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quarta-feira, 24 de abril de 2013

SERVIDOR PÚBLICO PARAGUAIO DÁ VITÓRIA À OPOSIÇÃO


JORNAL COMENTADO 93

24.04.2013 – 6:54 – Quarta-feira

“É PRECISO QUE O PODER LIMITE O PODER”
(Montesquieu)

“8 milhões de brasileiros brigam por um cargo público”
(“Tribuna da Bahia”, de ontem)
No Paraguai, no último domingo, venceu a oposição e deixou uma lição para o Partido Liberal Radical Autêntico, dos amigos do governo brasileiro atual, que perdeu a eleição presidencial: NÃO ADIANTA ENCHER O ESTADO DE FUNCIONÁRIOS; AO SERVIDOR PÚBLICO SÓ LHE INTERESSA O SEU PRÓPRIO BEM-ESTAR. São uma nova classe, no sentido que Milovan Djilas dava ao termo em seu livro "A Nova Classe", que fustigava o marxismo pelo seu aparato burocrático.
Mais de 80% dos servidores públicos do Paraguai foram nomeados pelo Partido Liberal Radical Autêntico, que governou o país por mais de 60 anos, sendo que, pelo menos 30 deles sob ditadura. Pensando que controlavam os servidores públicos nomeados por décadas a fio, os governistas sonharam que seu candidato estava eleito. Na hora “H”, os servidores bandearam-se para o lado do empresário oposicionista que acaba de chegar ao poder.
Isto é uma lição para as bandas de cá. Este INCHAÇO MONUMENTAL do Estado Brasileiro, que em nada modifica o atendimento às nossas necessidades de saúde, segurança, educação, infraestrutura, é ILUSÓRIO e não garante a permanência de ninguém no poder.
Não adianta apenas cooptar centrais sindicais, “sindicatos” de estudantes como a UNE, comprar deputados e senadores, ter maioria de juízes no Supremo Tribunal Federal, SE VOCÊ NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA GOVERNAR:  MAIS DIA MENOS DIA VOCÊ VAI CAIR.

ASSIM FOI, ASSIM SERÁ

Foi assim no Império de Alexandre da Macedônia, que chafurdou no luxo excessivo dos persas conquistados. Foi assim no Império Romano, que pensando em cooptar cristãos, acabou levando para dentro do palácio aqueles que o destruíram. Foi assim também com os impérios português, espanhol e inglês, que dominaram quase 100% do mundo e não pensaram no elementar: nem tinham gente pra administrar tantas terras e tantos povos. O Império Britânico, foi o que mais durou, pois era o único que tinha um Parlamento controlando e os outros dois eram tiranias. E, agora, nos dias atuais, o Império Soviético foi derrubado pela incompetência de providenciar sabão e sabonete, carne de porco e batata e outras “quinquilharias” sem as quais o povo não pode viver. E, a olhos vistos, estamos constatando o Império Americano SER DESAFIADO DENTRO DE CASA pelos que o invejam e por aqueles que se sentem ameaçados por ele, além, claro, pelo Império do Meio (a China), que não esconde que deseja para si o trono hoje na mão dos americanos.
Enfim, A COMPETÊNCIA PARA GERIR é que faz um projeto durar mais ou menos. O Império Americano, por exemplo, tem tudo para ruir. Aguardemos.

INCONSTITUCIONALIDADE FLAGRANTE

“A igualdade se configura como uma eficácia transcendente de modo que toda situação de desigualdade persistente à entrada em vigor da norma constitucional deve ser considerada não recepcionada, se não demonstrar compatibilidade com os valores que a constituição, como norma suprema, proclama.”
(do blog da Associação Brasileira de Advogados)

O tamanho do Estado Brasileiro, contado aos milhões quando se juntam os servidores federais, estaduais e municipais: exatamente 3 milhões e 200 mil, segundo as últimas estimativas publicadas pelo jornal “O Globo”, é, atualmente, uma ameaça à qualidade dos serviços que a população espera e não é, nem de longe, uma GARANTIA DE PODER para aqueles que estão, momentaneamente, no comando da máquina pública.
Mas o que mais grita na consciência é que o trabalhador do serviço público TEM MAIS DIREITOS do que qualquer outro trabalhador. Tem ESTABILIDADE NO EMPREGO, uma coisa que era UNIVERSAL para todos os brasileiros e que os generais, brigadeiros e almirantes da DITADURA MILITAR de 1964 EXTINGUIRAM com a criação do famigerado FGTS. E tome-lhe LICENÇAS-PRÊMIO e outros “direitos” NEGADOS aos outros trabalhadores. E, aí, surge a pergunta: será que o serviço público brasileiro não é tão ruim em todas as áreas (saúde, educação, segurança...), porque, justamente, o servidor se sente INATINGÍVEL PELOS BRAÇOS DA LEI?
Um gaiato poderá gritar: “Isso é por que você não conseguiu ser servidor”. MENOS VERDADE. A este canto da sereia sucumbi e entre MAIS DE 6 MIL CANDIDATOS, fui aprovado em lugar de destaque (em uma das provas, em primeiro lugar) em concurso público do Governo do Estado da Bahia para trabalhar no Banco do Estado da Bahia. E, ali, ao trabalhar na Diretoria de Crédito Rural analisando O QUÊ OS FAZENDEIROS ESTAVAM FAZENDO COM O DINHEIRO PÚBLICO (piscinas, compra de carros de luxo, casas de praia etc.), desisti de minha carreira de economista, fiz vestibular para Jornalismo na UFBA e, a convite de meu amigo Alex Ferraz, fui trabalhar na iniciativa privada, na “Tribuna da Bahia”. Pedi demissão do Estado. Então, não é inveja, é DESILUSÃO.

A REPÚBLICA DA VIRTUDE

E para encerrar este “post” baseado na manchete da “Tribuna” de ontem sobre 8 milhões de brasileiros correndo atrás de ESTABILIDADE e não de servir ao público, lembro aqui o que dizia Montesquieu sobre a República: é o governo do princípio da VIRTUDE. E o que é virtude? É competência na gestão, é ausência de vícios como a ganância e o individualismo, é o GOVERNO PARA TODOS. Você já viu isso no lema de alguns partidos recentemente, né mesmo? Só que ao sofrer numa fila do SUS, ao entrar numa delegacia de Polícia e ser tratado com desdém e chacota, ao morar numa rua esburacada de Salvador ou numa viela com esgoto a céu aberto, ao ficar engarrafado todos os dias ANTES E DEPOIS do trabalho por horas, ao não poder ver seu filho fazer um curso superior decente numa faculdade pública e gratuita, enfim, ao dormir com os anjos e acordar no inferno, todos os dias, você sente que ALGUMA COISA ESTÁ ERRADA NESTE PROJETO DE PODER EM CURSO NO BRASIL.

* tonY Pacheco é jornalista profissional formado pela UFBA e cursou também Economia (UFJF), Psicanálise (SPOB) e ainda Radialismo, no curso superior do Sindicato dos Radialistas de Itabuna.


Um comentário:

  1. Eles são assim Toni, quando n tão conversnaod sobre o fm de semana passado tão conversando o q vão faze no proximo fim de semana. e ai de vc que chegue lá no repsrtição querendo alguma coisa qdo eles tão conversando

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