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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Analítica do Poder ou como lenhar com o semelhante na modernidade



Ricardo Líper

 Eu sempre me surpreendo quando as pessoas não entendem as coisas. Ingenuidade minha. Elas entendem sim e muito bem. Por exemplo, todo mundo sabe que alguns países infelizes vivem em uma ditadura disfarçada.  Pode ter o nome que tiver. Podem os ditadores, grandes e pequenos, se dizerem isso ou aquilo; que são de esquerda, que são democráticos, que são liberais, tudo não passa de uma ditadura disfarçada. Boca fala o que quer.
O que é uma democracia verdadeira então?  Como na Suécia, como na Noruega, como na Holanda e outros países. Em países que não são ditaduras disfarçadas existem leis votadas pelos representantes do povo. Essas leis são respeitadas. Por isso são democracias e não ditaduras. O Judiciário, o Legislativo e a Constituição estabelecem leis que garantem os direitos básicos da população, quer o governo do sinhôzinho queira ou não queira. Ele está sob e não sobre as leis. Quando o sinhôzinho faz o que quer, é uma ditadura. Não tem meio termo. Pode chegar ao poder pela força, mas hoje em dia é ineficiente e não se precisa fazer isso, pois atrapalha as negociatas ou pode chegar pelo engodo. Esse sim é o melhor. Engodo aqui é o papo, a conversa mole se aproveitando das burrices do antecessor. Ora, em países de democradura, o sinhôzinho, que é um autoritário e ditador, vai ou alterar as leis para ditar o que quiser, ou corromper, ameaçar, para fazer o que quiser e não ser impedido ou ser chamado a atenção ou ainda deposto. Em geral, em repúblicas de bananas, o dinheiro entra no meio e corrompe todo mundo para, fingindo ser uma democracia, na realidade, se praticar uma ditadura. Daí também a miséria de países que são repúblicas de bananas e democracias de fachada. Porque senão teríamos de ficar especulando com conceitos semelhantes aos contos de fadas e indefensáveis. Por exemplo. País tal é menor e tem menos gente por isso é desenvolvido. E o Haiti é grande e populoso? E porque, coitado, vive na miséria? Ah, é porque sofreu uma maldade da natureza. Um furacão, uma tempestade. Uma seca. Claro que não é nada disso. E o Japão? No Japão, onde existe ainda vergonha na cara, um político pego roubando ou desejando trair o país fazendo dele uma democradura, se mata.  Tem países, e citaria muitos, quando chove, dissolvem. Vira tudo lama e desaba tudo. O povo nada nas ruas transformadas em rios. O Estado inteiro vira um mar. O país inteiro. A culpa é da chuva? A culpa é de Deus? Não. São anos de não se fazer nenhuma manutenção de nada e deixar mesmo todos receberem o foda-se. Ora, de foda-se em foda-se se estabelece uma ditadura onde o sinhôzinho faz o que quer. Ele não respeita as leis, ele bota pra quebrar, ameaça e persegue quem quer, é injusto 24 horas por dia e faz as negociatas que quiser, compra políticos eleitos pelo povo, mas vendáveis porque é político de uma república de bananas, não tem respeito próprio, não sabe o que significa honra, não ama o pobre país em que nasceu. No meu conceito de homem, este político não é homem.
É uma coisa pior do que as fezes de um morcego.
Mas, eles descobriram como transformar uma democracia em uma ditadura. Quando não se tem hospitais para todos, quando as escolas não existem e viraram comédia, quando não tem emprego para ninguém, quando o sujeito tem de virar bandido e ser morto, aleatoriamente, porque não tem pena de morte, mas se mata adoidado, o pais adotou um sistema da democradura. A vida humana nada vale nem ninguém respeita ninguém. Porque o povo, como bons alunos, segue a moral que lhe ensinam os governos que o submete à democradura.
O puteiro é regido pela cafetina e não se pode esperar da puta um comportamento de freira.
Querem mais? Se Hitler e Stalin conhecessem a modernidade política teriam feito seu doutorado e o nazismo e o stalinismo teriam sido as maiores democracias do mundo. Ficaram apenas no supletivo em termos de ditadura. Ditadura estilo Hitler não funciona, por isso grande parte dos países ditatoriais viraram democracias. O Irã está começando a compreender isso. O Egito compreendeu e está em fase de transição para  o que sempre fez anos atrás. É eficiente o sinhôzinho posar de democrático. E alguns, mais cínicos, até de socialistas. O povo hoje gosta dessas palavras. Durante muito tempo a direita demonizou o que ela chamou de comunismo, de comunista, como monstros terríveis e temíveis, mas a maioria aceitou, apesar disso, com o tempo e achou bonito se ser socialista. Ninguém mais é racista, antifeminista, todos são pró diversidade sexual, daí o sujeito que quer mamar, que quer mandar, diz para todos que é democrático, feminista, não-racista, não pratica a diversidade sexual mas é a favor (não sei, nem ele é besta de dizer, porque ainda não chegou a época; quando chegar ele vai praticar, gostando ou não, para chegar ao poder) , é liberal e socialista.
Não é só atualizado, é politicamente corretíssimo. Basta abrir a boca e dizer. No grito. Quem vai dizer que não? Basta bater a boquinha e dizer sou o que você, otário, quer ouvir. Com as conquistas das feministas, dos negros, Obama, é um exemplo e gostei dos americanos que o elegerem para o racismo diminuir mais um pouco lá e aqui, e dos sexualmente diversos tem muito político que odeia veados dando uma de simpáticos com os veadinhos porque isso ganha votos não só deles mas de pessoas democráticas de fato e ganha mesmo porque tem muito veado sufocado por cinco mil anos de repressão que sofre de imensa carência afetiva. Se for aceito, vira capacho de quem o aceita. É uma nova forma de escravidão da modernidade. Veado aceito pela família, pela madrinha, pelos vizinhos. Ele fica tão agradecido, coitadinho, que é bonzinho, prestativo, vive sorrindo e só fazendo o bem. Uma fadinha que Cinderela perto seria uma bruxa. E se for preciso para se eleger, o sinhôzinho pode dar até uma de veadinho também. A não ser que resolva esculhambar a diversidade sexual porque tem um eleitorado forte que quer ouvir dele que ele vai matar, se puder, os veadinhos indo contra todas as leis que os beneficiem fazendo o país em que vive ser ridicularizado no mundo todo. Na França, atualmente, foi dificil, devido a ser um país tanto da putaria, exportou putaria para todo mundo, lembram dos nus nos filmes franceses, mas também da religiosidade beata católica. O negócio, a droga do ditador, não é o cu, a pica, buceta, a cocaína ou todas elas juntas, mas a droga fundamental é o poder e o que ele pode lhe dar: o capital. E por essa droga ele só não vende a alma ao diabo porque não tem mais alma  e o diabo não a quer.
O diabo sempre apareceu no imaginário, inicialmente, como esperto e só depois é vencido por Deus. Vocês sabem o que transforma a democracia em ditadura? É o absoluto e total desprezo pelas suas necessidades. É o total desprezo pelas leis, pelo país que o ditador nasceu, pela sua história, pelo seu povo. Em muitos países, como a Grécia recentemente, ocorreu isto: vai ter as olimpíadas sim porque eu quero, vai ficar sem dormir sim porque eu quero, vai ficar desempregado porque eu quero e quem manda sou eu e fudeu. Vai pagar mais impostos porque eu quero. Vai ser assaltado porque eu quero, não vou gastar dinheiro nenhum abrindo empregos para o proletariado, lembram da palavra, ou com segurança de sacana nenhum quando tenho que gastar é com minhas campanhas políticas para fazer minha carreira política, quando tenho o direito de ser rico porque você, seu otário, me elegeu.
Você tem é mais que se fuder se  mora em algum bairro onde eu resolver construir o que quiser e fazer o barulho que quiser. Quem é você afinal, seu filho da puta, para impedir os hitlerzinhos de conquistar o mundo? Eu, fudido, anônimo, formado talvez, mas sem exercer, tenho essa oportunidade me dada, quem sabe até pelo demônio e você, seu lenhado, ficar me criticando porque não pode ficar uma noitinha em cada semana ou mês sem dormir. Berre, esperneie, eu tenho é pena de você. Dou é risada em volta da minha piscina, tomando meu uísque. Stalin era vodca, eu acho. Hitler era vegetariano. Mas eu, pessoalmente, só escrevo o que escrevo para me distrair. Não estou me referindo a nenhum país em especial, muito menos ao Brasil que sempre se diz um país democrático que o povo alegre e feliz elege sempre os melhores comandantes desta caravela... Durmam bem nessa terra maravilhosa, tropical, de belas morenas, de uma natureza pródiga abençoada por Deus e, de onde eu escrevo, pelo Senhor do Bonfim... Axé! 

2 comentários:

  1. Acredito que não vai me odiar pela analise que farei de seu texto pois não é um ataque a sua personalidade ou a seu caráter. Vamos lá: como teoria é muito impressionista e como narrativa de fatos deixa muito a dever. Contudo, tem muito de verdadeiro em seu texto, de meu ponto de vista, claro.

    Inicialmente vou fixar algumas premissas que devido à maneira bastante impressionista do texto ficaram pouco claras, obviamente que de minha perspectiva.

    A maneira até agora encontrada para resolver os problemas causados pelos homens e constatados como decorrentes da organização social foi a criação ou o aperfeiçoamento das instituições. Da criação do Estado-nação até o seguro desemprego, previdência social ou bolsa família, vê-se a tentativa de por meio de instituições minorar problemas ou resolvê-los.

    A tripartição das funções estatais em Judicial, Legislativa e Executiva foi o passo mais avançado para assegurar a maior conquista do processo civilizatório: a legalidade, o império da lei. Esta é a diferença entre democracia e ditadura: se os governantes e demais autoridades como juízes, delegados, cobradores de impostos (fisco), cumprem as leis existe o Estado de Direito; caso contrário, prevalecendo a arbitrariedade das autoridades em aberto insulto às leis existe a ditadura.

    Até aí tudo bem, democracia/Estado de Direito e ditadura apartados e facilmente perceptíveis. O problema é o "tapa com mão de gato", a existência apenas formal de Estado de Direito, leis que não são aplicadas ou só aplicadas contra determinados crimes ou contra determinada faixa da população, como por exemplo, a operários, esquerdistas, ladrões pobres, negros.

    O princípio da legalidade é uma conquista da civilização, como já se constatou, mas sua efetivação também o é. Aliás, nada até agora conquistado em termos de organização social o foi sem lutas, guerras até, pois sempre existem os que defendem privilégios e interesses contrários (sem a luta contra a escravidão até hoje esta existiria).

    Pelo que li do texto você concorda que não existe outro caminho para equacionamento dos problemas decorrentes da vida em sociedade que dispense a criação de normas limitado as condutas nocivas, universalizando direitos, protegendo os cidadãos contra a arbitrariedade das autoridades.

    Contudo, concordamos que não basta existir leis, sem a execução plena das mesmas as conquistas viram abstrações, mera formalidade, espelho para enganar índios e para perseguir inimigos, os de sempre, esquerdistas, trabalhadores, marginais da ralé, indivíduos que não se ajustam aos padrões morais de quem não está no poder.

    O processo civilizatório tem avançado pela criação de instituições, extinção de outras tantas e aperfeiçoamento constante das que permanecerem, tudo para conter o lado negativo da natureza humana e assim efetivar condutas norteadas por valores.

    Pelo que percebi de seu texto, se não aperfeiçoarmos a função estatal judiciária, encarregada de dar execução ás leis teremos uma democracia de fachada, apenas formal, e uma ditadura efetiva, pura arbitrariedade das autoridades a atacar os bolsos dos cidadãos, enriquecendo ilicitamente, e infligindo-lhe de quebra os piores tormentos.

    Como conclusão, acredito que eu e você pensamos que sem um Judiciário que efetive as leis assegurando os diretos não existe democracia, mas ditadura disfarçada, embromação para engrupir desavisados.

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  2. Recado pra dois governantes hehehehehe. tô ligado!

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