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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Crônicas do desgoverno


Ricardo Líper
Já que tem governo, governe, porra! O conceito de desgoverno aqui colocado é, exatamente, um comportamento subserviente a só fazer a vontade dos empresários e poderosos e o Zé Ninguém que se ferre. Dois exemplos imediatos: os correios fizeram uma greve. Tudo bem, greves são necessárias. Mas agora não chegam mais as cartas,  encomendas e nada se regulariza. Estou esperando um livro postado em Belo Horizonte desde o dia 18 de outubro e nada. Eu que fique no quem pode, pode; quem não pode se sacode.  Cadê o governo para exigir que as encomendas, contas, cartas cheguem sob pena de ações governamentais depois do dia 25 de outubro? Outro tema das crônicas do desgoverno. Ninguém suporta ligar para um empresa qualquer e ouvir uma voz eletrônica pedindo isso e aquilo, exigindo teclar 16 números de cartão crédito ou ficar falando com uma máquina que não entende o que você diz. Isso é deboche. Todo mundo reclama, ninguém faz nada e muito menos o desgoverno. A gente que se dane afogados em uma dia a dia desgraçado submetido a todo tipo de violência como essas, fora as outras que já nos atingem diariamente nesse país que viver significa sofrer. E sofrer muito para conseguir fazer até as pequenas coisas. Se precisar de um hospital, de uma escola, de uma viagem aí sim você vai ver o que é bom prá tosse. Esqueci, precisar de um cartório. Coloquem outras coisas na lista que lhe torturam pela absoluta negligência, descaso, desorganização e, simplesmente, não ligar a mínima para o sofrimento alheio. A regra é: quem quiser que se foda eu quero é o meu. 

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