser a maior superpotência da História em Ciência e tecnologia é dar uma volta de 180 graus e voltar à Idade Média.

UM APERITIVO: O PENSAMENTO VIVO DE TRUMP
Sobre aquecimento global: "O conceito de aquecimento global foi criado por e para os chineses, para que a indústria manufatureira americana não seja competitiva. Nova York está congelante, está nevando. Nós precisamos do aquecimento global!"
O que é ser mulher: este é um clássico que deixou estupefato até mesmo Paul Ryan, chefe da bancada do Partido Republicano no Congresso americano, o partido do próprio Trump.
“Quando você é famoso, elas (as mulheres) deixam você fazer tudo. Você pode fazer qualquer coisa (...) Eu parti para cima dela e falhei. Admito para você. Eu parti para cima dela como uma cachorra, mas não consegui comer. E ela era casada.”
Paul Ryan comentou a gravação de Trump: “Estou doente pelo que ouvi hoje”, expressou em um comunicado o chefe da bancada republicana no Congresso.
Sobre Hillary Clinton: aquela "que não consegue satisfazer o marido".
Sobre o quê os países são para ele: "Só estou interessado na Líbia se nós ficarmos com o petróleo. Se não, não tenho interesse."
Sobre os homoafetivos: "É como no golf. Muitas pessoas estão começando a usar tacos maiores, que são pouco atrativos. Você vê grandes jogadores com esses tacos enormes porque eles não conseguem mais tirar uma bola da terra com um taco comum. E eu odeio isso. Sou um tradicionalista. Tenho vários amigos fabulosos que vieram a ser gays, mas sou um tradicionalista."
Sobre a imprensa: “A eleição está sendo fraudada pela mídia, num esforço coordenado com a campanha de Hillary, ao divulgar histórias que nunca aconteceram!”
Racismo: “Nosso grande presidente afro-americano (Barack Obama) não teve exatamente um grande impacto nos bandidos que estão felizes destruindo a cidade.”
Comparando Putin a Obama: “Este homem (Putin) tem um controle muito firme sobre um país. Ele é um líder, muito mais do que o nosso presidente (Obama) tem sido um líder.”
Sobre sua relação com o arquiinimigo dos EUA: "Se Putin gosta de Trump, imaginem lá vocês, a isso chama-se uma mais-valia, não um problema."
MAS TRUMP TEM QUALIDADES? 

Tem. Fazer dinheiro para si próprio, esta é a resposta à pergunta. Ele já faliu seus negócios quatro vezes e quando tudo parecia perdido, deu o mais recente golpe em sua vida financeira: entrou para a política e tem uma fortuna de 2 bilhões de dólares. Na vida ele aprendeu a ser rico. Muito rico. Nada mais. Desconhece as noções básicas de geopolítica, de diplomacia, de solidariedade e de política interna americana e concorreu contra a vontade de setores importantes do seu próprio partido. Pode-se acreditar na competência e no papel histórico de um homem cujos principais projetos são fomentar a xenofobia e acabar com os planos de saúde universais nos EUA e no mundo? Trump dissemina a ideia de que saúde é um problema pessoal e que o Estado não tem nenhuma obrigação com saúde nem com aposentadoria de ninguém. Como foi que o país que mandou o primeiro homem à Lua e tem a maior quantidade de prêmios Nobel do mundo elegeu um troglodita para presidente? Porque o povo americano, aquele mesmo dos confins do país, que fornece a carne-de-canhão para as guerras imperiais dos EUA, que vive na lavoura ou nas áreas centrais degradadas das metrópoles ou em bairros pobres ou trailers, estes americanos acordaram e querem um representante em Washington, mesmo que seja para transformar a maior potência econômica e militar da História num reles país com uma economia acanhada e voltada para si mesma. Os americanos idiotas provaram que são maioria e elegem quem seja igual a eles.
Trump já se mostrou capaz desta difícil tarefa de rebaixar os EUA às categorias inferiores do poder mundial, se os americanos não o detiverem antes: "United States, you're fired!"