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quarta-feira, 12 de junho de 2013

A desconstrução das imagens de Dilma e Obama.

JORNAL COMENTADO 119

6:57 – 12.06.2013 – Quarta-feira

TONY pacheco*

"Lula e as outras opções para 2014"
(Carlos Chagas no blog de Claudio Humberto)

"Inflação levaria eleição para segundo turno"
("Tribuna da Bahia")

"O arrastão da espionagem"
("Veja")
Notem que nos últimos meses só aparecem fotos de Dilma e Obama preocupados: é parte do processo de demonização


“... para o que precisa ser feito, a Dilma precisa evoluir um pouco mais.”
“O ex-presidente Lula tinha aquele jeito simpático (...). A presidente Dilma é de outro tipo. Ela exige rigor e é muito séria no trato.”
“Ela caminha para uma reeleição (...). Há um porém apenas, que é a questão da inflação. (...) A competência está à prova.”
 (palavras de Henrique Alves - PMDB, presidente da Câmara Federal, da base de Dilma)

“Obscenamente ultrajante.”
(Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, amigo de Obama, sobre a espionagem em massa de cidadãos americanos feita por Obama atrás de supostos terroristas)

“... a maioria dos americanos ficaria estarrecida se soubesse dos detalhes...”
(senadores Ron Wyden e Mark Udall, do partido de Obama, sobre a escuta telefônica e  vigilância de e-mails e redes sociais feitas por Obama)

“O governo Obama não é fiel aos seus próprios valores.”
(Anthony Romero, presidente da American Civil Liberties Union – União Americana de Liberdades Civis, apoiador de Obama, sobre o novo papel de “Grande Irmão” vigilante de Obama)

Celebrados, há pouco tempo, como dois marcos históricos na política mundial, as eleições de Barack Hussein Obama e Dilma Rousseff começam a ser alvo de uma intensa campanha de demonização.
A função do analista é não se ater apenas aos fatos, é ver o que há por trás dos fatos, e, sem dúvida alguma, a insistência na demonstração das supostas fraquezas da personalidade da presidente Dilma e da suposta “traição” do presidente Obama em relação aos seus princípios de campanha eleitoral, têm uma coisa em comum: parece que tem gente por trás que não engoliu, ATÉ HOJE, o fato de um negro cristão, mas de ascendência islâmica, estar à frente da mais poderosa e rica nação do mundo. Assim como, no Brasil, há um grande contingente de homens menores que acham que ficam grandes e "mais homens" quando criticam uma mulher  ENORME em suas qualificações como a presidente Dilma.

1)     No caso de Dilma, a linha de raciocínio de meu amigo jornalista Alex Ferraz é a que mais está próxima da verdade: as pessoas que criticam o modo de governar de Dilma (sério, focado, sem dar muita margem às espertezas dos ratos e gatos do navio Brasil) são aquelas que querem A VOLTA DO EX-PRESIDENTE LULA, que ratos e gatos não se cansam de elogiar que é muito “popular’, que encarna bem “o jeito brasileiro de ser” (bem, se somos aquilo, estamos perdidos, digo eu...), da malemolência, do deixa estar pra ver como é que fica, da “farinha pouca, meu pirão, primeiro”. Saudosos dos oito anos em que se compraram parlamentares, como mostrou o processo do “Mensalão” no Supremo Tribunal Federal, ratos e gatos acham que Dilma é muito exigente e que se Lula voltar, já no ano que vem, será restaurada aquela situação na qual todos fazem o que querem, pois o mandatário só está interessado em viajar e ficar bem longe do problemático país chamado Brasil.
Lembremos: em oito anos de mandato, Lula ficou MAIS DE UM ANO FORA DO BRASIL, somadas todas as viagens ao exterior que fez. Dilma só sai do Brasil porque é EMPURRADA por seus assessores, pois, por ela, seu Ministério das Relações Exteriores é quem cuidaria desta parte, mas os adeptos do “dilmismo” acham que ela perde espaço para o ex-presidente Lula quando deixa de viajar. A diferença básica está aí: um foge de seus deveres para se divertir e a outra só foge dos deveres quando é forçada por outras pessoas.
Agora, quem vencerá? O ex-presidente turista ou a presidente que quer ver se consegue governar o Brasil?

2)     Já Obama é vítima de suas próprias contradições. Elegeu-se contra um ex-presidente (George W. Bush) de extrema-direita, um falcão que considera os outros países do mundo como suas andorinhas, prontas para serem degustadas. Para derrotar Bush, Obama usou a linguagem pacifista, a linguagem da transparência nos negócios públicos, mas seus assessores e o complexo empresarial e militar dos EUA logo lembraram a ele que era o governante do maior império já conseguido pelo homem. E, aí, lembro sempre do imperador Adriano, de Roma, que disse que “nenhum príncipe suporta a oposição permanentemente acampada às portas do palácio”. Os inimigos dos EUA (como os inimigos de qualquer poder) não dormem e, portanto, os EUA não podem dormir. Obama radicalizou o serviço de inteligência americano, pois foi justamente a FALHA DA CIA (Agência Central de Inteligência) em controlar os cidadãos que vivem nos EUA, que permitiu que todo um esquema terrorista se desenvolvesse dentro da América, até que, em 2001, foram explodidas as duas torres do World Trade Center e bombardeado o Pentágono (“Ministério da Guerra” dos EUA). Bush era incompetente e sequer despachava direito com sua inteligência (serviço de espionagem). Assim, células terroristas árabes e islâmicas em geral se desenvolveram dentro dos EUA, pilotos islamitas foram formados nas escolas americanas para depois jogar jatos em alvos dentro dos EUA. Obama quer evitar isso, instaurando um Estado policial, vigiando primeiro os cidadãos americanos. E, aí, eu lembro uma máxima que aprendi com meus amigos policiais: em qualquer assalto ou em qualquer assassinato ou em qualquer sequestro, A POLÍCIA PRIMEIRO INVESTIGA OS MARIDOS E ESPOSAS, FILHOS E PARENTES DA VÍTIMA. DEPOIS OS AMIGOS. Só no fim,  é que as investigações passam para o mundo externo ao dia-a-dia da vítima. Este é o princípio do Estado policial de Obama, mas, para seu azar, foi descoberto e tem tudo PARA DERRUBÁ-LO e em ele sendo negro e descendente de islamitas, VAI SER BEM MAIS FÁCIL DO QUE O PESSOAL DE CÁ DERRUBAR DILMA.

Acompanhemos os próximos lances.

* tonY Pacheco é jornalista-radialista profissional, tendo estudado também Psicanálise e Economia.

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