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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Há uma Guerra Civil, sim!

tonY pachecO


Uma reflexão sobre a tomada de Porto Seguro, ontem, 30.11, pela marginalidade. Nos programas de TV dedicados a crimes, os policiais têm sido chamados, ultimamente, de “GUERREIROS”. Pode ser um modo de estimulá-los e dignificá-los em sua tarefa de defesa da sociedade civilizada. Contudo, raciocinem comigo: se eu sou guerreiro e estou em combate, do outro lado também há... guerreiros. Não é verdade? Guerra só se faz com dois lados. Impossível eu ser guerreiro numa guerra que do outro lado não haja guerreiros também.Combinado isso, os incêndios em Porto Seguro e aquela ocupação avisada aos traficantes da Rocinha nos dizem, claramente, que há uma guerra civil no Brasil e que os dois lados têm territórios ocupados e o “lado de lá” (o dos ladrões de cargas, de bancos, os traficantes) eles têm vários “QUINTA COLUNAS” do lado de cá: policiais, juízes, políticos e, por que não, jornalistas também: “Tropa de Elite” não é ficção, é “REALITY SHOW”.Dito isso, quero lembrar o primeiro grande assalto a banco no interior da Bahia, ainda em 2005, no governo de Paulo Souto, QUE NÃO FEZ NADA DE CONCRETO contra isso, o mesmo o que o atual faz. Dêem uma olhada na notícia extraída do sitepopular.com.br:

“Cerca de 15 homens, armados com metralhadoras, assaltaram a agência do Banco do Brasil, em Itacaré, no sul do Estado, na manhã desta terça-feira, 1º.2.2005. Além da instituição bancária, o grupo também assaltou uma casa lotérica e a loja de telefonia da Tim, levando dinheiro, aparelhos de celular e máquinas fotográficas.
Os assaltantes chegaram ao Banco do Brasil em dois carros – um Gol e uma caminhonete L200. 
A Polícia foi acionada e chegou ao local quando o grupo estava partindo. Houve troca de tiros e perseguição, mas ninguém ficou ferido. A Polícia Militar seguiu os homens até a estrada e conseguiu prender um policial de Salvador, cujo nome não foi revelado, suspeito de ajudar na fuga do grupo”.
Alex Ferraz e eu fizemos, na época que este tipo de assalto era novidade total, uma abertura a quatro mãos para a coluna dele na “Tribuna”, a coluna “Em Tempo”. Fazíamos a previsão fatídica de que nos próximos anos a melhor opção de assalto a banco na Bahia se tornaria as agências do interior do estado. E por quê? Porque na maioria das cidades interioranas, há dois ou três policiais, uma ou nenhuma viatura e quando há viatura, está quebrada, e quando não está quebrada, está sem combustível. Num quadro destes, é fácil FECHAR a maioria dos 417 municípios baianos. Leva-se o que há no banco e ainda dinheiro do povo, objetos de valor, veículos e ATÉ ARMAS de algum policial afoito que esteja zanzando pela cidade. Não deu outra. A GUERRA CIVIL está aí. O que aconteceu em Porto Seguro, ontem, 30.11.2011, é emblemático: há guerreiros do lado da Polícia, sim, mas há guerreiros do outro lado também, e eles estão bem armados e decididos a incendiar tudo.Tenho certeza que Alex está com saudades de 2005, como eu, pois, no Brasil e, na Bahia, especificamente, a perspectiva é sempre as coisas PIORAREM. Quem viver, verá.

5 comentários:

  1. Viva. analise igual a de voces só vi no Mario Kerstes (não sei escrever este nome direito). Tem guerra civil mesmo, eu que moro no Julio Cezar é que sei9 disso.

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  2. vá ser pessimista na casa da porra.

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  3. È verdade, e a matança não para. Matam com tiro de doze, jogam no fundo do carro da polícia e exibem como se fossem animais. Cadê os direitos humanos? O pm que morreu. não divulgaram nem uma fotinha. Dos "bandidos' exporam com muita falta de respeito.

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  4. (Ainda sobre a guerra em porto seguro)
    Não ha guerra por que so morre do lado mais fraco. Não é o traficante poderoso que morre, mas os miseraveis sem estudo, sem familia, sem uma educação que lhe instrua q essa porcaria de crime não compensa. Só enrica donos e policiais. Depois posam de herói. Para matar quatro homens, foram mais de 60 pms de fuzil.Muitos jovens e adolescentes tem sido executados e não tem lei que se posicione em favor da vida.

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  5. Mas toda sociedade de classe está em guerra... enquanto a propriedade privada existir estaremos fadados a ver uns contra os outros... a natureza de uma sociedade em que uns têm direito às benesses construídas pela humanidade e outros têm direito às migalhas, quando têm, não pode ter nada além de Guerra Civil (se é que esse nome é apropriado)...

    Rosa da Maçaranduba

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