JORNAL
COMENTADO 73
toNY pacheco*
6:40 –
Sexta-feira – 15.03.2013
FUTEBOL É PROPOSITALMENTE
SUPERESTIMADO
Tá faltando multidão no chamado "esporte das multidões". Pra desespero da mídia...
“Estamos
com a bola toda”
(“Correio”)
“Visita de
Dilma a Roma adia inauguração da Fonte Nova”
(“Tribuna
da Bahia”)
Sou morador/sofredor da área junto à Fonte Nova e meu maior aborrecimento foi o governo do estado não
ter obedecido à FIFA e não ter feito 5 mil vagas para estacionamento, como é a
exigência internacional. Construíram só 2 mil vagas. Já sei que minha rua vai virar ESTACIONAMENTO e MIJATÓRIO de torcedor bêbado. E, aí, conversei com um
dos responsáveis pela obra em “off” e ele me disse uma coisa incrível: “Meu caro
jornalista, a média de público no Brasil não chega a 5 mil pessoas por partida
(...) Você só vai se aborrecer com invasão de carros aqui no bairro umas duas
vezes no ano, como se fosse Carnaval na Barra...”
E aí saí em
busca da investigação jornalística, que é meu dever de ofício.
Efetivamente,
a média de público nos estádios brasileiros é de exatos 4.583 torcedores, em
estádios onde cabem 70 mil, 60 mil, 50 mil pessoas.
No nosso
maior campeonato, onde jogam os times estrelados, a média em 2012 foi de
12.971. É o Brasileirão da Série A, que tem times como Santos, Corinthians,
Flamengo e também Vitória e, agora, o Bahia. São times que jogam nos maiores
estádios, como Maracanã, para 78.000 pessoas, ou no Morumbi, para 66.000. Mas o público só aparece na hora da decisão final.
NO ENTANTO,
NÃO ENCHE, parodiando o “e pur si muove” de Galileo Galilei.
A real,
mesmo, é que há uma mídia que vive “subsidiada” pelos cartolas dos grandes, médios
e pequenos times, da fabulosa São Paulo até Benjamin Constant, no Amazonas, nos
confins da fronteira da Colômbia. Este “time” de profissionais da mídia (e
donos da mídia também; muitos) se encarrega de manter NAS MANCHETES na TV, rádio, jornais e,
agora, também na Internet, o assunto FUTEBOL, mesmo que seja um
assunto que não leve mais do que 4.583 pessoas por partida aos estádios. Isso
num País de quase 200 MILHÕES DE HABITANTES.
NA ALEMANHA
É MAIOR
A mídia
brasileira superestima o assunto futebol porque há décadas este esporte barato
e simplório foi adotado pelas classes dominantes como o “panis et circensis” do
Império Romano. Como futebol não precisa de investimento pra jogar, basta uma
bola, se joga no meio do asfalto, no brejo, em qualquer lugar, os grupos
dominantes brasileiros resolveram investir pesado no controle social através
deste esporte pra lá de simples. Não é como beisebol (“baseball”) ou basquete (“basketball”),
que exigem uma infraestrutura mínima.
No entanto,
na real dos estádios, o futebol já não atrai grande público há muitos anos. É um esporte
que acontece na mídia, mas não na vida real. Aqueles repórteres que saem às
ruas entrevistando pessoas (já fui um deles...), têm grande dificuldade para
encontrar transeuntes que falem sobre futebol. Só é fácil na saída do próprio
jogo, assim mesmo, o público é difícil...
E os números
brasileiros são tão pífios em termos de público, que a Alemanha nos bate de
longe. Na temporada de 2012, num país que tem menos que 90 milhões de
habitantes como a Alemanha, as partidas de futebol atraíram 13,8 milhões de torcedores aos estádios,
com média de 45.000 PESSOAS POR PARTIDA.
Compare com
nossos 4.583 torcedores... É MELANCÓLICO!
AGORA VAI
PIORAR
O PT do ex-presidente Lula apostou todas as fichas no futebol, trazendo pra cá Copa das
Confederações/Copa do Mundo, como mais um elo na corrente que amarra o povo
brasileiro, mas, o tiro, COM CERTEZA, sairá pela culatra.
Os novos
padrões da FIFA para estádios de futebol, é o de ARENA MULTIUSO (tenho horror à
palavra arena, pois é o nome que os romanos davam aos estádios onde os leões
iam comer os cristãos...), isto é, local onde haverá shopping, hotel, shows,
restaurantes, bares etc. Ou seja, um ambiente que NÃO É PRA POBRE NÃO.
Isto vai
ENCARECER OS INGRESSOS e, depois de todos os novos estádios da Copa
funcionando, os velhos estádios TERÃO QUE SE MODERNIZAR TAMBÉM e, aí, teremos
uma rede de estádios tipo “FORA POBRES!”
Se a média
de público, hoje, no Brasil, é de 4.583 pessoas por jogo, com certeza vai
diminuir muito mais depois de 2014. Quem viver, verá.
Post scriptum: O "Correio", a partir da próxima segunda-feira, vai dedicar todas as páginas iniciais ao assunto futebol (eles dizem aos "esportes", mas a gente sabe que é de mentirinha este negócio de "esportes" na mídia brasileira: é futebol e pronto!). Toda segunda-feira. '
Como respeito à maioria dos assinantes e da população em geral que não tá nem aí nem tá chegando para se fulaninho operou o menisco, o "Correio" poderia instituir a assinatura SEM SEGUNDA-FEIRA. Diminuiria os custos de nós, assinantes e compradores em bancas, e todo mundo ficaria satisfeito. Fica a sugestão.
CARDEAIS BRASILEIROS
IMITAM TOM CRUISE E ENFRENTAM “MISSÃO IMPOSSÍVEL”
“Papa
Francisco tem ligações antigas com o Brasil, afirmam cardeais”
(“Folha de
S. Paulo”)
“Ministros
de Dilma torceram contra dom Odilo Scherer, potencial opositor do governo”
(“Folha de
S. Paulo”)
Tenho pena
dos cardeais da Igreja Católica brasileira. Eles começaram a DIFICÍLIMA TAREFA
de tentar explicar que o papa argentino “é nosso também”, pois é
latino-americano e estas “cosítas”. É um trabalho digno de Tom Cruise e, para
tanto, eles deveriam contratar a equipe que faz os efeitos especiais da série “Missão
Impossível”, pois nem os prelados brasileiros engolem um argentino.
NÃO É SÓ
UMA QUESTÃO DE FUTEBOL, Pelé contra Maradona. É histórica. Vem lá dos tempos em
que a Argentina tentou tomar o Uruguai do Brasil, no início do século XIX. O
Uruguai era a Província Cisplatina do início do Império Brasileiro e em 1825 a Argentina (então,
Províncias Unidas do Rio da Prata) começou uma guerra na região, de fala
espanhola, como a Argentina, para tornar a nossa província uma província deles.
Foi detonada a Guerra da Cisplatina (como nós aprendemos na escola) ou Guerra
do Brasil (como os meninos argentinos aprendem).
Ao final, a
Inglaterra manipulou os três povos, deu independência à nossa Província
Cisplatina, que passou a se chamar Uruguai e a Argentina perdeu mais que nós, pois os uruguaios são um povo hispânico. Para nós era uma dor de cabeça, para eles, foi como perder metade da família.
Mais
adiante, tomamos mais um enorme território dos argentinos, a chamada Região das
Missões, que por uma arbitragem “danadinha” do presidente Cleveland, dos EUA,
nos deu a METADE DE SANTA CATARINA ATUAL. É mole?
É por isso
que os argentinos não nos suportam, nem nós a eles. Não é por causa de Pelé e
Maradona. Este conflito futebolístico vem lá detrás.
E, assim,
vai ser uma missão para Hércules convencer os brasileiros católicos que Francisco
I é melhor que Dom Odilo Scherer como papa.
E, aí, uma
coisa engraçada. Segundo nos diz a “Folha de S. Paulo”, literalmente, “Ministros
de Dilma Rousseff assistiram ao vivo, no Palácio do Planalto, à escolha do novo
papa, Francisco. A maioria torceu contra o brasileiro dom Odilo Scherer, da ala
conservadora da igreja no país e tido como potencial opositor do governo.
(...) A
aversão a dom Odilo é forte e sua "derrota" foi festejada no PT.
Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido e condenado no julgamento do mensalão,
chegou a replicar uma mensagem, anteontem, no Twitter: "Dom Odilo Scherer
não vai usar sapatilhas vermelhas da Prada. Deus não ajuda tucanos a ganhar
eleição".
Só senti
falta de uma conclusão da “Folha”: A ESCOLHA DE FRANCISCO também é PÉSSIMA
para o governo atual brasileiro, pois Dom Bergoglio, o papa argentino, também é
conservador como Dom Scherer, e é até inimigo da presidente da Argentina, Cristina
Kirchner, que é “amiguinha” de Lula e Dilma.
Então, o
governo brasileiro atual festejou o 6 porque não queria a meia-dúzia. Dããããããã!!!
* tony Pacheco fala com desenvoltura sobre História porque já foi professor de História num cursinho pré-vestibular pra pobres como ele. É bom dizer, nesta época, aprendeu mais do que ensinou hehehehhe
Sugiro que todos os brasileiros que curtem futebol, deveriam assistir um video no YouTube ( COTIDIANO-TRABALHA VOLUNTÁRIO-CHARGES ), este video mostra quem é a Bilionária FIFA, além de informativo é muito comico. Hoje mais que nunca precisamos rir para suportar nossos políticos, não é verdade.
ResponderExcluirTony Pacheco, o vice-coronel de Minas, só é engraçado quando não quer ser engraçado.
ResponderExcluirO desaparecimento do público nos estádios brasileiros tem vários fatores. E, como durante muitos anos, fui torcedor de arquibancada, marcava presença em 90% dos jogos na antiga Fonte Nova e no Barradão, também fui, aos poucos, preferindo ficar em casa, diante da TV ou da Internet, por onde você assiste as partidas, que estão em andamento em qualquer lugar do mundo, inclusive na cidade onde mora. Primeiro problema: a dificuldade para chegar ao estádio, a pé, de ônibus e ou de automóvel. Se for de carro, você deve sair de casa no mínimo uma hora e meia ou duas antes do inicio da partida. Se não pegar congestionamento, terá dificuldade para estacionar. Guardadores querem pagamento antecipado. Segundo: estádios desconfortáveis. Terceiro: ingressos caros, para uma população pobre como a nossa, e, que não pode gastar com futebol, domingo, quarta, domingo, sábado e por aí vai; Quarto: espetáculo de baixa qualidade ( não podemos comparar nossos clubes com o Barcelona, Real Madri, Chelsea, entre outros); Quinto: as mutretas do futebol prejudicam a credibilidade deste esporte e o torcedor sempre desconfiar de armações de bastidores feitas por dirigentes, jogadores e por aí vai; Sexto: a violência das torcidas dentro do estádio ou na saída. Até a polícia quando vai revistar o torcedor o faz com violência; o pior: eu mesmo já presenciei um tiroteio na hora em que quase 20 mil pessoas saíam do jogo. Escapei por um triz. Sétimo: com a tecnologia, a TV em HD, o torcedor que pode ainda compra os campeonatos e assiste tudo em casa, confortavelmente em seu sofá e com cerveja gelada ao lado, apesar da falta de emoção do jogo ao vivo, acha melhor. Acredito que todos esses estádios ficarão mesmo vazios durante quase todo o ano e terão lotação completa em uma decisão, final, ou coisa parecida. Enfim, é isso aí.. (Ah! ia esquecendo os horários de inicio dos jogos são péssimos. Tem partida que começa 22 horas e só termina no dia seguinte. Quer dizer, o cara vai chegar em casa às duas da madrugada. Não é fácil.)
ResponderExcluirO desaparecimento do público nos estádios brasileiros tem vários fatores. E, como durante muitos anos, fui torcedor de arquibancada, marcava presença em 90% dos jogos na antiga Fonte Nova e no Barradão, também fui, aos poucos, preferindo ficar em casa, diante da TV ou da Internet, por onde você assiste as partidas, que estão em andamento em qualquer lugar do mundo, inclusive na cidade onde mora. Primeiro problema: a dificuldade para chegar ao estádio, a pé, de ônibus e ou de automóvel. Se for de carro, você deve sair de casa no mínimo uma hora e meia ou duas antes do inicio da partida. Se não pegar congestionamento, terá dificuldade para estacionar. Guardadores querem pagamento antecipado. Segundo: estádios desconfortáveis. Terceiro: ingressos caros, para uma população pobre como a nossa, e, que não pode gastar com futebol, domingo, quarta, domingo, sábado e por aí vai; Quarto: espetáculo de baixa qualidade ( não podemos comparar nossos clubes com o Barcelona, Real Madri, Chelsea, entre outros); Quinto: as mutretas do futebol prejudicam a credibilidade deste esporte e o torcedor sempre desconfiar de armações de bastidores feitas por dirigentes, jogadores e por aí vai; Sexto: a violência das torcidas dentro do estádio ou na saída. Até a polícia quando vai revistar o torcedor o faz com violência; o pior: eu mesmo já presenciei um tiroteio na hora em que quase 20 mil pessoas saíam do jogo. Escapei por um triz. Sétimo: com a tecnologia, a TV em HD, o torcedor que pode ainda compra os campeonatos e assiste tudo em casa, confortavelmente em seu sofá e com cerveja gelada ao lado, apesar da falta de emoção do jogo ao vivo, acha melhor. Acredito que todos esses estádios ficarão mesmo vazios durante quase todo o ano e terão lotação completa em uma decisão, final, ou coisa parecida. Enfim, é isso aí.. (Ah!, ia esquecendo, os horários de inicio dos jogos são péssimos. Tem partida que começa 22 horas e só termina no dia seguinte. Quer dizer, o cara vai chegar em casa às duas da madrugada. Não é fácil.)
ResponderExcluirO desaparecimento do público nos estádios brasileiros tem vários fatores. E, como durante muitos anos, fui torcedor de arquibancada, marcava presença em 90% dos jogos na antiga Fonte Nova e no Barradão, também fui, aos poucos, preferindo ficar em casa, diante da TV ou da Internet, por onde você assiste as partidas, que estão em andamento em qualquer lugar do mundo, inclusive na cidade onde mora. Primeiro problema: a dificuldade para chegar ao estádio, a pé, de ônibus e ou de automóvel. Se for de carro, você deve sair de casa no mínimo uma hora e meia ou duas antes do inicio da partida. Se não pegar congestionamento, terá dificuldade para estacionar. Guardadores querem pagamento antecipado. Segundo: estádios desconfortáveis. Terceiro: ingressos caros, para uma população pobre como a nossa, e, que não pode gastar com futebol, domingo, quarta, domingo, sábado e por aí vai; Quarto: espetáculo de baixa qualidade ( não podemos comparar nossos clubes com o Barcelona, Real Madri, Chelsea, entre outros); Quinto: as mutretas do futebol prejudicam a credibilidade deste esporte e o torcedor sempre desconfiar de armações de bastidores feitas por dirigentes, jogadores e por aí vai; Sexto: a violência das torcidas dentro do estádio ou na saída. Até a polícia quando vai revistar o torcedor o faz com violência; o pior: eu mesmo já presenciei um tiroteio na hora em que quase 20 mil pessoas saíam do jogo. Escapei por um triz. Sétimo: com a tecnologia, a TV em HD, o torcedor que pode ainda compra os campeonatos e assiste tudo em casa, confortavelmente em seu sofá e com cerveja gelada ao lado, apesar da falta de emoção do jogo ao vivo, acha melhor. Acredito que todos esses estádios ficarão mesmo vazios durante quase todo o ano e terão lotação completa em uma decisão, final, ou coisa parecida. Enfim, é isso aí.. (Ah!, ia esquecendo, os horários de inicio dos jogos são péssimos. Tem partida que começa 22 horas e só termina no dia seguinte. Quer dizer, o cara vai chegar em casa às duas da madrugada. Não é fácil.)
ResponderExcluirO desaparecimento do público nos estádios brasileiros tem vários fatores. E, como durante muitos anos, fui torcedor de arquibancada, marcava presença em 90% dos jogos na antiga Fonte Nova e no Barradão, também fui, aos poucos, preferindo ficar em casa, diante da TV ou da Internet, por onde você assiste as partidas, que estão em andamento em qualquer lugar do mundo, inclusive na cidade onde mora. Primeiro problema: a dificuldade para chegar ao estádio, a pé, de ônibus e ou de automóvel. Se for de carro, você deve sair de casa no mínimo uma hora e meia ou duas antes do inicio da partida. Se não pegar congestionamento, terá dificuldade para estacionar. Guardadores querem pagamento antecipado. Segundo: estádios desconfortáveis. Terceiro: ingressos caros, para uma população pobre como a nossa, e, que não pode gastar com futebol, domingo, quarta, domingo, sábado e por aí vai; Quarto: espetáculo de baixa qualidade ( não podemos comparar nossos clubes com o Barcelona, Real Madri, Chelsea, entre outros); Quinto: as mutretas do futebol prejudicam a credibilidade deste esporte e o torcedor sempre desconfiar de armações de bastidores feitas por dirigentes, jogadores e por aí vai; Sexto: a violência das torcidas dentro do estádio ou na saída. Até a polícia quando vai revistar o torcedor o faz com violência; o pior: eu mesmo já presenciei um tiroteio na hora em que quase 20 mil pessoas saíam do jogo. Escapei por um triz. Sétimo: com a tecnologia, a TV em HD, o torcedor que pode ainda compra os campeonatos e assiste tudo em casa, confortavelmente em seu sofá e com cerveja gelada ao lado, apesar da falta de emoção do jogo ao vivo, acha melhor. Acredito que todos esses estádios ficarão mesmo vazios durante quase todo o ano e terão lotação completa em uma decisão, final, ou coisa parecida. Enfim, é isso aí.. (Ah!, ia esquecendo, os horários de inicio dos jogos são péssimos. Tem partida que começa 22 horas e só termina no dia seguinte. Quer dizer, o cara vai chegar em casa às duas da madrugada. Não é fácil.)
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