JORNAL COMENTADO 37

TONY pacheco*

6:33 – 15.01.203 – Terça-feira

“Secretário flagra ausência de médicos”

Jorge Solla constatou que 49% dos plantonistas faltaram ao trabalho no HGCA

(A Tarde On Line)

“No Hospital Clériston Andrade, metade dos servidores é flagrada faltando o plantão”

(Correio)

A pergunta que não quer calar é por que, só agora, SEIS ANOS após o governador Jaques Wagner/PT ter assumido o Governo da Bahia, é que o secretário de Saúde resolveu “descobrir” que os funcionários públicos têm mil e uma artimanhas para não trabalhar e, com isso, prejudicar a população???

Na minha modesta opinião, o Governo do Estado só está se movimentando porque viu como é administrar interesses públicos. E como viu isso? Nos primeiros poucos dias da administração do prefeito ACM Neto. Que já deixou claro que os funcionários públicos têm que trabalhar, para desespero deles todos, que passam as segundas e terças-feiras fazendo resenha de como foi o fim de semana que passou e, a partir de quinta-feira, ficam fazendo resenha de como será o próximo fim de semana, além, claro, dos esquemas de “cobertura de faltas”, quando um falta o outro “cobre” e quando o que cobriu falta, o que faltou antes cobre.

Momento lindo, estamos vivendo: a cobrança de trabalho dos servidores públicos.

Estou vivenciando isso, neste momento, na Justiça do Trabalho. Depois de um “recesso de fim de ano” (alguém já viu trabalhador de empresa privada fazendo “recesso de fim de ano”? Na “Tribuna” e em “A Tarde”, onde trabalhei, era quando a gente pegava mais no pesado, justamente quando todo mundo descansava a gente carregava pedra)... Voltando à vaca-fria, depois do “recesso”, fui à Justiça do Trabalho no dia 7 de janeiro e vi que de uma batelada de guichês de atendimento ao público, TINHA UM APENAS FUNCIONANDO. E continuou assim até a hora em que saí do prédio, às 11:15 horas. Descobri, também, que “a funcionária que tá cuidando do processo ainda não voltou do recesso”. Isso, ontem, dia 14 de janeiro. Ela está 7 dias atrasada no retorno do “recesso de fim de ano”. E o juiz? “Ah, o juiz que está cuidando do seu processo não conseguiu ver o processo antes do Natal e até agora não viu”. O até agora foi ontem, dia 14. Quase um mês depois do início do “recesso”. Este recesso é como se fossem  férias inventadas, pois eles continuam todos, tirando, DEPOIS, mais um mês de férias regulamentares, que são as únicas que eles teriam direito mesmo se isto fosse um País e não a Bananalândia...

Isto sem falar em minha outra experiência com a Justiça do Trabalho, que só chegou ao fim depois de NOVE ANOS, depois que reclamei no Conselho Nacional de Justiça. 

Ah, “seu” Joaquim Barbosa! Ah, “dona” Eliana Calmon! Vocês não sabem da missa a metade, como diria minha avó Verônica...

“O tal universitário que caiu no gosto dos jovens”

(A Tarde On Line)

Para público "chapado", qualquer coisa é coisa...

O melhor neste tipo de matéria jornalística são as fontes procuradas pelos repórteres. É pra rir e chorar.

É um bolodório sem igual e nunca vai no cerne da questão. E a questão é: estes tais “universitários” (muitos deles, semi-analfabetos, como se vê pelas letras) do sertanejo e do arrocha, simplesmente falam de álcool, sexo e automóveis e o público "chapou o coco".

Como os jovens de classe média urbanos vivem num mundo de SEXO, DROGAS E AUTOMÓVEIS, é óbvio que quando estas duas vertentes musicais HORRÍVEIS passaram a falar destes assuntos, atraíram eles.

Agora, mande Luan Santana e Michel Teló começarem a cantar músicas do sertanejo-brega e do arrocha-brega tradicionais para ver se alguém vai!!! Aquelas letras assim: EU SOU CORNO, ELA ME DEIXOU POR OUTRO, NÃO SEI SE CONSIGO MAIS VIVER, O FILHO QUE ELA ME DEU É DO OUTRO, SOU UM CORNO DESESPERADO...

Du-vi-de-o-dó!

Letra “universitária” tem que ter mulher gostosa, Camaro, Land Rover, Ram e, claro, cerveja (já que não são honestos o suficiente para colocar cocaína e ecstasy nas letras, que é o que REALMENTE SE CONSOME nestas festas). 

O rock and roll, neste sentido, sempre foi MAIS HONESTO. Joe Cocker fez uma música chamada “Cocaine”. Simplesmente isso: “Cocaína”. E os Beatles SE CHAPARAM DE LSD (o que hoje se chama de “ácido” e compuseram “Lucy in the Sky With Diamonds” e “Yellow Submarine”, literalmente: “Lúcia no Céu com Diamantes” e “Submarino Amarelo”; dá pra ver o tamanho da VIAGEM  ...).

Ora, me deixem! Tô sem saco para fingir que não estou vendo o que estou vendo. Como diria Sigmund Freud, só não enxerga quem não tem olhos de ver. E adiciono ao mestre: E OS PAIS que estão cuidando de suas vidinhas e esquecem que colocaram filhos no mundo também não vêem.

Pronto. Falei.

* tony pacheco tem formação acadêmica em Psicanálise, Economia, Radialismo e Jornalismo, embora isso na prática não tenha muita utilidade.