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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Amor romântico x relacionamento por interesse: quem vencerá?

toNY pacheCO

Vou reiniciar, hoje, a nossa seção de Comportamento, que já tive no programa "Detalhes", com Dina Rachid, na Metrópole FM, e no programa de Norma Rangel, na Cruzeiro AM, além de aqui no nosso blog, quando o endereço era outro. 
Quem tiver algum assunto na área comportamental que queira discutir, é só mandar um e-mail para tonypacheco777@yahoo.com.br e não se identifique. Não precisa nem mesmo colocar pseudônimo se acha que isso pode identificá-lo. Tampouco preocupe-se com erros de Português. Nós corrigimos antes de publicar. 

"Tenho 29 anos e comecei uma relação com uma mulher bem mais velha que eu, há seis anos. Fiquei apaixonado, pois ela logo me inspirou a entrar num curso técnico, eu me profissionalizei e hoje ganho mais que ela, mas meu mundo se tornou diferente do dela. Hoje convivo com mulheres e homens que me dão muito mais prazer e estou sentindo que vou deixar esta fase da minha vida pra trás e vou me entregar a novas emoções. Não aguento mais a rotina de estar com minha mulher. Eu sou doente por pensar assim?" INDECISO DO PARQUE AQUARIUS


Indeciso, para responder sua questão, temos que fazer uma reflexão e espero que você acompanhe o raciocínio e, ao final, responda a si mesmo.
 Nos tempos atuais, de materialismo exacerbado e competitividade a mil, a maioria esmagadora dos relacionamentos se tornou escadas de ascensão social. As pessoas se juntam mais para melhorar sua condição social do que propriamente por motivos amorosos. E em se tratando de pessoas de classes sociais diferentes, esta expressão maioria se torna totalidade. Em bom Português, prostituição pura e simples.
Os que estão em posição superior na pirâmide social têm que entender que estão comprando sexo, porque os que estão nas posições inferiores estão vendendo sexo, mesmo. Basta ver como homens e mulheres se vestem, se comportam e participam do jogo de sedução em todos os ambientes públicos. Hoje, este jogo se tornou uma réplica de antes do século XIX, quando o amor romântico foi inventado no Ocidente. 
Até a invenção do amor romântico, o Ocidente era igual ao que é o Oriente ainda hoje: os casamentos e outros ajuntamentos se davam por puro e absoluto interesse econômico. Os pais combinavam os ajuntamentos dos filhos visando o crescimento do patrimônio, tanto financeiro quanto de poderio político. Não importa. O que importava no Ocidente e ainda importa no Oriente (que é a maioria da população do planeta), é quanto se vai crescer economicamente com o ajuntamento de duas pessoas (ou mais pessoas, no caso dos muçulmanos, que um homem casa com várias mulheres).
O século XX foi o século do desenvolvimento do romantismo nas relações e difundiu-se o princípio do amor como necessário para que duas pessoas se unissem, fossem homem e mulher ou outras quaisquer combinações. Isto durou até meados dos anos 1980 e a partir dos anos 1990 simplesmente este romantismo foi por água abaixo.
Muito se teoriza por que, no Ocidente, os ajuntamentos só duram um ou dois anos, em média, e terminam para se constituirem outros ajuntamentos ou vidas solteiras. A maioria dos especialistas aposta na competitividade e no materialismo e a maioria está certa desta vez. Hoje, só interessa o que eu vou ganhar me juntando a fulana ou a sicrano, daí, também, as fronteiras das preferências sexuais terem se alargado e ninguém está-se dando conta de que é pelo puro, cristalino e definitivo interesse econômico. Lésbicas e homossexuais masculinos existem na maioria das espécies animais, das superiores, como o homem e o macaco, às inferiores. É da natureza. Mas, hoje, a menina casa com o rapaz para melhorar de vida. Ele ou ela melhorar, não interessa. No entanto, se surge outra menina com quem ela vai dar um “upgrade” na vida, ela passa a ser uma lésbica de conveniência com a maior naturalidade. E isto vale para o rapaz, que hoje beija sua esposa linda e se surgir um empresário, um cantor ou um jogador de futebol com um importado zerinho, ele passa a beijar o ricaço e manda a esposa para o espaço.
Neste processo atual, quem não entende que os relacionamentos humanos mudam no tempo e no espaço (a maioria oligofrênica não entendia, não entende e não entenderá, daí a angústia existencial que se vê no mundo atual e a depressão que passou a ser endêmica...), passa a sentir os efeitos da depressão que é assim gerada: ansiedade,  pessimismo permanente, sentido de urgência nas relações e paranoia, além de outros sintomas.
Diante deste quadro, só sobrevivem com um mínimo de saúde mental aqueles que se adaptam aos novos arranjos. Se ajuntam com quem dá para ajuntar. Se ajuntam durante o tempo que dá para ficar juntos. Ou não se ajuntam com ninguém, o que cada vez é mais e mais comum em todas as grandes metrópoles do mundo, e constroem a felicidade pessoal sem contar com amor romântico, só dando vazão às necessidades sexuais fisiológicas.
Tentar misturar as duas coisas (interesse econômico e amor), no entanto, nesta etapa do desenvolvimento da humanidade, é quase que certeza de sofrimento. Pensar que de uma relação de prostituição (sim, é este o termo real de boa parte dos ajuntamentos de hoje) possa nascer companheirismo, cumplicidade e até amor, é ser ingênuo e é uma garantia de sofrimento e dor. Não que você não possa amar uma prostituta que você pagou e que ela, por seu turno, não possa desenvolver um amor verdadeiro por você. Sem interesse material. Sim, isto pode acontecer e acontece. Mas, a chance de isto ocorrer é a mesma de você ganhar na MegaSena. Alguém ganha. Sempre alguém ganha. Mas é um por sorteio, em mais de 100 milhões de apostas. Resta saber quem tem tempo e saúde emocional para ficar tentando acertar. 

3 comentários:

  1. Fantástico. perfeito. comentar o que mais??

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  2. Putz. Escrotidão. E eu, que pensava que o amor existia de verdade. Afff. kkkkk.

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  3. Não adianta este tipo de análise, pois a condição humana é que nos leva a este tipo de ajuste social. Não adianta criticar como vocês fazem, não há como mudar.

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