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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

2014, o ano no qual ressurgirá o Império Russo.

JORNAL COMENTADO 173
7:07 – 06.01.2014 – Segunda-feira

toNY pachEco*

“Federações jornalistas exigem respeito à imprensa na Ucrânia”
(“Folha de S. Paulo”)

Será que Moscou vai querer o Alaska e a Mandchúria de volta?

"Nosso projeto de integração está baseado em um princípio de igualdade..."
(Vladimir Putin, presidente da Rússia, num recado cínico sobre a pretendida “união” com a Ucrânia)

A revolta popular que acontece na Ucrânia nos últimos meses não é apenas pela entrada ou não-entrada deste país na União Europeia. É, na verdade, parte dos planos do “novo czar” Vladimir Putin, que tomou a si a tarefa histórica de reerguer o Império Russo fundado pelo czar Pedro, O Grande, em 1721, e consolidado por sua sucessora, Catarina, A Grande, que anexou a Ucrânia. Putin e outros neo-oligarcas russos nunca digeriram o fim da União Soviética, que se espatifou, em 1991, em 15 países independentes: Rússia, Ucrânia, Bélarús, Lituânia, Letônia, Estônia, Moldova, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Turcomenistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, Kirquizistão e o imenso e despovoado Kazaquistão. No próximo primeiro de maio, é plano de Putin, atual presidente russo, mas que manda no país há 14 anos, anunciar a “união aduaneira” entre a Rússia, Bélarús (Bielo-Rússia), Kazaquistão e Ucrânia. Ou seja, o “novo czar” quer seguir o mesmo caminho da União Europeia, que começou com uma união aduaneira (fronteiras livres para o comércio, sem taxas alfandegárias), em 1957, a que Alemanha, França, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo deram o nome de Comunidade Econômica Europeia e que hoje abarca a maioria da Europa Ocidental.  
Mas, enquanto a União Europeia é uma entidade federal baseada na liberdade dos seus membros de entrar e sair à vontade da União, a Rússia tem-se esforçado para aprisionar os ex-membros da extinta União Soviética numa dependência econômica estrita, já que tais países precisam de maneira brutal dos combustíveis fósseis da Rússia (gás e petróleo) para fazerem suas economias funcionarem. Cansada de fazer o papel de vizinho bonzinho dos últimos 20 anos, a Rússia resolveu retomar o papel que lhe coube desde quando surgiu a Rússia de Kiev, no séc. IX: submeter os países satélites e ponto final. Já o faz na Bélarús e no Kazaquistão, onde a palavra “independência” de há muito foi abandonada. Agora falta a Ucrânia, pois esta, com 46 milhões de habitantes, dará a Moscou a dimensão imperial que só os outros dois anexados não podem dar. De mais a mais, como o médico e filósofo mineiro Galeno Alvarenga sempre nos lembra, não é a RAZÃO (no sentido de racionalidade) que determina a maioria de nossas atitudes e, sim, a EMOÇÃO e nunca é demais lembrar que a Rússia é um país originário de uma horda viking que fundou um país em Kiev (a Rús de Kiev), não por acaso, hoje capital da Ucrânia independente. Por motivos pra lá de emocionais, os russos querem retomar este que é o território que deu origem ao seu país e para isso vão usar todas as armas econômicas e políticas possíveis, já que a vontade de invadir pura e simplesmente, como fizeram com territórios moldovos e georgianos, a comunidade internacional não permitiria.
Vamos ver os próximos capítulos desta novela que pode jogar os ucranianos numa violenta guerra civil de agora até maio deste ano. Serão quatro meses da mais pura tensão, melhor que “Amor à Vida” kkkkkkk

“Hoje CD grátis/Carlinhos Brown”
(“Correio”)

A estratégia de marketing de vários produtores musicais de usar o jornal “Correio” (o de maior tiragem na Bahia há alguns anos, suplantando o jornal “A Tarde” de longe...) como plataforma de lançamento de CDs é consolidada nesta segunda-feira com o novo CD de Carlinhos Brown, intitulado “Marabô”. Mas, como em todos os outros lançamentos, sem nenhuma exceção, não se ouviu nada que valesse à pena. Apenas e tão somente a segunda canção, “Vc, o amor e eu”, é digerível, mas, mesmo assim, nada que se assemelhe ao belíssimo “Alfagamabetizado”, do mesmo Brown, este, sim, um disco antológico que ouço, reouço e “treouço” e cujas músicas são tão boas que permanecem como obras-primas.
O “Correio” está devendo aos seus leitores um CD que valha a pena ser ouvido.

“Policial militar é preso após roubar táxi no Largo da Soledade”
(“A Tarde” on line)


Tá difícil pra todo mundo, confirmando o artigo do professor Ricardo Líper (veja o post abaixo deste). Parece que o crime está-se tornando, MESMO, a única saída possível para os brasileiros. Até mesmo para aqueles que são pagos para manter a ordem e a segurança. "Se segure", pois está piorando a cada dia a vida em Salvador...

* tonY Pacheco é jornalista-radialista profissional formado pela UFBA e registrado sob número 966 no Ministério do Trabalho.

5 comentários:

  1. O disco de Brown é ruim mesmo e pior é que ninguem di\ isso, só o blog de vcs.

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  2. “Federações jornalistas exigem respeito à imprensa na Ucrânia”

    E na Síria, onde onde terroristas que lutam contra Assad, quando pegam um jornalista ou fuzilam ou lhe decepa a cabeça e ainda jogam bolas com ela, as bostas dessas federações não dizem nada?

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    1. Pra você ver como é, Valter Xéu. Mas, o fato de silenciarem sobre a Síria, não libera a tropa de choque da Ucrânia de meter a porra em meus colegas de profissão.

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  3. (Vladimir Putin, presidente da Rússia, num recado cínico sobre a pretendida “união” com a Ucrânia)

    O que dizer do cinismo de Obama que gostaria de anexar o mundo ao seu país?
    O cara pinta e borda la pelo Oriente Médio, escuta clandestinamente todos os chefes de estado do planeta e não é enquadrado como cínico.

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    1. É, aí, Valter, a falha é minha. Tenho horror a este aprendiz de déspota chamado Putin. Já Obama é apenas mais uma "rainha da Inglaterra" na Casa Branca que, a gente sabe, é governada por grandes corporações. Putin governa mesmo, e tem que ser responsabilizado por suas cagadas. Obama só recita um discurso que lhe é passado pelas corporações.

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