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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Multiculturalismo? Não, estou fora!

toNy pachEco

Segundo amigos que fugiram do desemprego no Brasil e foram para a Europa e agora estão voltando, a principal discussão filosófica entre a população (intelectuais ou simples pessoas do povo), é o multiculturalismo. Em bom Português: o respeito à diversidade de cada cultura humana. E mais simplório ainda: se um árabe corta o clitóris de sua filha, logo ao nascer, para ela não ter prazer clitoriano, deveríamos “respeitar”, é do “ethos” do modo árabe de ser.
Nesta semana, vimos o rei da Arábia Saudita (as mulheres preferem Arábia Maldita...) dizer que a partir de 2015, tolerará que as mulheres tenham direito de votar e serem votadas. Coisa que no Ocidente começou a ser efetivada ainda no séc. XIX, na Nova Zelândia, e depois em 1918, na Inglaterra. Mas não sem muita luta: a morte de Emily Wilding Davison, em 1913, que se jogou para ser pisoteada pelos cavalos da carruagem do rei George, despertou britânicos e todo o Ocidente para o absurdo da misoginia. Naqueles tempos, nós ocidentais sofríamos o auxílio luxuoso das igrejas cristãs que justificavam o preconceito contra a mulher na política. Os muçulmanos parecem não entender que o principal problema deles em relação à adoção de princípios democráticos é, justamente, a sua religião machista totalitária. No Ocidente a religião foi obrigada a se afastar do Estado e até hoje esperneia, mas é controlada para não nos levar às fogueiras medievais novamente ou às chicotadas nas mulheres, como fizeram os sauditas nesta semana.

Muita gente
não sabe
Em boa parte dos países islamitas, mulher não pode escolher o marido. Mulher não pode fazer faculdade ou dirigir um carro. Não vota ou pode ser votada. Se trair o marido é apedrejada em praça pública.  Pelo multiculturalismo, temos que “respeitar” isso, o que é intolerável.

“Primavera” com
jeito de Inverno
E nos países que estão vivendo movimentos contra tiranos, na chamada “Primavera Árabe”, como Tunísia, Marrocos, Líbia, Egito, Síria e Yemen, os revoltosos querem, por incrível que pareça, o fim dos “privilégios” que as mulheres já conquistaram. Querem que a “Sharia”, a lei muçulmana, volte a valer e as mulheres vistam burca.
Você respeitaria isso, leitor?

A Turquia
e a Europa
A Turquia tem tentado entrar na União Europeia há décadas. Pelos multiculturalistas, ela “enriqueceria” o espaço de tolerância do Velho Continente. Mas a realidade é que a Turquia vive, hoje, um renascer do movimento fundamentalista islâmico e muitas mulheres turcas já estão sendo obrigadas a abrir mão de seus direitos.
Por isso, a Suíça proibiu minaretes em seu território...


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