Ricardo Líper
Uma das mais queridas e competentes cantoras que surgiram nessa nova geração foi de uma coragem e sinceridade que mostrou ser uma grande mulher. Com a beleza e o jeito das ninfas gregas enfrentou a ignorância e a repressão do racismo sexual e com sua atitude contribuiu de forma séria e consistente para a evolução da humanidade, dos direitos humanos, da liberdade sexual. Isso é que importa. Ser livre sexualmente. E ser livre sexualmente é poder dizer quem ama. Fico orgulhoso de ter essa artista que além dos milhares de aplausos que já recebeu receberá agora de mim mais um pela sua seriedade não só como artista mas, principalmente, como uma mulher forte que sabe ser mulher como foram Lou Salomé, Pagu, Mata Hari e muitas outras que não importa quem amaram, estou dizendo para além de quem se leva para a cama. Estou comparando Daniela às grandes mulheres da história como as citadas e a libertária Emma Goldman, entre outras. Por isso a chamei de Ninfa, que eram as semideusas gregas que com a sua feminilidade, que ela esbanja na sua maneria natural de ser, sabe amar guiada por Afrodite. Felizes daqueles que são livres sexualmente e não se submetem à escravidão das normas da moral cristã imposta à nossa civilização desde que Tomás de Aquino criou uma moral sexual para os povos que os cristãos dominavam. Quem quiser aprofundar leia O Uso dos Prazeres de Foucault. Vejam o filme "Alexandria", quem ainda não viu, está vacilando. "Alexandria"(Ágora, no título original) narra a vida de outra grande mulher, Hipátia, uma das primeiras filósofas da humanidade e a primeira grande mártir, vítima dos cristãos quando eles começaram a tomar o poder no mundo.
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