TONY pacheco*
6:37 –
22.01.2013 – Terça-feira
CRACK E A AMEAÇA NEONAZISTA
Vejam que pela magreza, as vítimas dos campos nazistas se parecem com os sacizeiros atuais.
'Não
funcionou', diz homem que foi internado à força
(Folha de
S. Paulo)
O debate
sobre a internação obrigatória de viciados em crack que perambulam pelas ruas
das cidades brasileiras não está sendo levado pela imprensa com a intensidade
que merece.
Preocupadas
em tirar das ruas tudo que enfeia o PaíS, já que estamos a apenas cinco meses da
Copa das Confederações e a um ano e cinco meses da Copa do Mundo, as
autoridades brasileiras, que sabem que os eventos seriam no Brasil desde 2007,
isto é, há mais de cinco anos, tiveram TEMPO SUFICIENTE para construir tudo que
tinham que construir, MAS NÃO O FIZERAM. Tiveram tempo para tomar as medidas sociais que se faziam
necessárias, mas, claro, na TERRA DO JEITINHO (segundo o “Financial Times”, de
Londres), NÃO O FIZERAM. Na terra onde tudo é feito nas coxas, de última hora, corre-se o risco de uma
desmoralização internacional durante os dois eventos.
Esta remoção
de pessoas viciadas para internação obrigatória, por exemplo, é uma violência
NAZISTA. Não estou exagerando.
Em 1935,
Adolf Hitler adotou as Leis de Nuremberg, que deveriam tirar das ruas da Alemanha
judeus, aleijados, ciganos, homossexuais, africanos, doentes terminais,
comunistas e todos os tipos de cidadãos que externassem qualquer discordância
com o poder nazista.
A alegação
era CIENTÍFICA, porque sempre há um ou mais canalhas entre os cientistas para
atestar a necessidade de cometer atrocidades. Da retirada destas pessoas para o
início da política de extermínio, com os campos de concentração e os fornos de
cremação, foi um tapa...
A política
HIGIENISTA que se está ameaçando instalar no Brasil com a detenção dos viciados
em crack, é historicamente vinculada às noções tradicionais de saúde pública. Tomar
medidas coercitivas contra grupos rebeldes, como a esterilização obrigatória de
seres humanos com características desfavoráveis ou subversivas, sempre teve adeptos nos meios científicos e políticos.
Por incrível que pareça, até Winston Churchill, Alexander Graham Bell, John
Maynard Keynes e o ex-presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, manifestaram sua
simpatia por políticas higienistas.
Mas foi
Adolf Hitler e seu Partido Nazista que tiveram a coragem de transformar
primeiro isto em política de Estado. "Os higienistas raciais desempenharam
papéis fundamentais no Holocausto, o esforço nazista de limpar a Europa de
judeus, comunistas, ciganos, homossexuais, dissidentes políticos, doentes
mentais e insanos. Após a Segunda Guerra Mundial, tais tentativas têm sido
amplamente colocadas como cruéis e brutais, racistas e pseudocientíficas." Ainda
assim, algumas políticas de higiene racial perseveraram. Até mesmo a simpática Noruega
adotou políticas higienistas, por exemplo, contra os ciganos, que foram
forçados à esterilização a partir de 1934 e, por incrível que pareça, só
suspenderam esta medida cruel e racista em 1977. Dá para imaginar um país como
a Noruega com práticas nazistas até 1977? Pois é. Depois de Quisling, político
norueguês que aderiu ao nazismo oficialmente, tudo se pode esperar da Noruega.
Só que
vivemos no séc. XXI e hoje em dia estas medidas higienistas (afastar os indesejáveis
do convívio social) são consideradas cruéis, racistas e pseudocientíficas MESMO.
Enfim,
é NAZISMO PURO, sem conversinha fiada.
A “Folha de
S. Paulo” mostra que o educador Adriano Camargo, de 36 anos, só se tornou
"limpo" (expressão comum dos que se sentem livres do crack) depois
que procurou ajuda sozinho para o vício. Anteriormente, conta Adriano, "Já
fui internado involuntariamente (a pedido de familiares) e compulsoriamente.
Foram cinco vezes. A única que deu certo foi a última, quando fui por conta
própria".
E segue a “Folha”,
“Segundo Camargo, um juiz o internou porque ele estava cometendo pequenos
furtos. "Me livrei só quando fiquei num lugar que me mostrou que, antes do
vício, eu tinha conflitos internos, familiares. Tratei disso e parei com o
crack."
É o óbvio.
Toda a Psicologia moderna é unânime em dizer que ninguém cai num vício deste
tipo porque é “gostoso”. Só procura bóia de salvação quem está se afogando. Você não sai de casa com uma bóia se nem sabe se vai navegar naquele dia. No
caso dos viciados, o crack (ou álcool, ou cocaína, ou ecstasy, ou seja o que
for, até trabalho ou sexo em demasia) é procurado porque o indivíduo está com
problemas emocionais gravíssimos. Depressão, ansiedade e todo tipo de neuroses
e psicoses levam o indivíduo a procurar o alívio de drogas ou de comportamentos
que O ALIVIEM DAS DORES DESTE MUNDO.
Que são
inconvenientes, ninguém discute. OS SACIZEIROS SÃO INCONVENIENTES DEMAIS. Mas alguns processados pela Justiça estão em pleno Congresso Nacional fazendo leis E FAZEM MUITO MAIS MAL SOCIAL QUE OS SACIZEIROS e ninguém propõe interná-los compulsoriamente. PENSE NISSO. Ninguém tem dúvidas disso. Mas recolher sacizeiros porque não se quer tratá-los como cidadãos é APENAS O INÍCIO de comportamentos
ditatoriais. Depois será a vez dos tuberculosos, que passam a doença pelo ar. Depois
dos leprosos. E os portadores do vírus HIV? Uau, estes deveriam ir para uma
ilha deserta, né não? E os travestis, as putas, os traficantes, os policiais corruptos, os políticos que roubam? Eles podem influenciar seu
filho a se tornar uma mulherzinha, um ladrão, um viciado, um corrupto. E os comunistas, anarquistas, socialistas, petistas
e outros istas? Vivem falando de um tal socialismo, uma bobajada que quer
tornar gente lenhada em gente frequentadora de shoppings e proprietária de
automóveis. Hitler meteu todos em campos de concentração.
Portanto, o
dirigente político que não quiser entrar para a História junto com Hitler,
Mussolini, Quisling, Stalin, Pol Pot e Mao Tsé-tung, tome cuidado com este negócio
de internar sacizeiro à força, pois como lembrou o genial baiano Ruy Barbosa, a
lei que protege meu inimigo é a mesma que um dia me protegerá.
Um indivíduo
como o Sr. Kassab, com a "fama" que tem em São Paulo, se fosse na Alemanha
Hitlerista já estaria num campo de concentração prontinho pra assar. Como diria Alex Ferraz, ele seria Ka-ASSADO... Ele
deveria ter o cuidado, até mesmo por auto-preservação, de não ficar defendendo
políticas higienistas.
Agora, e O
SILÊNCIO DA MÍDIA? Está ENSURDECEDOR, né mesmo?
“Para
Aneel, há risco de faltar luz em cidades brasileiras durante a Copa do Mundo”
(Folha de
S. Paulo)
Como
vivemos dizendo desde 2007, quando o Brasil foi anunciado como sede da Copa do
Mundo de 2014, nossas autoridades não iriam tomar as providências para que um
evento deste porte não servisse para nos desmoralizar internacionalmente.
Não está
dando outra.
A própria
agência governamental de energia elétrica (a Aneel) está bradando que só não
vai faltar luz no Recife e em Fortaleza. No resto vai.
E eu digo
mais. Em Salvador, com a sucessão de “apaguinhos”,
vai faltar eletricidade (eu moro junto da nova Arena e aqui falta luz quase
todo dia...) e, pior, VAI FALTAR ÁGUA.
As manobras
da Embasa para tirar água de um bairro para colocar em outros, já deram... Não
estão funcionando mais. Está faltanto água por todo lado, do Litoral Norte à
Ilha de Itaparica, dos bairros periféricos aos bairros centrais.
Diz a “Folha”:
“Na lista de empreendimentos há novas linhas de transmissão e de distribuição,
além da ampliação e da modernização de subestações de energia. As obras visam
evitar apagões tanto nos estádios quanto nos aeroportos e nas ruas das cidades.” Mas são 163 obras que nem a metade está no ritmo que deveriam.
E digo mais:
EU TE DISSE, EU TE DISSE...
“Entenda por que a França
enviou suas tropas para o Mali”
(Tribuna da
Bahia On Line)
A parte Norte do Mali agora é Azawad e quer ser um Estado Islâmico, leia-se, base da Al-Qaeda
No site da “Tribuna da Bahia”, publicamos matéria sobre a operação de guerra da França para impedir a tomada do poder no Mali por guerrilheiros islâmicos. Entenda o porquê desta “preocupação” dos franceses com os destinos dos malineses. Você vai se surpreender...
Cole o link
abaixo na sua barra de navegação e vá direto à reportagem sobre o Mali. Não tem
vírus.
http://www.tribunadabahia.com.br/2013/01/21/veja-por-que-franca-estao-tao-interessada-em-proteger-mali
* tony Pacheco tem formação acadêmica em Psicanálise, Economia, Jornalismo e Radialismo, mas nem por isso deve ser levado mais a sério que seus avós, que às vezes têm idéias melhores sobre o mundo. Ouça-os!
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