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quinta-feira, 25 de abril de 2013

"O PROFISSIONAL DO PODER"

Ricardo Líper analisa sociologicamente o surgimento do PROFISSIONAL DO PODER, aquele sujeito que não tendo dado para mais nada na vida ou por ter interesses inconfessáveis, se torna um profissional de ganhar eleições e, assim, chegar à riqueza maior que é o TESOURO PÚBLICO.

Se você não entende bem o porquê de a corrupção ter-se alastrado no Brasil, clique em TEORIA, debaixo da imagem do rei da França e você entenderá tudo.

A presença de um racista-homofóbico na Comissão de Direitos Humanos do Congresso também ficará clara pra você depois de ler a análise de Líper. Não perca. E, ao final, coloque também sua opinião.


2 comentários:

  1. Ricardo, não seria bom também mostar o ponto de vista constante no livro A POLITICA COMO VOCAÇÃO, de Max Weber? Ele diz que quando uma pessoa se dedica demais a uma coisa precisa viver dela, se não tiver outra fonte de renda. Arremata dizendo que a política contemporânea é para profissionais; aponta algumas profissões que são nichos de recrutamento da classe política e faz uma séria consideração entre a ética do compromisso, a ética do político, e a ética do santo.

    Pareto diz que raramente ocorre luta de classes e que a história é o cemitério das elites, a luta mesmo é entre as elites. Acho mais apropriado o uso do termo classe política para designar os políticos profissinais, mas o conceito elite não colide com classe política e para mim são necessários para a compreensão dos que se dedicam à politica em tempo integral.

    Vocês do INIMIGOS DO REI rejeitam a política, são antipolíticos, embora façam política contra os políticos. Não vejo utilidade para a liberdade nesta negação pois só as ditaduras suprimem a política institucinonal e por consequência freiam a rotação das elites no poder com as mudanças que elas sempre trazem.

    Valeu seu esforço para mostrar seu ponto de vista sobre os que se dedicam à política.





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  2. Uma das melhores técnicas para se criticar um artigo é o reducionismo ou transformar o que o autor disse em algo fácil de combater. Eu não escrevi que o profissional do poder não devia ter um salário. Seria insano uma vez que é um profissional, cuja profissão é mandar em todos nós, aliás, todos os profissionais mandam em todos nós como mostrou Foucault. Nunca sugerir que o fizesse sem receber dinheiro. O que disse foi que em países inchados, isto é, subdesenvolvidos, que esse tipo de profissional faz negociatas, rouba, enriquece tal qual qualquer capitalista explorando, via empresas que os sustentam, o proletariado. Marx não faria isso nem fez, mas eles fazem. São muito frequentes nesses países, o que contribui de forma radical para o empobrecimento do proletariado porque não lhe devolve os impostos pagos para os serviços públicos e dirigem o governo para os empreendimentos que vão dar lucro a eles e sua equipe e as empresas que os sustentam. Postei dias depois do artigo uma hipótese para isso. Essas pessoas que se tornam profissionais do poder político surgem muitas vezes ou do próprio proletariado, mas em geral são filhotes da pequena burguesia ou classe média baixa. Vivem famintas e entendem que ser um profissional do poder, com tanta possibilidade de roubar sem ser nem investigado, forma uma equipe, vamos dizer assim, para cometer a alta traição ao país em que nasceu. Posteriormente fiz uma última postagem no artigo mostrando que em países desenvolvidos como a Dinamarca, Suécia, Holanda e outros, por exemplo, eles mostram um profundo amor pelo seu país e por isso exercem a profissão de administrar o governo em benefício de todos e talvez essa seja uma solução possível para humanidade. Entretanto muito rara e que alguns países inchados, talvez jamais, chegarão a ter. Disse, claramente, que a ditadura não é solução porque é corrupção e falta de liberdade de expressão. Não altera nada. O que quis e mostrei é que o profissional do poder de países inchados, em geral, se associa a empresas capitalistas, alguns racionalizando para si e para o povo, até com cinismo, que são de esquerda quando agem como a mais feroz direita. Nós dos inimigos do rei não somos contra ao profissional do poder, mas ao mal profissional do poder que ou o exerce ditatorialmente ou por não respeitar o país em que nasceu nem seus habitantes torna-se um poderoso chefão. Por isso sempre tenho dito que nesses países o povo não tem muita opção, se tivesse, certamente, votariam nela. Infelizmente, nesses países, quem se candidata só quer enriquecer à custa do Estado assim como oferecer empregos a seus parentes, suas equipes para o perpetuar no poder, associando-se aos interesses das empresas capitalistas.

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