tony PACHECO*
6:30 – 21.01.2013
– Segunda-feira
QUERO ME DIVORCIAR DE OBAMA
POSSE NOS EUA
Polarização é um dos desafios
de Obama em seu 2º mandato
(Folha de S. Paulo)
"Uma posse pop"
(Correio)
“Sendo
necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem
organizada, o direito do povo de possuir e usar armas não poderá ser impedido.”
(Segunda
Emenda à Constituição dos Estados Unidos da América, parte da “Carta de
Direitos” (“Bill of Rights”, em inglês, que é o conjunto das 10 primeiras das
27 emendas à Constituição, justamente as 10 que resguardam o direito do Cidadão
se insurgir contra um governo que se pretenda ditatorial, tirânico ou que tenha
nascido de tentativa de golpe de Estado).
“Juro
cumprir fielmente as funções de presidente e farei tudo em meu poder para
preservar e defender a Constituição dos Estados Unidos da América”.
(Juramento
a que está obrigado todo presidente americano ao assumir).
Diante do
que diz a Segunda Emenda à Constituição dos EUA, o juramento que Barack Obama
fez, ontem (20.01.2013), na Casa Branca, ao presidente da Suprema Corte, está
cheio de contradições e se quisermos ser literais, ele está faltando com a
verdade ao dizer que vai “preservar e defender” a Constituição.
Muito ao
contrário do que diz o juramento, Barack Hussein Obama II está lutando para
destruir um dos fundamentos da nação americana, que é o direito de o povo
rebelar-se “quando as leis se tornam insuficientes para conter a opressão do
povo pelo governo”.
Este
direito à rebelião, baseado na Segunda Emenda (o povo em armas), junto com a
Primeira Emenda, que diz que o Estado Americano não pode legislar sobre
liberdade de imprensa e pensamento, são o diferencial da Nação Americana em
relação ao resto do mundo.
Não vou
mentir que eu (como milhões neste planetinha azul) fui um entusiasta da eleição
de Obama à presidência dos EUA em 4 de novembro de 2008 e até postei aqui neste
blog minha opinião: Obama não é mais que o prosseguimento da trajetória
imperial dos EUA, mas, o fato de ser negro, mas um negro intelectualizado, era
um EXEMPLO PARA O MUNDO e para a luta de todos subjugados pelo racismo
e todo tipo de preconceito. A eleição de Obama mostrou que negros podem, sim,
ser inteligentes, cultos, poderosos e dirigir a mais importante nação do mundo.
Mas, parou
aí.
A decisão
de Barack Obama de rebelar-se contra a Constituição dos EUA, que prevê o
direito de o povo se armar para defender, justamente, a liberdade de todos
perante o Estado opressor, o torna um militante antilibertário, um liberticida.
E, portanto, do alto de minha insignificância, a partir de hoje não o considero
mais emblemático em qualquer luta dos oprimidos contra os opressores. Pelo
contrário, o considero como parte desta
elite que insiste há milênios em subjugar a maioria para seus propósitos ostensivos e inconfessáveis.
Mas ele é
culto, e sabe que sua luta não terá chances de vitória num país que construiu
os fundamentos da liberdade que hoje se goza em boa parte do mundo. Um povo
desarmado é um povo frouxo, como o brasileiro, vítima de suas classes
dominantes, que se regalam na corrupção e na má gestão pública sem que a população
dê um pio de revolta, morrendo nas filas do SUS, sendo humilhada nos guichês
de um serviço público incompetente e agressivo e participando COMO ALVO numa
batalha entre os marginais de um lado e as forças armadas das elites dominantes
do outro.
O povo dos
EUA não vai querer o destino inglório do Brasil e outras nações
latino-americanas.
Xô, Barack
Obama!
DESARMAMENTO
NO BRASIL
Aproveito
para esclarecer minha opinião sobre o papel de Lula no desarmamento dos
brasileiros, acontecido depois de 2003, com a promulgação do vergonhoso
Estatuto do Desarmamento.
Todos os
holofotes se dirigem a Lula e ao PT, contudo, foi Fernando Henrique Cardoso e
seu PSDB, em 1997, que iniciou a guerra do Estado Brasileiro pelo DESARMAMENTO
DOS CIDADÃOS HONESTOS, preservando as armas apenas para os ladrões, traficantes
e outros assassinos.
Em 1997, o
governo FHC/PSDB começou a luta para desarmar a população honesta e
trabalhadora instituindo o Sistema Nacional de Registro de Armas. Pela primeira
vez na História do Brasil, o Estado teve coragem de legislar sobre o uso de
armas por civis, sendo que o controle, cadastro, produção, venda e importação
dos armamentos deveriam ser exercidos pelo Ministério da Justiça, como base de
consulta para a Polícia Federal. Nem a ditadura fascista e filonazista de Getúlio
Vargas teve coragem para tanto, muito menos os militares da quartelada de 1964.
Mas FHC e seu partido social-democrata, alinhado com os interesses do capital
internacional, teve.
Em 1999, alguns
senadores apresentaram vários projetos de lei para controlar as armas em poder
dos cidadãos de bem. Um deles, o PL 292, seria a base do futuro Estatuto do
Desarmamento de 2003.
O argumento
usado, então, com o APOIO DECISIVO DA REDE GLOBO e da Fundação Ford (direita
americana), era que as armas que iam parar nas mãos dos bandidos eram
provenientes de armamento ilegal que os cidadãos perdiam para os marginais em
assaltos e roubos. Uma balela simplória que foi REPETIDA AD NAUSEAM pela
televisão, mas não foi suficiente para convencer o povo brasileiro, que foi
chamado às urnas em 23 de outubro de 2005 para decidir se o comércio de armas
deveria ou não ser proibido no Brasil, já que arma de bandido vem, na verdade,
dos arsenais das Forças Armadas, das polícias e da compra direta dos
contrabandistas que entram pelas nossas fronteiras, O MAIOR QUEIJO SUÍÇO DO
MUNDO de tão porosas.
Agora, em 2005, já
com o governo do Sr. Lula e seu PT, irmanados com o PSDB do Sr. Fernando
Henrique e com a Globo, o governo perguntou ao povo:
"O
comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?". Os
eleitores puderam optar pela resposta "sim" ou "não", pelo
voto em branco ou pelo voto nulo. O resultado final foi de 59.109.265 votos
rejeitando a proposta (63,94%), enquanto 33.333.045 votaram pelo
"sim" (36,06%). Isto é, o POVO DISSE NÃO À TENTATIVA DO GOVERNO DE
DESARMAR OS CIDADÃOS HONESTOS.
Mas, como
num golpe de Estado branco,
o Sr. Lula simplesmente não revogou o Estatuto do Desarmamento, que tornou praticamente impossível ter uma arma legal no Brasil. Pelo contrário, mesmo diante da posição esmagadora do povo pelo direito à posse de armas (quase 64% por cento),
Lula apenas revogou o Artigo 35, que proibiria para sempre a comercialização de armas, mas manteve TODAS AS RESTRIÇÕES AO PORTE, inclusive o porte de armas por policiais civis e militares, o que TRANSFORMOU A POLÍCIA EM ALVO da vagabundagem, pois é justamente quando está de folga que o policial é alvejado.
o Sr. Lula simplesmente não revogou o Estatuto do Desarmamento, que tornou praticamente impossível ter uma arma legal no Brasil. Pelo contrário, mesmo diante da posição esmagadora do povo pelo direito à posse de armas (quase 64% por cento),
Lula apenas revogou o Artigo 35, que proibiria para sempre a comercialização de armas, mas manteve TODAS AS RESTRIÇÕES AO PORTE, inclusive o porte de armas por policiais civis e militares, o que TRANSFORMOU A POLÍCIA EM ALVO da vagabundagem, pois é justamente quando está de folga que o policial é alvejado.
Espera-se
que os americanos, diante de um presidente que agora, em segundo mandato,
quando nada mais tem a perder, luta contra a Constituição dos EUA e contra o
direito de o povo se defender, ESPERA-SE QUE O POVO AMERICANO diga um NÃO bem
grande ao Sr. Obama e sua tentativa de desarmar o povo mais consciente de seus
direitos entre todos os povos do mundo.
Xô, Obama!
P.S.: e é sempre bom lembrar. Em 2011, ninguém mais ninguém menos que JOSÉ SARNEY, propôs um novo plebiscito sobre desarmamento, pra ver se revertia o resultado de 2005, quando o povo disse que queria continuar armado e o Sr. Lula IGNOROU o resultado do referendo.
* formação acadêmica em Jornalismo, Psicanálise, Economia e Radialismo.
Toni Pacheco,parabéns.Excelente artigo.
ResponderExcluirOk companheiro Tony
ResponderExcluirmas não me parece que o "Estado" americano esteja correndo risco. O que me parece é que crianças em salas de aula estão correndo risco de serem (na verdade estão sendo) assassinadas por loucos. A outra coisa: em que país do mundo se compra AR15 no supermercado a não ser os Estados Unidos. Ao contrário da maioria dos nossos colegas não sou contra americanos, pelo contrário, adoro New York, amo blues, jazz e rock, viva Hollywood e vivo o jeans. Mas a história do Cowboy já foi. É bem tupiniquim, inconsistente com o mundo de hoje, que nem guerra fria tem. E o fundamental: cada vez mais mais americanos acham que Obama tem razão. Diria: a cada assassinato em massa em escolas a racionalidade chega a um maior número deles.
wsantosjunior@yahoo.com.br