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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Roubar ou não Roubar eis a questão


Ricardo Líper
Uma ocasião um protestante disse que eu era crente. Ele falou isso porque não uso drogas, não fumo, bebo muito pouco, não roubo e procuro respeitar aqueles que me respeitam. Bem, o que o protestante pensou está errado e lhe respondi que Malatesta, o militante anarquista italiano, também não fazia nada disso  e não era crente. A questão é simples. Essas coisas me parecem fundamentais para mim e uma escolha pessoal. A ética é pessoal. Eu não me sinto bem fazendo nenhuma dessas coisas. Daí não faço. Não é porque Malatesta e guerreiros  como os samurais, que admiro, não faziam as coisas que não faço é porque não gostaria de fazê-lo. Ninguém me disse ou me impôs uma moral. Nenhum guru ou filósofo ou religioso me disse o que fazer. Eu as  escolhi na vida. Achei que tinha mais vantagens com elas. Não a imponho também. Em relações aos outros, cada um faça o que quiser e sofra as consequências. Eu assumo apenas o que faço e não carrego as consequências do gozo ou crimes alheio. Essa é minha moral. Eu me sinto bem assim, me admiro e gosto de mim que me dar um prazer semelhante ao orgasmo. E não quero cagar regras para ninguém. Claro que, como todo mundo, prefiro pessoas como eu, mas convivo com todas em graus mínimos de aproximação  dos sádicos, alucinados, predadores, infernais, como bem disse Sartre. Mas Sartre errou. Nem todos os outros são infernais. Existem pessoas angelicais. São poucas, daí Sartre, e cabe a nós, se formos sábios, as procurá-las e nos afastarmos das infernais.  

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