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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Depois de ficar sem ferry algum, travessia tem 2 ferries. Viva!


Kraus Berg


Quer entender tudo sobre o ferry-boat? Leia o jornaldamidia.com.br e fique por dentro, por exemplo, de um gasto de mais de R$20 milhões para recuperar os ferries e entregá-los de mão beijada à nova empresa que vem do Maranhão (vixe!!!). 
Leia abaixo:

Ferryboat opera com duas embarcaçãos. Dá até para ”comemorar”.

REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Salvador – A crise no ferryboat é tão intensa neste Verão que dá até para comemorar quando a Agerba anuncia que o sistema está funcionando nesta sexta-feira (25) com duas embarcações, de um total de oito unidades. Isto mesmo: depois de levar uma semana com somente um ferry em tráfego – ou nenhum, como aconteceu ontem -, a travessia marítima entre Salvador e Bom Despacho está sendo feita pelos navios “Anna Nery” e “Rio Paraguaçu”.
O “Rio Paraguaçu” foi reformado e depois que voltou a trafegar, há menos de um mês, já quebrou cinco vezes. O “Anna Nery” se arrasta na travessia e quebra constantemente. (Fotos: Jornal da Mídia/Arquivo)
Longe de o usuário ter “acesso livre” para embarque nos dois terminais, como diz a Agerba em seu site. A fila nesta manhã, em Salvador, passa da Feira de São Joaquim. É coisa aí calculada para embarque, levando-se em conta as duas embarcações em tráfego, para cerca de cinco horas de espera. E a fila em São Joaquim pode ser considerada pequena para uma sexta-feira de muito sol, com muita gente querendo atravessar de carro para o fim de semana nas praias da Ilha.
Explica-se: escaldados com o colapso no sistema, milhares de usuários estão preferindo pegar a estrada. De Salvador para a Ilha de Itaparica pelas BRs 324 e 101, são 260 quilômetros. Sem muita correria, o percurso pode ser feito tranquilamente em três horas e meia. Quem preferir deixar a BR-324 e pegar a estrada a Santo Amaro, o percurso é reduzido em 40 quilômetros. De Santo Amaro chega-se a Cachoeira-São Félix e daí o acesso é feito até Maragogipe, depois a São Roque do Paraguaçu. Essa rodovia está com conservação regular, mas é muito sinuosa e requer cuidado do motorista.
Governo Silencia - O Governo do Estado resolveu fechar o bico e não fazer mais as desastrosas previsões sobre quando o sistema realmente contará com as sete embarcações em tráfego, como havia prometido o vice-governador Otto Alencar – ele disse que em 15 de dezembro passado o usuário iria comemorar com a frota de sete navios operando sem parar. E nada.
O Verão acaba depois do Carnaval. Numa previsão otimista feita por fontes da Agerba para o JORNAL DA MÍDIA, é possível que no Carnaval, historicamente o período de maior demanda no ferryboat, o sistema conte com cinco embarcações. Isto se o ferry “Ivete Sangalo”, fora de tráfego por um problema de eixo, retornar a tempo do estaleiro. Do contrário, serão quatro. É torcer para que até lá os demais navios não quebrem também. Se um deles fraturar um joelho, por exemplo, o médico ortopedista Otto Alencar vai ter muito trabalho durante a folia momesca.
Wagner e Sarney -  Ontem, como sempre faz pelo menos duas vezes por mês, o governador Jaques Wagner compareceu a um programa de TV para responder as perguntas de sempre, aqueles que o entrevistador levanta a bola para o governador chutar. Wagner voltou a prometer que o Estado vai comprar mais dois ferries para o próximo Verão. Os dois “papa-filas” vão poder transportar, cada um, 200 carros.
Mas Wagner já avisou: o governo, ou melhor, o Estado vai ter que subsidiar parte das operações do sistema, que será operado, logo que acabar a intervenção da Agerba, pela companhia Internacional Marítima. Esta empresa é do Maranhão, terra do glorioso senador José Sarney. Ninguém está dizendo aqui que o eclético Sarney tem participação nesse negócio aí. Longe disso.
A Internacional Marítima vai receber do Estado todos os navios reformados e recuperados para poder operá-los. A reforma dos ferries tem custo que já passa dos R$ 20 milhões e é toda bancada com dinheiro público. Em 2005, quando Paulo Souto trouxe a TWB para a Bahia, usou o mesmo critério: reformou todos os navios e entregou tudo de mão beijada. O Estado recebeu seis anos depois, tudo sucateado. A história tem tudo para se repetir, mais uma vez.

Um comentário:

  1. Essa empresa né aquela que tinha complicações com a Petrobras ? Apadrinhada na época por Zelia Cardoso e Renan Calheiros ?

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