Filmes Comentários

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Onde passar o primeiro do ano?

Ricardo Líper

As pressões sociais são muitas vezes imperceptíveis. E você, se for alienado, sofre para cumprir o que todos dizem para você cumprir, mesmo você acreditando que é você quem gosta. E o jargão é  todo mundo. Todo mundo fica alegre nas festas de Natal e você tem de ficar também. Todo mundo deseja boas festas nesses dias e todo mundo comemora. Aí, se você não tiver senso crítico, troca sua identidade por todo mundo. Por exemplo eu não sou Ricardo Todomundo. Eu sou Ricardo e o próprio Líper não é um nome da carteira de identidade, eu inventei. Mas faço o maior esforço para não ser Ricardo Todomundo. O Todomundo, como sobrenome, é uma pressão que muitas vezes cai naquela tradicional relação do otário com o esperto. Vamos ver a passagem de ano. Criou-se uma obrigação de se ficar alegre, de branco, desejando feliz ano-novo a todo mundo. É uma festa? É. É um momento alegre? É. Entretanto, os espertalhões estão à espreita para transformar qualquer hábito em uma maneria de ganhar dinheiro, humilhar os outros, transformar comportamentos em comportamentos de marionetes como vista branco ou uma cor pré-estabelecida, ria, beba, dance. Vejam fogos de artifício. E agora muitos ganham com esse tipo de pressão para os bonecos obedecerem a comportamentos estereotipados. E agora introduziram mais uma coisa: o showismo. Resultado: reúne todo mundo para ver show de supostos artistas para eles ganharem dinheiro. E o final do ano e no que se transformou? Se não me engano o pessoal de algumas religiões de origem afro iam para a praia fazer oferendas e pedir bênçãos, o que era muito agradável. Levavam o que comer, dançavam, cantavam e se divertiam. Democratizaram a festa. Entretanto, muita gente junta em um país cujas cidades não têm segurança, ladrões atacam e é natural que se aproveitem da falta de segurança para isso. Daí a realidade hoje. O showismo aglomera os todomundo que serão roubados, pisoteados e voltam para casa ou hospitais frustrados e desolados. Mas o curioso: vão de novo a cada ano porque todo mundo vai. Eu gostaria de passar dormindo. Já fui a todos réveillons, mas não suportei nenhum. Que todo mundo vá, não eu. Não sou gado de corte. Vou fazer o que faço sempre: encontrar alguns amigos na casa de um deles e comer, conversar, dançar ou cantar se quiser, mas sem me esgotar física e emocionalmente sendo feito de besta para cumprir um ritual apropriado por espertalhões. Se depois de seu nome tem todomundo, vá mesmo sem gostar de ir porque todo mundo vai. Conheço muita gente que passa essas festas dormindo. Um deles era meu sábio pai, que sempre passou dormindo. Um inimigo do rei prefere festas na qual as pessoas levem um prato de comida,  cantem e dancem, conversem, improvisem. Festa popular é todos criarem suas roupas mesmo usadas, e o povo é que é o grande espetáculo. Grupos de pessoas criativas fantasiadas, se quiserem, sem gastar dinheiro para ser feliz e não aglomeradas para dançar como marionetes olhando para um palco em eternos shows. Festa é festa, show é show. Se liguem, não deixem que lhes façam de besta. Reinvente, volte ao que era, é a primeira regra, para as pessoas. Segunda, sem gastar quase nada. Terceira, a criatividade de cada um é o show. 

Uma música para embalar o ANO-NOVO







TOny PAcHECO


Um amigo de Ricardo Líper descobriu esta música no YouTube. Ela vem com cantores e músicos de vários países do mundo e a mensagem é bonita para cara...
Podem clicar que já verificamos quanto a vírus.
Passe adiante.


http://www.youtube.com/watch?v=_WHWavOSp-I

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Luiz Mott é boicotado em eventos chapa-branca

Luiz Mott criticou o fato de a presidente Dilma ter proibido a circulação da cartilha LGBT anti-homofobia nas escolas, cedendo a pressões dos fundamentalistas cristãos do Congresso. E o PT é um partido marxista-leninista, portanto, a favor do discurso único. A presidente atual é considerada o Grande Timoneiro, o Líder Espiritual das Massas, portanto, não pode ser questionada. Eles aparelharam os partidos políticos (todos dóceis, com suas capitanias hereditárias ministeriais), aparelharam os sindicatos (empregando milhares de sindicalistas), aparelharam a UNE e todas as entidades estudantis, enchendo de dinheiro a moçada e agora estão aparelhando o movimento LGBT, dando dinheiro aos viadinhos e às sandalinhas para ficarem viajando para lá e para cá discutindo se devem se ajoelhar quando a imperatriz Ming passar, ou se devem ficar jogados ao chão, como escravos, quando sua majestade falar. Mott, você é maior do que isso, mas, se ainda tiver saco pra esta bobajada, vá sem ser convidado. Crie uma saia justa, uma calça justa e uma cueca justa. Este rebanho de mendigos dos favores oficiais não suportam ser confrontados. Eles gostam de ouvir AMÉN! Vá e esculhambe, agora, se não tiver afim, venha em minha casa e tomamos um Lambrusco del´Emilia generosamente gelado neste Verão. Você escolhe. Agora, só não me chame para ir pro ENUD, ENOD, ENID, ENED nem ENAD. Estas sopas de letrinhas chapa-branca não mudam a realidade de que O BRASIL MATA MAIS HOMOSSEXUAIS QUE OS PAÍSES ISLÂMICOS. É isso que o governo petista não quer ouvir.

Quer saber mais, acesse https://www.facebook.com/luizmott

* ToNY pacheCO postou no Facebook em 29.12.2011.

Nixon

Richard Nixon 
Ricardo Líper


Eu não me surpreendo com gente. Nunca me surpreendi. São, na sua imensa maioria, uns farsantes. Uns comediantes. Mas mesmo assim ainda não posso conter a surpresa com alguns que mereciam ganhar o Oscar de melhor ator. Se é que é verdade Nixon enganou muito bem todo mundo. O que é curioso e é típico era sua homofobia. Não sou dos que acho que quem é homofóbico é porque gostaria de se locupletar com o sexo com o mesmo sexo e aí fica perseguindo os outros em um delírio de que está perseguindo a si mesmo inconscientemente. Quem é homofóbico, racista, classista é canalha mesmo, alienado, burro, sem caráter. Precisa ter um bode expiatório escolhido pelas Igrejas e outras instituições fascistoides semelhantes como psiquiatria, psicanálise etc para exercer o seu fascismo.  Esse tipo de psicopata quer é maltratar os outros. É assim que ele fica feliz. E a escolha se dá com os bodes expiatórios do momento. Na Alemanha de Hitler esse tipo de pessoa perseguia os judeus. Mas voltando a Nixon. Esse tipo de comediante como Nixon se esconde atrás de um biombo que é a mulher, se casam e de outro que é arrotar homofobia. Vocês não vêem os padres e pastores como se comportam? Homofóbicos claro, em nome de Jesus. Mas os escândalos são frequentes. Recentemente no Brasil pastores envolvidos sexualmente com menores foram flagrados  o que deu até em brutal assassinato de sua vítima. A homofobia é o segundo biombo, a noiva, namorada ou esposa é o primeiro. Raciocine: o seu fulano, vizinho, cunhado, colega de futebol, casado com mulher gostosa semi-piriguete, homofóbico de mesa de bar, com amante até divulgada pela vizinhança, não podendo ver mulher passar que fica fazendo presepadas e comentários elogiosos e eróticos. Quem pode imaginar que ele suspira, nas caladas de certas noites, nos braços de outro macho. Essa é uma da faces da homofobia. Com diz o povo é uma homofobia para tirar de tempo. E como eu gosto de dizer eu não como reggae.  

Sexta economia, cesta vazia.

Alex Ferraz

Ainda bem que o ministro Guido Mantega teve a sensatez de dizer que não há muito o que comemorar. O Brasil passou a ser a sexta economia do mundo, ultrapassando a Inglaterra. Ontem, quase que numa clarividência, eu dizia nesta coluna como é boçal posarmos de país rico lá fora, no mundo mais civilizado, enquanto nossas cidades estão rodeadas de favelas cada vez maiores. Pois bem: não há mesmo o que comemorar. Ocorre que a distribuição de renda no País é das piores do mundo e somente uma estreita faixa da população tira proveito deste PIB que sobe no ranking mundial.
Nem de longe me refiro aqui a teorias comunistas, do tipo pobreza para todos (e que nunca foi assim, porque na URSS surgiu a nova classe, que viveu nababescamente às custas do Estado). Comparo com distribuição de renda de países capitalistas, com a própria Inglaterra, os Estados Unidos, a França, a Alemanha, o Japão.
Diz o ministro Mantega que somente dentro de uns 20 anos chegaremos a um nível de vida europeu. Duvido muito. Para isso, além de uma reviravolta na distribuição de renda, seria necessário ter uma população maciçamente educada e muito bem informada, além de serviços públicos essenciais que funcionassem dignamente.
E, é claro, os cargos políticos deveriam deixar de ser “capitanias hereditárias” para que houvesse uma renovação, uma nova geração de políticos que se preocupasse mais em fazer nome e carreira com base em ações dignas para o povo. Alguém aí acha que 20 anos serão suficientes para consertar 511? Hum...

Ainda sobre
a renda (I)
Um exemplo gritante de como riquezas traduzidas em economês praticamente nada significam quando olhamos para a realidade social, neste país, vem da nossa vizinha São Francisco do Conde, cidade do Recôncavo baiano que tem a “maior renda per capita” do Brasil, graças a royalties de petróleo.
No site Bahia Já, do jornalista Tasso Franco, encontrei ampla matéria sobre as desigualdades naquele município, e destaco: “A realidade de São Francisco do Conde, no interior da Bahia, não faz justiça ao dado mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o município. Ele ocupa o topo do ranking do PIB per capita (Produto Interno Bruto dividido pelo número de habitantes) em 2009, com um valor de R$ 360 mil por morador. Entretanto, na cidade faltam empregos, saneamento básico e leito de UTI.”

Ainda sobre
a renda (II)
Prossegue o Bahia Já: “A cidade tem pouco mais de 33 mil moradores e ganhou destaque no ranking do PIB das cidades brasileiras por ter instalada em seu território a refinaria Landulpho Alves, a segunda maior em capacidade instalada de refino do país. O PIB total em 2009, em valores correntes, foi de R$ 1.437.501,10, segundo o levantamento.”

Ainda sobre
a renda (III)
Como se vê, os números da macroeconomia não têm significado algum para quem está na base da pirâmide social. Dizer, por exemplo, que empregadores pagaram R$ 53 bilhões em 13º salário, este ano, causa grande impacto. Porém, dividir essa fortuna por dezenas de milhões de salários achatados, resulta em quantias pífias, que iludem populações inteiras endividadas até o pescoço, achando-se, realmente, em uma “nova realidade social”.

Ainda sobre
a renda (IV)
Para os que acham que estou exagerando, dou apenas uma dica: saiam agora de casa e vão dar uma volta no Lobato, nsa entranhas de São Caetano, na Cidade de Plástico, na Praça da Piedade, no Largo Dois de Julho, tudo isso em Salvador, e verão se a realidade da miséria cruel tem cara de sexta economia do mundo. Pois sim!

* publicado na coluna Em Tempo, "Tribuna", 27.12.2011.

Mulher do Ano - Eliana Calmon





Rose Vitaly foi curta e caceteira na definição de quem é a ministra corregedora da Justiça, Eliana Calmon: “Valente e decente”.


tonY pacHeco

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O Espírito da Burguesia na 6ª Economia do Mundo

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br




A TV tem nos trazido bons materiais para podermos dar uma malhada na 6ª economia do mundo.

O Fantástico faz uma brincadeirinha com alguns seres humanos, levando-os para onde não queriam ir, nem gostariam de viver. Colocam um carnívoro inveterado para comer com veganos quase anarquistas. E pegam uma garotinha burguesa para tomar conta de menininhos chatos (e pobres) em uma creche de Aracaju.

A garotinha habitante de uma cobertura dupla, chiquérrima, em Brasília (Arghhh...) faz sua boa ação de vida, indo ajudar o Fantástico a conseguir sua audiência domingueira. Além de rica, ela também é estudante de jornalismo (olha só, que legal). E adora festas. Pelo menos 3 festinhas durante a semana. Coisa prá pião babar de inveja. Muito legal e divertido ver ela limpando o cocô das crianças menores.


Mas, mais legal é vê-la, depois de ter participado do programa, montando uma apresentação de moda em benefício dos meninos pobres de Aracaju. Ela conseguiu arrecadar R$ 12.000,00.

Ela e suas amigas vestiam roupas que deveriam custar uns R$ 2.000,00, cada. Affff... Não era mais fácil juntar umas 10 roupitchas dessas e doar a turma de Aracaju ? kkkkkkk... Eita colaboração entre classes boa do caralho.

A TV Bahia também fez seu ato de solidariedade natalina, apoiando um jogo entre Neymar e seus amigos contra uma seleção de jogadores baianos. Pelo que deu prá ver de torcedores deve ter sido bem minguada a renda repassada para alguma instituição de caridade. Boa renda mesmo parece ter sido a de Neymar que segundo alguns blogs recebeu R$ 200.000,00 de cachê para participar do baba.


Nessa 6ª economia do mundo, como diria o nobre Cazuza, tanto a nova quanto a velha burguesia deixam um certo fedor pelo ar, por onde passam.

Mendigos e desempregados chateiam a 6ª economia

Mendigos insistem em ficar desmoralizando a 6ª economia publicamente

Filas de desempregados irresponsáveis insistem em desmoralizar a 6ª economia


TONY pacheco


Só vi um jornalista dizendo o óbvio: Ivan Carvalho, da "Tribuna da Bahia". Enquanto o Reino Unido (Inglaterra, para os íntimos) tem pouco mais de 2 trilhões de dólares de Produto Interno Bruto para atender 60 milhões de habitantes, o Brasil tem pouco mais que 2 trilhões de dólares de PIB para atender 190 milhões de brasileiros: os britânicos têm renda TRÊS VEZES MAIOR QUE A NOSSA, em média. Isto é, nossos mendigos e desempregados continuarão dando este vexame diário nas ruas, contrariando nossas autoridades benfeitoras.
Daqui a pouco vão surgir campos de concentração para mendigos e desempregados (muitos familiares e amigos meus estão nesta categoria, vou ter que comprar maçã demais quando visitá-los, se é que haverá permissão para visitas, já que o que se quer é esconder a sujeira debaixo do tapete...).
Com estes campos de concentração, o governo poderia fazer como na Alemanha de antanho: eliminar-se-ia o problema e se transformaria estas pessoas em sabão, o que renderia mais riqueza para batermos a França e, depois, Alemanha e Japão e, assim, nos tornarmos a terceira economia do mundo. Sem mendigo e sem desempregado. Deve ser o plano de nossos líderes iluminados.
Falando sério. O Brasil, agora, como sexta economia, tem a octogésima quarta colocação em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Isto é, é melhor viver em 83 países do que no Brasil em termos de qualidade de vida. E mesmo sendo a 6ª economia do mundo, há menos desigualdades sociais em 96 países. O Brasil é um dos campeões em desigualdade.
Olhe para os lados, olhe seus parentes, olhe seus amigos, olhe seus rendimentos e O QUÊ VOCÊ TEM QUE PAGAR TODO MÊS. Este governo está viajando e idiota é quem fica celebrando esta bobajada.

A miséria absoluta do povo da 6ª economia do mundo





Assim vive a maioria do Brasil 6ª economia do mundo
Ricardo Líper


O que mais acho engraçado é como espertalhões conseguem fazer que os mais ingênuos, para não dizer idiotas, vejam a realidade  e acham que não estão vendo. Eles se iludem. Enxergam um macaco e acham que estão vendo uma zebra. Aí você acha impossível isto. Mas reflita: o que seria do esperto se não fosse o otário? Você não tem na família, na vizinhança, entre amigos, jovens que estão desempregados? Muito mais jovens do que há vinte anos? Quando você anda pelas ruas não enxerga o povo em trapos? Se tiver carro, quando vai estacionar, não aparecem flanelinhas brigando entre si por 1 real? Viajantes, me digam se viram isso em Londres, Viena e outras cidades de países que são a sétima ou a enésima economia do mundo? Você não pode andar a não ser apavorado pelos assaltos do povo faminto e desempregado, muitos se entregando ao tráfico de drogas. Pois é, José Idiotildo, segundo dizem, somos a 6ª economia do mundo. Eu não consigo enxergar nas nossas cidades o reflexo dessa economia. Ela não aparece socialmente. O que vejo é uma miséria absoluta e vivo contando tostões e brigando com os flanelinhas para estacionar um carro todo esburacado, ano 2000, e um colega meu já pediu dinheiro na internet para saldar dívidas publicamente e os outros vivem contando também os tostões para, com o resto do que sobrou depois de pagar imposto, pagar as contas. Eu sou igual a São Tomé, só acredito no que vejo. Discursos, como leio e sou entusiasmado por Foucault, são discursos para adquirir poder. O resto é a habilidade de fazer José Idiotildo ver uma banana e pensar que é uma maçã. O que sempre me livrou da idiotia é que sofro do complexo de São Tomé. 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Helicópteros para todos





Este é ótimo, já está com as cores da Bahia, é cheio de janelinhas, parece um buzú, ótimo para Paripe/Lapa.


Ricardo Líper

Tenho uma proposta para resolver o problema de trânsito em Salvador. Helicópteros, daqueles militares de filmes americanos, que cabem mais pessoas, fazendo linhas como se fossem ônibus. Por exemplo, Paripe à Estação da Lapa, Boca da Mata ao Iguatemi. E para as ilhas da Baía de Todos os Santos, sem perigo de ficarem à deriva. É uma maneira de transportar que não engarrafa, não permite com muita facilidade assaltos, pois o assaltante raramente sabe pilotar um helicóptero e ficaria preso no aparelho até o ponto de chegada. E o preço da passagem seria mais barato porque seria subvencionado pelo governo para dar esse conforto para todos. Se prepare D. Maria, para voar de verdade e não só quando recebe a conta da Coelba, Embasa e de telefone. Chegou sua vez D. Maria, de ser gente boa que olha o povo de cima. 

Produção Anarquista em Salvador - C.R.Moska

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br

O vídeo a seguir é do "velho" anarco-soteropolitano CR Moska.


Moska publica suas artes, inclusive o Vídeo Poema acima, no blog:

domingo, 25 de dezembro de 2011

Marx e Engels


Ricardo Líper
Em nenhum momento eu acho que Marx e Engels estão absolutamente errados. É comum serem  lidos superficialmente. Lênin foi um herói contra a ditadura da realeza russa despótica. Claro que tiveram seus equívocos como Bakunin e outros libertários tiveram, mas seria tolice os achar pensadores inteiramente superados. Torço, todos os dias, para que o partido comunista russo volte ao poder. Sei que será melhor que a máfia. Agora que seja em uma democracia e aprendam que o autoritarismo nem sempre é eficiente. E inexplicável como a URSS caiu. Onde estava a KGB? E aí você me diz: um libertário com saudade da KGB? Eu nunca defendi se deixar um Estado de pernas abertas. O que sempre defendi é que ele não invadisse e torturasse a própria população  que o levou ao poder a elite dirigente.  

Quando nossos benfeitores se engalfinham...





toNy Pacheco


Depois da sucessão de denúncias da imprensa contra os ministros nomeados por Lula para Dilma governar, seis deles afastados por corrupção, a intellingentsia petista veio com A PRIVATARIA TUCANA (que eu ainda não li, só a sinopse, mas quando bater nas minhas mãos vou devorar, pois odeio Fernando Henrique Cardoso), uma jogada de marketing inteligente para desmoralizar o esquema dos oito anos tucanos, quando eles liquidaram as estatais brasileiras, tudo a preço de banana, o que, aliás, os petistas estão fazendo com as estradas federais e, agora, os aeroportos e as obras dos estádios da Copa...
Mas, o que é bom nisso tudo, é que GANHA A DEMOCRACIA, pois quando dois grupos de poder que já deram o que tinham que dar se engalfinham, partem mesmo pra porrada, ABRE-SE O CAMINHO para que uma terceira força surja, talvez mais justa, talvez mais honesta, talvez menos idiota e incompetente do que as duas anteriores. Ou, talvez pior, pois, em se tratando de Brasil, NADA ESTÁ TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR MAIS UM "POQUIM", como se diz lá em Minas.

O nosso blog é um Forum

Ricardo Líper

Todos aqui opinam. São livres para isso. Não censuramos. Só assim podemos saber como ainda existem pessoas que acreditam piamente em teóricos e suas opiniões, mesmo com a falência dessas ideias quando foram realizadas na URSS e uma infinidades de países. Os libertários, ao contrário, como nunca foram centralistas e mudam a cada momento, algumas de suas  teses estão sendo verificadas, como as lutas sociais à la Foucault, com grupos enfrentando relações de poder. Acredito que, inconscientemente, os inimigos do rei sempre foram pós-anarquistas, no sentido dado atualmente. Consultem o Google. Esse pós-anarquismo hoje ganha força na maneira de fundamentar as lutas sociais que estamos vendo levar a reboque os insensatos politiqueiros de sempre, cuja insensatez não permite que mudem e serão esquecidos pela história.    

sábado, 24 de dezembro de 2011

A Chave de Sarah

Cena de Chave de Sarah
Ricardo Líper publicou um comentário sobre esse filme. Leia clicando em filmes.

O Inimigo do Rei há 35 anos atrás

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br

Trago aqui hoje um pouco do que foi o jornal O Inimigo do Rei. O texto que segue foi transcrito da 1ª Edição do Jornal, publicada e lançada às ruas em Outubro de 1977.

COMUNICADO

O autoritarismo está sendo combatido em todos os meios culturais europeus. Entretanto, devido à situação política do nosso país, os trabalhos desenvolvidos lá fora são praticamente impossíveis de serem publicados aqui, ao menos a curto prazo. Não só por causa da censura oficial, mas por causa também da censura das próprias editoras. Todos têm sua ideologia.

É tentando furar este bloqueio cultural imposto - não se enganem – não só pelo Governo, como também por grupelhos que se dizem "progressistas", que o INIMIGO DO REI pretende desenvolver a divulgação de trabalhos que nos permitam pelo menos ter uma idéia de como e para onde está caminhando o desenvolvimento político, econômico, social, etc.

No que diz respeito ao movimento estudantil, a posição deste jornal é radicalmente contra a dominação de alguns estudantes sobre outros, tentando propor uma saída através de um trabalho autogestionário, isto é, uma organização estudantil forte e que funcione sem a liderança autoritária de pequenos grupos.

O INIMIGO DO REI pretende, por todos os meios realmente democráticos, dar subsídios de discussão e debates que possam proporcionar a formação de uma nova mentalidade de ação e organização do movimento estudantil, tornando-o mais conseqüente, anti-autoritário e não-suicida, para não cairmos no mesmo erro que destruiu o movimento estudantil em 1968.

Achamos que o estudante deve ter uma real consciência crítica dos seus problemas havendo, assim, como agradável e salutar conseqüência o desaparecimento do dirigismo e do autoritarismo, permitindo um agrupamento realmente livre de estudantes.

Quando falamos em divulgar novas idéias, a evolução do pensamento, etc., queremos dizer que a finalidade de O INIMIGO DO REI é dialogar sobre a situação vigente no pensamento social moderno. Por outro lado, é um veículo que pretende ser, ele mesmo, uma nova proposta. Quer como organização de trabalho, quer como conteúdo. Nós partimos do ponto de vista fundamental de que todo agrupamento humano deve se organizar sem chefes, porque, se houver um chefe ou "líder", essa pessoa, mesmo inconscientemente, exercerá uma pressão - ou mesmo uma ditadura sobre os "liderados". Qualquer liderança implica em privilégio e necessária opressão dos liderados. Achamos que todos os modelos ditatoriais de organização, quer de governos, quer de entidades estudantis, refletem o interesse das classes dominantes no sentido de reter privilégios ou de conseguir outros.

Só poderá haver uma libertação quando a organização que coordena esse processo for resultado da vontade livre dos homens e não da cabecinha privilegiada das lideranças. Por isso somos contra toda forma de chefia.

A luta deste fim de século é basicamente contra o autoritarismo em todas as suas formas. Nota-se isto sensivelmente na pedagogia moderna. Na antipsiquiatria e nos movimentos estudantis de todos os lugares onde a ignorância e o subdesenvolvimento não existem, não gerando, assim, a mediocridade autoritária, centralista, e a alienação dos liderados.

Em decorrência do exposto, é que chegamos à conclusão de que O INIMIGO DO REI deve ser (como pretende mostrar a partir deste seu primeiro número) um jornal que faça chegar aos colegas informações e críticas, repetimos, mais atuais. Para isso, o primeiro passo é escapar à tendência em se escrever meros panfletos sectários. Não estamos aqui para jogar uma "verdade" que deve ser aceita cegamente. Aliás, não pretendemos jogar nenhuma "verdade" e muito menos que ela seja aceita sem críticas, de cabeça baixa.

Como meio essencialmente de Comunicação que pretende ser não pode censurar - ou, se preferirem o eufemismo, "selecionar" - as informações que pretende veicular. Sendo assim, nada mais natural do que ser um jornal aberto a todas as críticas. Aliás, uma das finalidades essenciais de O INIMIGO DO REI é exatamente levantar críticas, derrubar mitos, quebrar a falsa indestrutibilidade dos dogmas. Colocar em cheque as "verdades" estabelecidas. Não ter medo de mostrar as contradições, mesmo das posições ditas progressistas.

Acreditamos que só saindo deste marasmo intelectual, escapando desta enxurrada de chavões panfletários, sintetizando o que sobrar das contradições de todas as propostas que são colocadas aos colegas, só assim poderemos chegar a um consenso que finalmente poderá ser chamado de consenso da maioria.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Os inimigos do rei é um estado de espírito

Ricardo Liper

Não pensem que os inimigos do rei é apenas um blog que você lê de vez em quando. Os inimigos do rei é um estado de espírito, é uma maneira de viver e pensar e se situar no mundo. Os inimigos do rei, portanto, não são apenas nós, mas todos que não gostam de sofrer o reinado das outras pessoas sobre eles. Tomem consciência de que somos muito mais do que pensamos. Qualquer um pode de repente se colocar no papel de seu súdito e é isso que os inimigos do rei não gostam. Eles não querem que reinem sobre eles, mas também não quer reinar sobre ninguém, quer apenas conviver, trocar informações, gentilezas, carinho, se o candidato a rei se conformar só com isso.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Natal é festa do deus guerreiro: Mithra.

 Imagem do deus Mithra no Museu Britânico

TONY Pacheco

E chega mais um Natal e é hora de fazer o que os prelados cristãos fazem: eles repetem todos os anos, há 1.700 anos, que 25 de dezembro é a data de nascimento de Jesus, filho de Deus, e que "todos devem se unir e ser irmãos nesta noite". E Natal provoca correria às compras, mas, também, muita depressão em quem não tem dinheiro ou não tem família estruturada: a maioria.
Pois é, nós temos que ir na contramão e informar a verdade: 25 de dezembro é a data de nascimento do deus oriental Mithra, adorado pelos guerreiros persas, gregos e romanos numa religião (mitraísmo) fortíssima na Roma Antiga. Esta data foi “ chupada” pelos cristãos para concorrer com os prelados mitraístas que eram mais poderosos. É uma data de um deus guerreiro e não de um deus de paz que dá a outra face.
Também no 25 de dezembro (época do Solstício de Inverno no Hemisfério Norte), se comemorava o nascimento do deus Hórus, no Egito; do deus Krishna, na Índia (reverenciado até hoje pelos indianos); do deus da alegria de viver e das orgias, Dioniso, na Grécia, entre outros menos cotados.
Os prelados cristãos foram revestindo o Natal de várias simbologias que causam grandes alegrias em alguns, mas profundo desconforto na maioria: Jesus e sua família perfeita podem ser fonte de neuroses terríveis e dezembro, em todo o Ocidente, é um mês de muitos suicídios.
E por que isso? Porque a ignorância dos fatos que estão por trás do Natal é alimentada pela sociedade ocidental. Se você sabendo que Jesus não nasceu em 25 de dezembro e ainda assim não for suficiente, pense ainda que, mesmo que fosse verdade que Cristo tivesse nascido nesta data, só 1,9 bilhão de pessoas acreditam nisso. O mundo tem 7 bilhões de habitantes e 1,7 bilhão são muçulmanos; 900 milhões são hinduístas; quase 1 bilhão não têm religião alguma; 400 milhões são adeptos de deuses familiares chineses; 300 milhões são animistas (tipo os orixás) e mais de 200 milhões são ateus militantes.
A maioria esmagadora (mais de 5 bilhões de pessoas) não acredita em Cristo e no dia 25 esta maioria estará fazendo tudo, menos ceia de Natal.
Portanto, você não está sozinho. E família perfeita como a de Jesus, nem se preocupe, só existe em comercial de margarina. Aquele papai-e-mamãe com filhinhos em volta da mesa? Assista ao filme "Parente é serpente" (tem em qualquer locadora) e veja a arte imitando a vida real: família é guerra, principalmente nestas festas... Se ligue nisso antes de se entregar à nostalgia...
Agora, que você sabe que Jesus não nasceu em dezembro, que não há uma linha sequer na Bíblia que fale em Natal e que “Natalis Solis Invicti” é uma festa pagã para o deus Mithra, pode pedir comida chinesa delivery, assistir um bom filme, beber um bom vinho e... adeus depressão!

O PAPAI COCA

Já o Papai Noel que você conhece, até 1931, não era exatamente assim. Existiu um bispo cristão na antiga Turquia de nome Nicolau (280 d.C.). Ele era famoso por arrecadar coisas entre os ricos e distribuir para os pobres. Uma espécie de Teresa de Calcutá... Daí criou-se o mito do bom velhinho que distribui brinquedos no Natal. Só que ele era simbolizado como um velhinho vestido com roupas de frio... marrons.
Aí, em 1931, segundo texto da insuspeita revista “Pais&Filhos”, os marqueteiros da Coca-Cola resolveram embarcar no espírito natalino. Só que marrom só tem a ver com a cor do líquido, mas não com as cores-símbolo da empresa de refrigerantes: vermelho e branco. O que fizeram os marketeiros? Na campanha publicitária do Natal de 1931 a Coca-Cola inventou o novo Papai Noel: vestido de vermelho com detalhes brancos, a marca da... Coca-Cola.
Sim, é isso aí: o que nós reverenciávamos, quando éramos pivetes, e você ensina aos pimpolhos até hoje, é uma jogada de marketing de 1931. Da Coca-Cola.
Por isso que todo Natal todo mundo engorda pra diabo hehehehhehehee.

10 VERDADES PARA DESMONTAR MENTIRA DE 2 MIL ANOS

1. QUEM NASCEU, MESMO? O Natal – 25 de dezembro é, na verdade, o dia da festa do deus Sol Invicto (“Natalis Solis Invicti”), também chamado Mithra, divindade oriental que chegou ao Ocidente através de Alexandre, O Grande, quando de sua vitória sobre o Império Persa, três séculos antes do nascimento de Cristo.
A festa do “Natalis Invicti” coincidia, no calendário juliano (anterior ao nosso atual, o gregoriano), com o Solstício de Inverno, a partir de quando, na Europa e Ásia as noites ficam maiores e se rezava pelo retorno da luz do Sol. Em todo o mundo civilizado, 25 de dezembro era data de festas para comemorar o nascimento de deuses: Mithra, o Sol Invicto, em Roma, na Grécia ou na Pérsia. Adônis, no Império Romano. Dioniso, na Grécia. Ou Hórus, no Egito.

2. O VELHO DEUS-MENINO. Mithra, o Sol Invicto, nasceu do deus-supremo Aúra-Masda, que despejou a sua luz sobre uma virgem, Anahira. O seu nascimento era celebrado como “o deus menino Mithra, que traz luz ao mundo” (você já ouviu isso em algum templo cristão, não é mesmo?). E mais: a representação de Anahira com o menino-deus Mithra é totalmente igual à de Maria com Jesus. Aliás, este é um mito recorrente: também Hórus, deus-menino no Egito, filho de Ísis e Osíris, é representado com a mãe de maneira igual às madonas que os pintores cristãos difundiram.
Os cristãos sempre estiveram divididos sobre se Jesus é um deus ou um homem-santo, mas mais divididos ainda ficam até hoje com a virgindade de Maria. Basta dizer que somente em 1854 (há pouco mais de 150 anos, portanto) a Igreja teve coragem de “oficializar” esta virgindade.

3. A MÃE VIRGEM. Buda, “O Iluminado”, também nasceu de um deus elefante que engravidou uma virgem. E até Alexandre, O Grande, para justificar a sua adoração como deus pelas tropas, era tido como nascido de uma cobra sagrada (sic) que teria visitado sua mãe, Olímpia. O povo, definitivamente, acredita em tudo. Já existem milhões de seguidores de um Deus Espaguete na Internet...

4. MORTOS E RESSUSCITADOS. Mithra, o Sol Invicto, também foi assassinado, como Cristo, e como Cristo, colocado num sepulcro de pedra e ressuscitou no terceiro dia. Tudo isso, séculos ANTES de Cristo. Mais “coincidência” do que isso, impossível: os bispos católicos do início do Cristianismo "chuparam" as histórias de outras religiões, de outros deuses, e atribuiram ao filho do seu Deus.

5. NATAL ERA EM JANEIRO. Na verdade, nos primeiros séculos do Cristianismo, o nascimento de Jesus era comemorado no mesmo dia da festa dos Reis Magos, em 6 de janeiro, porque não há um registro histórico sequer da data exata do nascimento de Jesus. Nem mesmo a Bíblia tem este registro. E a Igreja Ortodoxa (que é cristã e representa 300 milhões de pessoas na Europa e Ásia) continua comemorando em janeiro. Pegaram o 25 de dezembro porque era o nascimento de outros deuses reverenciados no Império Romano e, assim, podiam "roubar" crentes de outras religiões.

6. É CRISTO OU KRISHNA? Os presentes que Cristo teria recebido dos Reis Magos (ouro, incenso e mirra) são absolutamente os mesmos que o deus Krishna recebeu em seu nascimento nas escrituras hinduistas. Só que Krishna, deus na Índia até hoje, “nasceu” muitas centenas de anos antes de Cristo... Outra "chupada".

7. PROFETA OU DEUS? A divindade de Jesus Cristo só foi “oficializada” em 19 de junho de 325, no Concílio de Nicéia, convocado pelo imperador Constantino, do Império Romano. Este imperador era também o Sumo Pontífice do culto ao deus Mithra, o Sol Invicto, e só foi batizado depois de morto ou poucos minutos antes de morrer. Os prelados católicos usam aquelas vestimentas riquíssimas justamente porque apenas imitaram este deus persa cujos prelados tinham vestes bordadas a ouro. Até 325, Cristo era tido pelos cristãos como apenas um profeta, como, até hoje, ele é reverenciado pelos muçulmanos e judeus. Só um profeta.

8. MANOBRA DA MÃE POSSESSIVA. O Natal só foi oficializado como nascimento de Jesus pelo imperador Constantino porque sua mãe, Helena (depois chamada de Santa Helena pela Igreja Católica), era cristã e guiava os passos do filho para a transformação da “Religião do Carpinteiro” ou “Religião dos Parabolanos”, como era conhecido o Cristianismo, em religião oficial e única do Estado Romano. Sobre esta época veja o filme “Alexandria”, com Rachel Weisz. Como Mithra, o Sol Invicto, era o culto majoritário, era mais fácil impor o Cristianismo se as datas e liturgias mitraístas fossem absorvidas pela nova religião. E assim foi. Mas a oficialização do Natal se deu mesmo com o papa Libério, em 354. Isto é, 354 anos depois que Jesus teria nascido. Não é mole não!

9. UM SÍMBOLO CRUEL. A cruz, tão reverenciada pelos cristãos até hoje, não era o símbolo que os apóstolos usavam. Claro, Cristo foi crucificado pelo Império Romano. Como usar o símbolo do martírio do próprio líder? Mas Constantino, precursor de nossos marqueteiros modernos, necessitava de um símbolo simples para a nova religião (o cristianismo, com datas, símbolos e liturgias mitraístas). O peixinho (que agora você vê no fundo dos carros como adesivo...), que era o símbolo oficial dos cristãos, não tinha força e era difícil de ser desenhado e reconhecido. Então Constantino oficializou a cruz como símbolo da nova religião e fez colocar o símbolo no escudo de suas tropas. Uma maldade. E sob este símbolo Constantino matou seu filho, o cunhado, uma das várias mulheres, o sobrinho e milhares de “infiéis”, igualzinho os muçulmanos fazem hoje em dia.
E sabe aquela auréola dourada na cabeça dos santos católicos? É o disco solar dos deuses egípcios e de Mithra, o Sol Invicto. Não confiem em mim. Vão ao Google. É só ir lá e conferir. Em publicidade chama-se a isso “chupada”.

10. ROUBARAM A ÁRVORE. O Natal era uma festa também para os seguidores de Saturno, deus da agricultura em Roma, séculos antes de Cristo. E nas “Saturnálias”, no 25 de dezembro, o povo trocava presentes, dançava e adornava árvores com máscaras de Baco, deus do prazer e das bebedeiras. Já os druidas (sacerdotes dos povos celtas), adornavam carvalhos com maçãs pintadas de dourado. Os egípcios colocavam folhas de palmeira dentro de casa em dezembro reverenciando seus deuses. Na Babilônia, Ninrode casou com a própria mãe e renegou Deus. Semíramis, a mãe, depois da morte prematura do filho Ninrode (chamado por ela “o Messias”, filho do Deus-sol, Baal), garantiu que ele ressurgiu dos mortos quando um pedaço de pinheiro renasceu do nada. Ressurreição e pinheiro. Por aí você já vê de onde o padre Martinho Lutero (1483-1546) tirou a idéia de enfeitar um pinheiro com velas na época do Natal... Lutero, posteriormente, renegou o Catolicismo e deu uma de Constantino e fundou a sua própria religião, o Protestantismo, que hoje você conhece como “evangélicos” ou “crentes”.

Em resumo, temos a informar que o Natal que os cristãos comemoram é uma festa pagã, do nascimento de deuses pagãos, com enfeites e simbologias pagãs. O Natal não tem sequer uma referência na Bíblia. Justo a Bíblia que os cristãos adotam. Mas, isto é óbvio, Natal é nascimento de outros deuses, anteriores à Bíblia...

* Perguntaram se podem usar este texto. Podem e não precisa pagar direito autoral. Só precisa citar o autor e o endereço do blog: http://osinimigosdorei3.blogspot.com

Natal

Ricardo Líper

Natal é uma convenção e um consumo. Enfim, no capitalismo tudo é consumo. Tudo vira lucro. Não estou dizendo que está nem certo nem errado. Apenas o fato. O Natal existe. É comemorado em boa parte do  mundo. As famílias se reúnem, comem e bebem etc. Existem outras opções. Claro que existem. Conheço muita gente que passa dormindo como se fosse um dia como outro qualquer. Meu pai sempre passou o primeiro de ano dormindo e minha mãe também. Já tem gente que toma porrada no Farol da Barra. É questão de gosto. Mas não estou aqui para cagar regras. Só faça uma introspecção franca com você mesmo. Para mim a única regra que realmente devemos seguir é responder à pergunta: será que eu quero fazer isso mesmo que estou fazendo? Será que estou feliz? Mas não precisa ser também tão radical. Pode-se fazer uma concessão. Afinal não se sofre tanto tendo de participar de um ritual como o Natal, que muitas vezes é chato, cansativo etc. Não precisa você dar uma de hippie ou punk para ser feliz. Um dia passa. Uma noite também. Eu  passo com um número pequeno de amigos fazendo o que fazemos sempre, isto é, conversando, comendo, dando risadas, seja Natal, Primeiro do Ano ou, simplesmente, um dia qualquer. No primeiro do ano, já fui a vários e só me chateei. Agora passo com amigos dando risadas, comendo alguma coisa além das dietas, fazendo o que fazemos habitualmente. Mas passar dormindo não deixa de ser, no meu entender, uma excelente opção. Entretanto, só o faça se sentir uma sincera vontade de o fazer, nunca por não ter tido para onde ir e ficou depressivo em casa. Ao contrário, conte as horas para dormir feliz da vida por estar fora de uma coisa plastificada, para você, claro, ritualística, que você acharia, extremamente, chata. 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Pesquisa sobre o Socialismo Libertário

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br

Para quem está iniciando projeto de pesquisa, principalmente aqueles dos Cursos de História e Comunicação, sugerimos que iniciem trabalho sobre jornais baianos que têm alguma ligação com o movimento anarquista, seja lá pelos inícios do século XX ou mais novos, das décadas de 1970 e 1980.

Temos alguns dos antigos jornais digitalizados, como Germinal e A Voz do Trabalhador, e também temos já disponibilizados na Internet algumas edições do jornal O Inimigo do Rei e da Revista Barbárie, ambas dos anos de 1980.

Deixo aqui disponibilizada a capa da edição de 1º de Maio de 1921, do jornal A Voz do Trabalhador, Órgão de Imprensa do Sindicato dos Pedreiros e Carpinteiros de Salvador.


Estamos a disposição para ajudar na pesquisa com muita conversa e apoio moral. E o resultado da pesquisa será de fundamental importância para compreensão de um movimento político pouco estudado no  nosso Estado.

Aproveito esta postagem para desejar um ótimo 2012 para todo mundo.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Duas mortes por infecção respiratória

Sérgio Brito 


Joãzinho Trinta


Ricardo Líper


O Brasil perdeu duas celebridades recentemente. Joãozinho Trinta, as 78 anos, e Sergio Brito, aos 88. Qual a causa da morte de ambos? Pneumonia, infecção respiratória de internados em UTIs. Pense um pouco.
1 - Você sabia que infecção respiratória matava tantos idosos nas UTIs assim? 
2 - Se é assim, por que não se fala tanto como de câncer, ataques cardíacos, Alzheimer? 
3 - Quem está enganando quem? 
4 - O que está por trás dessas mortes?
5 - Existe uma estatística de mortes de idosos hospitalizados devido à infecção respiratória? 
6 - Peço de joelhos que quem as tiver me mande?
7 - Será que quando ficamos idosos temos uma deficiência imunológica mais grave do que os portadores de HIV ou semelhante a eles? Onde estão os trabalhos científicos que confirmam isso? 
Por favor, me mandem geriatricazinhas nervosas e empertigadas. 
Quer dizer, idosos não têm AIDS, mas é quase como se tivessem? E, principalmente, quando internados em hospitais? Superbactérias os atacariam provocando ou a falência renal ou a septicemia. Essas superbactérias saíram dos filmes em 3D? 
Cretinos de plantão, ciência é coisa séria e não pode ser feita  por  farsantes como seus porta-vozes. É preciso isso ser investigado a sério. Leiam Foucault com o seu Nascimento da Clínica. 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Motos e o subdesenvolvimento do Brasil.

Centro de S. Paulo

                                                                            Paris 
Colômbia 
Nova York


Ricardo Líper

Uma coisa curiosa. Por que todo país subdesenvolvido tem muitas motos? Estranhou eu escrever subdesenvolvido? Pois é, porque agora se esqueceu simplesmente a palavra. Eu nunca esqueci, ao contrário, a estou atualizando. Definição de país subdesenvolvido: país que pode inchar economicamente, mas que o desenvolvimento social fica estagnado levando à miséria, desorganização, criminalidade em todas as classes sociais sem ser apurada nem punida, sempre à beira do caos social. Diferenças de classes enormes, impostos muito grandes e imensa corrupção das elites dominantes.  Um país cuja terceira cidade, como se diz dessa infeliz e bizarra Salvador, não tem vagas nos hospitais até para quem tem planos de saúde, hospitais esses que, quando internam idosos, raramente eles escapam e morrem de infecção respiratória nas mãos de médicos estagiários ou recém-formados. Uma merda dessa pode ser um país desenvolvido? Claro que não. Ou não se sabe mais o que é um país desenvolvido? País inchado em alguns setores, tornando-o desequilibrando ainda mais. Respondendo à pergunta inicial. Todo país subdesenvolvido tem muitas motos. Não digo as de colecionadores ou como mania, mas essas motos parecendo tanajuras, ordinárias, baratas, que gastam pouca gasolina, porque em país subdesenvolvido as elites roubam o povo através de enormes impostos. Países que são sempre governados por quadrilhas que se sucedem no governo sem possibilidade de mudança. Característica também fundamental do subdesenvolvimento.  Eleições em que todos os candidatos são equivalentes. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Amor romântico x relacionamento por interesse: quem vencerá?

toNY pacheCO

Vou reiniciar, hoje, a nossa seção de Comportamento, que já tive no programa "Detalhes", com Dina Rachid, na Metrópole FM, e no programa de Norma Rangel, na Cruzeiro AM, além de aqui no nosso blog, quando o endereço era outro. 
Quem tiver algum assunto na área comportamental que queira discutir, é só mandar um e-mail para tonypacheco777@yahoo.com.br e não se identifique. Não precisa nem mesmo colocar pseudônimo se acha que isso pode identificá-lo. Tampouco preocupe-se com erros de Português. Nós corrigimos antes de publicar. 

"Tenho 29 anos e comecei uma relação com uma mulher bem mais velha que eu, há seis anos. Fiquei apaixonado, pois ela logo me inspirou a entrar num curso técnico, eu me profissionalizei e hoje ganho mais que ela, mas meu mundo se tornou diferente do dela. Hoje convivo com mulheres e homens que me dão muito mais prazer e estou sentindo que vou deixar esta fase da minha vida pra trás e vou me entregar a novas emoções. Não aguento mais a rotina de estar com minha mulher. Eu sou doente por pensar assim?" INDECISO DO PARQUE AQUARIUS


Indeciso, para responder sua questão, temos que fazer uma reflexão e espero que você acompanhe o raciocínio e, ao final, responda a si mesmo.
 Nos tempos atuais, de materialismo exacerbado e competitividade a mil, a maioria esmagadora dos relacionamentos se tornou escadas de ascensão social. As pessoas se juntam mais para melhorar sua condição social do que propriamente por motivos amorosos. E em se tratando de pessoas de classes sociais diferentes, esta expressão maioria se torna totalidade. Em bom Português, prostituição pura e simples.
Os que estão em posição superior na pirâmide social têm que entender que estão comprando sexo, porque os que estão nas posições inferiores estão vendendo sexo, mesmo. Basta ver como homens e mulheres se vestem, se comportam e participam do jogo de sedução em todos os ambientes públicos. Hoje, este jogo se tornou uma réplica de antes do século XIX, quando o amor romântico foi inventado no Ocidente. 
Até a invenção do amor romântico, o Ocidente era igual ao que é o Oriente ainda hoje: os casamentos e outros ajuntamentos se davam por puro e absoluto interesse econômico. Os pais combinavam os ajuntamentos dos filhos visando o crescimento do patrimônio, tanto financeiro quanto de poderio político. Não importa. O que importava no Ocidente e ainda importa no Oriente (que é a maioria da população do planeta), é quanto se vai crescer economicamente com o ajuntamento de duas pessoas (ou mais pessoas, no caso dos muçulmanos, que um homem casa com várias mulheres).
O século XX foi o século do desenvolvimento do romantismo nas relações e difundiu-se o princípio do amor como necessário para que duas pessoas se unissem, fossem homem e mulher ou outras quaisquer combinações. Isto durou até meados dos anos 1980 e a partir dos anos 1990 simplesmente este romantismo foi por água abaixo.
Muito se teoriza por que, no Ocidente, os ajuntamentos só duram um ou dois anos, em média, e terminam para se constituirem outros ajuntamentos ou vidas solteiras. A maioria dos especialistas aposta na competitividade e no materialismo e a maioria está certa desta vez. Hoje, só interessa o que eu vou ganhar me juntando a fulana ou a sicrano, daí, também, as fronteiras das preferências sexuais terem se alargado e ninguém está-se dando conta de que é pelo puro, cristalino e definitivo interesse econômico. Lésbicas e homossexuais masculinos existem na maioria das espécies animais, das superiores, como o homem e o macaco, às inferiores. É da natureza. Mas, hoje, a menina casa com o rapaz para melhorar de vida. Ele ou ela melhorar, não interessa. No entanto, se surge outra menina com quem ela vai dar um “upgrade” na vida, ela passa a ser uma lésbica de conveniência com a maior naturalidade. E isto vale para o rapaz, que hoje beija sua esposa linda e se surgir um empresário, um cantor ou um jogador de futebol com um importado zerinho, ele passa a beijar o ricaço e manda a esposa para o espaço.
Neste processo atual, quem não entende que os relacionamentos humanos mudam no tempo e no espaço (a maioria oligofrênica não entendia, não entende e não entenderá, daí a angústia existencial que se vê no mundo atual e a depressão que passou a ser endêmica...), passa a sentir os efeitos da depressão que é assim gerada: ansiedade,  pessimismo permanente, sentido de urgência nas relações e paranoia, além de outros sintomas.
Diante deste quadro, só sobrevivem com um mínimo de saúde mental aqueles que se adaptam aos novos arranjos. Se ajuntam com quem dá para ajuntar. Se ajuntam durante o tempo que dá para ficar juntos. Ou não se ajuntam com ninguém, o que cada vez é mais e mais comum em todas as grandes metrópoles do mundo, e constroem a felicidade pessoal sem contar com amor romântico, só dando vazão às necessidades sexuais fisiológicas.
Tentar misturar as duas coisas (interesse econômico e amor), no entanto, nesta etapa do desenvolvimento da humanidade, é quase que certeza de sofrimento. Pensar que de uma relação de prostituição (sim, é este o termo real de boa parte dos ajuntamentos de hoje) possa nascer companheirismo, cumplicidade e até amor, é ser ingênuo e é uma garantia de sofrimento e dor. Não que você não possa amar uma prostituta que você pagou e que ela, por seu turno, não possa desenvolver um amor verdadeiro por você. Sem interesse material. Sim, isto pode acontecer e acontece. Mas, a chance de isto ocorrer é a mesma de você ganhar na MegaSena. Alguém ganha. Sempre alguém ganha. Mas é um por sorteio, em mais de 100 milhões de apostas. Resta saber quem tem tempo e saúde emocional para ficar tentando acertar. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Jornalista é Proletário Também !!!

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br

Em abril de 2007, conforme o Site do Observatório do Direito à Comunicação, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) entendeu que “jornalista que trabalha em agência de notícias não deve receber adicional pela reutilização e republicação de suas reportagens”, em resposta a reclamação trabalhista de repórter gaúcho que havia trabalhado para a Agência Folha entre 1987 e 2001.

O TST negou (ratificando decisão do TRT gaúcho) ao jornalista direitos patrimoniais e morais sobre seus escritos, acatando a defesa da agência de que a reutilização de matérias era da natureza do contrato de trabalho, inclusive com cortes, alterações e sem identificação de autoria.

Não nos esqueçamos que em junho de 2009, Gilmar Mendes e mais outros seis ministros do STF votaram a favor do trabalho "livre" no jornalismo desobrigando a necessidade de diploma para todos aqueles que desejem escrever em jornais, seja em TVs, Rádios ou na Mídia Impressa.

Para Mendes, "a profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade tais como medicina, engenharia, advocacia nesse sentido por não implicar tais riscos não poderia exigir um diploma para exercer a profissão".

A lei que regula, no Brasil, os direitos autorais é a de número 9610 de 1998. Ali ela estabelece que uma publicação é o “oferecimento de obra literária, artística ou científica ao conhecimento do público, com o consentimento do autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por qualquer forma ou processo”.

Na prática, o TST, no caso do jornalista gaúcho, negou que uma reportagem ou notícia seja “obra literária, artística ou científica”, pois se assim não tivesse feito teria de acatar a reclamação daquele profissional, pois a mesma lei diz em seu artigo 24 que o autor de publicações dentro do seu escopo tem o direito de “reinvindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra”, além de ter o direito de “assegurar a integridade” da mesma.

O que seria o trabalho jornalístico então, tendo em vista que está fora do círculo de competência da lei 9610 ? Quando o jornalista escreve uma notícia, uma reportagem ou um artigo, que deve ter sido o que o repórter gaúcho escreveu em seus 14 anos de trabalho na Agência Folha, ele escreve que gênero textual ?

Ou será que a “obra” do jornalista é apenas mercadoria, como deixaria claro para nós o fisósofo marxista Theodor Adorno ? E como mercadoria poderia ser cozinhada, amassada, transformada, incinerada ao bel prazer de quem a comprou.

No fundo, no fundo, não é difícil se perceber que boa parte (ou a totalidade) das obras (“publicações”, segundo a lei), sejam elas literárias, artísticas ou científicas, estão há um bom tempo sendo transformadas em mercadoria, com direito a todo fetiche criticado por Karl Marx em fins do sec. XIX.

Segundo Adorno, a Indústria Cultural, definida por ele nos anos 40 do sec. XX, consolida o poder econômico e político de uma elite. Esta elite consolidaria uma ideologia em seu benefício, e em detrimento do restante da sociedade. Esta ideologia se espalharia por todos os aparelhos de Estado, desde as escolas, passando pelas repartições públicas, até os tribunais de justiça.

Talvez nesse sentido possamos compreender a decisão do TST. O jornalista visto como um operário das letras. Seus escritos não devem ser considerados seus, mas propriedade de seus patrões, donos dos grandes jornais, das grandes emissoras de rádio ou de televisão.

Talvez nesse sentido possamos lembrar da frase do anarquista Pierre-Joseph Proudhon, que, em 1840, quase o levou a prisão: “O que é a propriedade ? A propriedade é um roubo”.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Classe média. A classe sem representação política.

toNy paCHEco

I – Você já viu ou ouviu algum deputado federal ou senador da República fazendo um inflamado discurso de apresentação de projeto de lei no Congresso limitando os preços das mensalidades nos colégios e faculdades particulares e ao mesmo tempo exigindo um ensino de primeira qualidade para Você ou seus filhos?
II – Você já viu um deputado ou senador mostrando no Congresso que os automóveis fabricados no Brasil chegam ao México e são vendidos PELA METADE do valor que aqui são comercializados (tipo Gol) e que, na outra mão, pelo acordo comercial celebrado por Lula/PT, os veículos fabricados no México chegam aqui para serem vendidos PELO DOBRO do preço de lá (tipo Fusion)?
III – Você já viu algum político apresentar um projeto no Congresso para que o preço do kilowatt vendido à classe média tenha o mesmo preço de qualquer outra classe social, já que somos todos iguais perante a lei e nós da classe média pagamos infinitamente mais caro pela energia elétrica?
IV – Você já viu algum político defender uma área mínima para imóveis de classe média, tipo apartamento na Pituba ou na Paralela, já que os atualmente vendidos, o quarto, se você abrir os braços, bate as mãos nas paredes opostas? Se você estiver cozinhando, bate a bunda ou o cotovelo na geladeira. Se estiver tomando banho, se bate todo nas paredes do box exíguo? Além disso, como nossos filhos são infinitamente mais altos hoje do que éramos há 50 anos, o pé direito de pouco mais de 2,5 metros deixa-os com claustrofobia, pois o teto baixo parece que vai sufocá-los. Alguém já tocou nisso no Congresso?
V – Algum político já apresentou projeto exigindo das construtoras que criem número razoável de vagas para visitantes nos prédios? É ridículo: o sujeito compra um apartamento de 1 milhão de reais e vai pagá-lo para o resto da vida, e quando faz seu aniversário de casamento e convida 10 amigos, todos os 10 têm que deixar seus carros há quilômetros de distância, pois prédio de classe média não tem exigência de estacionamento para visitas, porque as prefeituras, em conluio com os construtores, não querem nem ouvir falar nisso?
VI – Algum senador ou deputado já apresentou projeto exigindo que as empresas de telefonia que fornecem banda larga na Internet têm que entregar exatamente o que vendem aos clientes? Você paga uma fortuna por mês e sempre lhe entregam a metade (ou menos) da velocidade contratada e a Anatel dos políticos fica caladinha.
VII – Você já viu algum político apresentando um projeto para que a Petrobras diminua o preço dos combustíveis no Brasil, considerado um dos 10 mais caros do planeta Terra?
VIII – Você já viu um senador exigindo que a Petrobras retire o enxofre do diesel que transforma o ar de nossas cidades num veneno para todos nós? Na Europa e EUA os níveis de enxofre estão no mínimo. No Brasil, estão no máximo, causando alergias, enfizema pulmonar, câncer...
IX – Você já viu político exigindo que o dinheiro da CIDE (o imposto sobre combustíveis destinado a consertar e abrir estradas) seja 100% aplicado na recuperação da malha viária brasileira, pois o que mata nas estradas não é só álcool nem cocaína misturada com cafeína, é, também, vias de apenas uma faixa em cada sentido, verdadeiras arapucas que matam milhares de brasileiros todos os anos? Você já viu político fazendo frente parlamentar contra o desvio do dinheiro da CIDE?
X – Você já viu político exigindo que todo veículo tem que sair de fábrica com ar condicionado e que o transporte público também tenha ar condicionado no Brasil, oferecendo um mínimo de dignidade para que as pessoas possam abandonar seus carros e utilizar o transporte público? Que nada, eles acham que ar condicionado é só para eles. O resto da população (nós, os 92%), temos que ficar enlatados como sardinhas, num calor insuportável, esquecendo que esta zorra é um país tropical esquecido por Deus.
Resposta às 10 perguntas: NÃO, você nunca viu político nenhum defendendo direitos das classes médias.

SÓ PARA A “COMUNIDADE”

Eu passaria o dia aqui enumerando tudo que a classe média brasileira, pelo VOLUME GIGANTESCO DE IMPOSTOS QUE PAGA, teria direito, mas, classe média, no Brasil, é considerada MALDIÇÃO. Não se defende os direitos dela. Não é politicamente correto.
Tenha um pouco de saco e sintonize as TVs Senado e Câmara ou ouça, durante alguns dias, A Voz do Brasil. Você vai tomar um susto e, finalmente, VAI ACORDAR. Todos os partidos, de direita, de centro ou de esquerda, todos, sem exceção, só falam sobre necessidades das “comunidades”, aqueles que não pagam impostos diretos, mas têm demandas que se forem todas atendidas levam todos os impostos pagos por todos.
Falar em direitos da classe média é vitupério. E como a classe média é formada de um rebanho de oligofrênicos que paga tudo que o governo e os empresários mandam, SEM DISCUTIR NEM RECLAMAR, temos esta situação bizarra, de um País que ignora mais da metade de sua população, destituída do direito elementar de RECLAMAR RECIPROCIDADE diante da fortuna que deixa nos cofres públicos TODOS OS DIAS.
Até quando? Quem sabe?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Jornalismo é isso ai...

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br

Aproveito para relembrar um texto meu publicado há quatro anos, quando ainda estava estudando para ser jornalista (ainda era preciso o diploma)... 

É isso ai... depois comentem se valeria a pena mesmo comprovar diplomação para compor a função de jornalista. 

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"Ir para onde está o silêncio. Esta é a responsabilidade de um jornalista: dar voz àqueles que foram esquecidos, abandonados, afastados pelo poder. Essa é a melhor razão que conheço para carregar nossas canetas, câmeras e microfones em nossas próprias comunidades e pelo mundo afora". Esta é uma citação do livro Corrupção à Americana, de Amy Goodman, Editora Bertrand Brasil, publicado em 2005.

Concordo completamente com a autora, jornalista da organização Democracy Now, que faz uma crítica feroz ao atual governo americano, com relação a sua presença no Iraque, e a governos anteriores, acerca da posição americana quanto ao Timor Leste, por exemplo. 

Mas, obviamente, isto é uma escolha. É a partir dessas escolhas que o jornalista constrói sua agenda de notícias e assuntos a serem debatidos em seus textos. E, quando falo de escolhas, também falo de escolhas editoriais, que, normalmente, refletem as posições dos editores ou proprietários dos jornais. 

Vou me aproveitar da revista semanal Época, de 21 de maio de 2007, para demonstrar como penso que isso funciona de uma forma prática e rotineira. Peguei essa revista e me fixei a seus colunistas ("Nossos Colunistas"). Gustavo Franco, Max Gehringer, Fareed Zakaria e Ricardo Freire. 

Tive a impressão, ao terminar de ler os quatro artigos, de estar vivendo em um mundo de uma só direção. Talvez o chamado mundo de um só pensamento. Os títulos já demonstram boa parte do que será o resto do texto: Sete idéias ruins para jogar fora; O fruto do trabalho... alheio; É errado ter medo do livre-comércio; e finalmente, Os segredos para voar pagando pouco. 

Em todos os artigos é possível perceber que seria bom para o mundo que o Deus Mercado fosse respeitado, que as leis trabalhistas fossem flexibilizadas, que se deve desonerar as empresas privadas dos impostos, que os trabalhadores devem competir dentro das empresas para que vença o melhor... 

Se agregarmos a isso algumas das entrevistas, teremos pérolas de defesa do sistema neoliberal, onde o que importa é a livre competição que sempre trará, na opinião dos entrevistados, o progresso e o sucesso. Como em trecho da entrevista de Ian Bremmer, onde ele diz que "há uma crescente convergência entre esquerda e direita no país sobre a necessidade de conduzir reformas no sistema de aposentadorias e nas finanças públicas". Dá prá perceber pelo resto do texto que a "convergência" a que ele se refere é aquela que tira os direitos dos trabalhadores e, mais uma vez, desonera um tal de "Custo Brasil". 

Tudo bem que a revista não é nenhum órgão de imprensa de agrupamento de esquerda, mas bem que eu gostaria de, de vez em quando, ler opiniões contrárias a toda essa linha editorial, que privilegia os textos pró-reformas, esquecendo-se dos "esquecidos e abandonados" trabalhadores. 

Outro dia uma professora me disse que eu estava muito pessimista a respeito do mundo, pois privilegiei, em projeto de pesquisa, algumas citações que viam o mundo num beco quase sem saída. Mas não é essa uma das maneiras de começarmos a querer uma mudança ?

Para encerrar este post deixo aqui uma daquelas citações, que admiro pela simplicidade e clareza, de Ignácio Ramonet, diretor-presidente do Le Monde Diplomatique, encontrada no livro Ensaios sobre o Neoliberalismo, da Editora Loyola:

"Nas democracias atuais, cada vez mais cidadãos livres sentem-se atolados, lambuzados por um tipo de doutrina viscosa que, imperceptivelmente, envolve todo raciocínio rebelde, inibi-o, desorganiza-o, paralisa-o e termina por asfixiá-lo. Essa doutrina constitui o 'pensamento único', única autorizada por um invisível e onipresente controle de opinião".

(Texto publicado no blog Notícias da Cidade em 26/05/2007)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Governo tenta controlar luta anticorrupção

TONY pacheco

Demorou, mas o governo petista acordou e está tentando controlar o Movimento Anticorrupção tornando oficial uma coisa que é espontânea. Nesta sexta-feira, Dia Internacional da ONU Contra a Corrupção, a Controladoria Geral da União (CGU) promove uma série de eventos oficiais em Brasília, inclusive, uma exposição de um sujeito que eu não vou dizer o nome, dizendo que devemos ter “cuidado” nesta luta anticorrupção para “preservar a honra” dos acusados, que podem, ao final, ser “inocentes”. Os acusados, quando metem a mão no dinheiro público, não se preocupam com as consequências em nossas vidas, agora, quando eles são pegos com a mão na cumbuca, a boca na botija, aí temos que ter “cuidado”. Huuuummm!!!
Agora, que eu tenha conhecimento (se alguém souber, por favor, coloque nos comentários aqui...), aqui em Salvador não vai ter nada, nem oficial nem espontâneo, contra a corrupção nesta sexta, afinal, na Bahia não existe corrupção e, portanto, não precisamos nos preocupar com isso, graças a Nosso Senhor do Bonfim. Amém!

INICIATIVA BRASILEIRA

A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção foi assinada por diversos países em 9 de Dezembro de 2003, na cidade de Mérida, no México. A ideia central era fortalecer a cooperação internacional para ampliar a prevenção e o combate à corrupção no mundo todo.
Em decorrência disso, o 9 de Dezembro foi então instituído como Dia Internacional contra a Corrupção, resultado de proposta feita, POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, pela delegação brasileira na Convenção de Mérida. Talvez porque no Brasil a corrupção seja epidêmica.
No Brasil, é a Controladoria Geral da União (CGU) que acompanha a implementação da Convenção e de outros compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, que tenham como objeto a prevenção e o combate à corrupção. Na prática, pouca coisa faz. A imprensa tem sido mil vez mais eficaz nesta luta do que o governo, até porque, 99% dos casos de corrupção envolvem pessoas do governo.
Segundo levantamentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mais de 16 mil processos de apuração de crimes de corrupção, improbidade administrativa e lavagem de dinheiro tramitaram, em 2010, na Justiça Federal e nos tribunais superiores (Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça). É UM ESPANTO!