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sábado, 15 de julho de 2017

Os Profissionais do Poder


Peço desculpas por um texto tão grande e sei que muitos poucos o lerão, mas cansei de me perguntarem o que eu acho com a arrumação da casa no Brasil mais uma vez nesse meio do ano de 2017.

Não adianta vocês ficarem indignados. Não adianta pensar que estamos passando em uma grande crise etc etc. Nada é de fato o que está acontecendo. Os profissionais do poder estão defendendo os seus excelentes empregos. O que você também faria e os inveja quando vê as somas que eles fazem negócios. Os partidos são empresas. E empresas que precisam de capital para sobreviver e permiti seus membros que fiquem empregados. E é você que vai pagar tudo isso. Não são só eles mas os que estão também em torno deles que são os parentes até os que formam o partido que vão também, se desempregados, ficarem com bons empregos. Por isso que latem tanto, brigam, chamam até para trocar murros os que são contra aos seus amados partidos e políticos. Não tem diferença entre os partidos. Todos eles são, antes de qualquer coisa, profissionais do poder. E agem da mesma maneira. Você não quer ter um bom emprego?  Eles fazem o mesmo e farão tudo para defender o seu emprego como você faz. É natural. E é isto que você está vendo na televisão nessa pequena crise e arrumação da casa. A solução para isso foi, em países desenvolvidos e com a melhor qualidade de vida hoje, o voluntariado ou um salário semelhante a um emprego que só pode ser o de todo cidadão médio.  E uma rigorosa vigilância para eles não se envolverem com propinas de também empresas que estão lutando para ficarem milionárias e cujo casamento com os profissionais do poder é um casamento perfeito. Quando você não deu para nada e está desempregado se aproximar de um partido é uma boa solução. Leiam as biografias desses profissionais do poder que vai ver que muitos deles que hoje estão milionários  estavam desempregados e com um emprego com um pequeno salário. Não sei se foi só Marx que ficou, dentro de um aquário no século XIX depois de ter lido David Ricardo e Adam Smith, como disse Foucault.  Mas esse equívoco com os partidos levou a queda de quase todos os países que o marxismo assumiu o poder. O economicismo dos que ficaram deslumbrados com a economia politica criada ou desenvolvida por David Ricardo e Adam Smith não correspondeu a realidade. Os libertários focaram assim como Foucault no poder e suas relações e não com a economia politica. Dai não perceberam que esses partidos surgiram para organizar melhor as disputas em sociedades no fim do poder dos reis absolutos. ou seja, do absolutismo. Já os anarquistas perceberam cedo isto e focaram suas lutas, não na economia, principalmente de David Ricardo e Adam Smith, mas como se exerce o poder portando sem partidos e de forma horizontal nas lutas sociais. Tiveram sucesso focando, sem partidos, lutar para mais liberdade levando a democracia a cada vez mais se democratizar. Eles atuaram, em muitos países do mundo, como fizeram as feministas, a eliminação da censura, o amor livre para todos, a diminuição de diferença de rendas entre as pessoas, lutas contra o racismo etc. São lutas horizontais com programas e temas horizontais. São lutas sociais sem profissionais do poder que  vão a reboque querendo mamar nelas também.  Se você pensa que vai melhorar alguma coisa aqui no Brasil não se iluda. Tudo passará e voltará ao que era. A pergunta que lhe faço é: você não faria de tudo para não ficar desempregado e, se sua profissão é ser um profissional do poder, iria deixar de se candidatar e garantir sua profissão? Claro que não. Como você não pode eliminar os médicos, dentistas e todos os profissionais, também não pode eliminar os partidos e os profissionais do poder  que, com seu voto, você os elegem. Se não forem eles serão outros iguais. Portanto eles mesmos, com várias faces, serão eleitos porque os partidos e muitos sindicados são empresas para o exercício dos profissionais do poder que precisam levantar capital (propinas) para ficarem empregados e isto não vai mudar. Passada essa crise todos esquecerão e eles mesmos voltarão para vocês os elegerem e vocês os vão eleger e talvez até nos políticos muitos inteligentes que apostam nos neofascistas, que são muitos, explícitos ou encubados, no Brasil. Não acho nada, não sou nem massa de manobra nem fico vendo esses profissionais defenderem seus empregos. Dou risada quando chega a comédia de baixo nível. E, cá para nós, você não gostaria de ser  um vereador, depois deputado, depois deputado federal, senador e, quem sabe até, presidente da república. Muitos começaram nas escolas quando entraram em um grêmio ou nas universidades em grupos estudantis e entra em contado com os tentáculos de partidos, sindicados e todo tipo de associação onde tem gente esperta para serem carregados pelos os otários ou também espertos que sabem que se o sabichão for eleito ele terá um bom emprego trabalhando pouco em uma dessas empresas do governo. E o resto é silêncio.  Ou minha gargalhada na escuridão. KKKKKKKKKKKKKK. Mas a solução tem sido o que os libertários tm feito: lutas específicas sem partidos, chefes, horizontalmente defendendo a liberdade para todos. Ninguém quer mais ser dominador nem dominado. Todos  só querem ser livres e com rendas semelhantes resultado de seus trabalhos. E isso, meu caro Watson, é o óbvio. Isso é que é ser anarquista e nada mais.

Um comentário:

  1. Discordo quanto a sermos todos favoráveis a ter cada um seu lugar ao sol, seu mundinho particular, como acreditam os que se abancam no bom emprego e o resta não interessa porque há pessoas cientes de que a paz individual não pode existir sem a paz coletiva, e ela depende de sociabilidade em vez de individualidade.

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