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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Salvador, Salvador terra de muita dor

Ricardo Líper

Você tem olhos para ver, um cérebro dado por Deus, não é assim que você gosta de ouvir, para pensar. Não vou lhe dizer mais nada. Estamos todos em cárceres privados diante dos acontecimentos  do dia 2 de fevereiro de 2012. Eu, se pudesse, daria a todos os trabalhadores desse infeliz país um salário digno. Não acho engraçado um policial morar no subúrbio, passar quase fome. Mas eu sou um idealista. 
Quais são os cabos eleitorais do PT? Os anteriores mandatários. Inclusive aqui em Salvador que sempre foi terra de muita dor. Se sabe que um governo que se diz de esquerda  ou mesmo sendo, de fato, de esquerda como ocorre na Europa, em muitos países, tem de ter muito cuidado para o efeito rebote. Quer dizer:  a bola volta. O povo em desespero vota até no demônio, mas quer se ver livre de um governo que o irrita sistematicamente. O povo pode ser lento, lerdo mas não é burro. E, em alguns casos, o  pessoal do próprio partido vota contra. Você pensa que a USSR caiu como? 
Olhe, descerebrado, não estou contra o PT, contra o governo, nem a favor. Meu guia é São Tomé. Eu estou em cárcere privado hoje. E não acredito que os nossos policiais estão ganhando o suficiente para viver  com um padrão humanamente razoável. Se você acredita que eles ganham bem e são vândalos, acho que você é quem deve estar ganhando muito bem para pensar assim. São Tomé, meu filho. Acreditar noutra coisa que você está vendo é não ter olhos para abrir e ver a realidade. Sou a favor de atos democráticos e para o bem, de fato, de todos. Sejam esses atos  de que Partido forem. Não acredito em bate- papo, discursos e caras e bocas. Só acredito em atos. Não nas interpretações subjetivas dos atos. Tipo, faz a sacanagem agora porque é, estrategicamente ou dialeticamente, o melhor. Eu não sou idiota para cair em bate-papo ou caras e bocas de fabricantes de discursos ideológicos.  A velhinha do programa de televisão, se lembra? Ela sempre me aparece em sonho e ontem apareceu e disse: vou embora para Fortaleza...

9 comentários:

  1. Comungo essencialmente do seu pensamento Ricardo.
    Será que nós teríamos coragem de enfrentar a morte todos os dias por 1.200 reais? Viver com empréstimos em folha por não conseguir dar vencimento às suas nescecidades? Não podemos comparar a polícia com marginais. Compreendo o incômodo para toda a cidade porém, a cúpula do governo só ouve se houver uma interferência no cotidiano da população. Será mesmo justo os governantes viverem tão confortavelmente e os servidores que resguardam as nossas vidas passarem fome?

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  2. A Constituição Federal PROIBE a greve e a sindicalização de policiais militares no art. 147, §º, IV; o Código Penal Militar, Decreto-Lei nº 1.001/1969 nos artigos 149, 151, 152, tipifica os crimes de motim, omissão de lealdade e conspiração. Os policiais militares que estão participando da baderna estão desrespeitando a Lei Maior do país, quebrando a hierarquia, desrespeitando as autoridades como se fossem bandidos.

    Gosto de invocar a lei principalmente para os que são pagos para cumpri-la e a usam para acobertar seu lado perverso, juízes, promotores, e principalamente policiais.

    Com espeque unicamente nas leis, como eles fazem, é indubitável que são baderneiros, estão usando equipamentos públicos e prédios públicos para fins particulares, devem ser presos e excluídos da corporação. Aliás, o contingente desta corporação deve ser diminuído até a completa extinção.

    As Polícias Militares foram criadas pela ditadura para combater os imaginados futuros guerrilheiros que combateriam os assaltantes do poder de 1964. É uma polícia feita contra a sociedade e assim tem atuado. O livro de Caco Barcelos "ROTA 66 - A POLÍCIA QUE MATA" conta esta história de homicídios contra a população civil e a impunidade constante. Após o fim da ditadura deveria ser extinta pois não tem nenhuma função, não existe razão para se ter duas polícias, uma civil e outra militar, na democracia. Quem quiser comprar o livro basta ir até o site estantevirutal.com.br

    O livro de C. Barcelos é todo documentado, as centenas de homicídios, o ranking dos assassinos na PM, o modus operandis da impunidade, ad exemplum, a remoção do cadáver da cena do crime sob a alegação de prestação de socorro. Quem lê-lo chegará à óbvia conclusão que a PM já deveria ter sido EXTINTA para o bem da sociedade.

    O Gov. J. Wagner precisa começar esta extinção excluindo os criminosos cometedores desta baderna perigosa, uma afronta à Constituição e ao Estado Democrático de Direito.

    A PM paulista, ROTA - Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar - ainda se orgulha em seu site de ter participado do golpe que depôs o ex-presidente Goulart; é uma polícia contra a lei e contra a sociedade. Não percamos a oportunidade, este ovo de serpente precisa ser esmagado: EXTINÇÃO da PM já pois além de ser uma polícia contra a sociedade é um braço armado dos golpistas.

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    1. essa pequena burguesia fede..., só pensam em assegurar as pequenas migalhas que caem da bandeja dos poderosos.

      sonhar é preciso, lutar, também, é preciso!!!

      rui cazuza barbosa

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  3. o lema de wagner, como bom judeu, é NON PANEM, NON CIRCUS...

    só sofrimento, trabalho estafante, muita punição!!!

    ass.:

    acéfalo do j. c.

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  4. piotr kropotkin, no seu livro A CONQUISTA DO PÃO, depois de um sério exame do capitalismo, chegou a conclusão de que o maior problema desse sistema econômico não é de produção de bens e serviços, mas de distribuição da produção para todos, pois tudo é fruto do trabalho de todos por todas as gerações passadas e vindoura.

    quando tiver um tempinho livre leia esse que é um livro primoroso da verve anarquista.

    um belo livre!!

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  5. sr(s) brasileiros,

    que golpe sujo esse, lembra, em muito, o gal. figueredo sugerindo o suicídio para quem ganhasse um stipendio minimum minimorus, esse de colocar a população da bahia contra os grevistas...

    congratulo-me com os que, em busca de melhores condições de trabalho e da própria sobrevivência física e psíquica, colocam o sistema econômico em cheque "participando da baderna", "desrespeitando a Lei Maior do país, quebrando a hierarquia, desrespeitando as autoridades", e corajosamente são os "cometedores desta baderna perigosa" que é a luta contra o status quo.

    acéfalo do j. c.

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    1. Lunático, tu acha que a sociedade ganha alguma coisa com a polícia totalmente fora do controle da legalidade? Marciano...

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    2. não temos nada para perder!

      como diria cazuza:

      brasil, mostra a sua cara...

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  6. digo NÃO à legalidade provinciana dos senhores brasileiros.

    ass.:

    aloprado da baixa de quintas

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