tony paCHeco*
6:16 – 28.12.2012
– sexta-feira
(Tribuna)
Com 972
milhões não se resolvem os problemas de mobilidade de Salvador. A GENTE QUER
ACREDITAR NO GOVERNO ESTADUAL, mas eles fazem tudo pra gente NÃO CRER.
Não entendo
nada, mas pelos seis anos em que trabalhei na SET/Transalvador no meio de
algumas pessoas que realmente entendem, como coronel Adelson, Cristina Aragon, Gisnaia Sampaio,
Armando Yokoshiro, Miriam Bastos, Valença, Alberto Gordilho, entre outros que a
memória agora me falha, estas pessoas me ensinaram que há pontos indiscutíveis
a serem atacados para destravar a cidade. Isto NÃO SIGNIFICA que as ideias abaixo sejam destas pessoas, pois não quero comprometê-las com algo que eu estou dizendo, mas que não é unanimidade entre elas:
1)
Um
sistema de transporte de massa confortável, que SEDUZA A CLASSE MÉDIA a deixar
o automóvel em casa ou em estacionamentos periféricos, como se faz em Nova York, Londres ou Paris. Sem um metrô
eficiente, esqueçam mobilidade urbana. É METRÔ e ponto final.
2)
Nas
vias alimentadoras do sistema metroviário, ônibus com ar condicionado e VIAS
EXCLUSIVAS para que estes ônibus confortáveis e cumpridores rígidos de horários
possam chegar até estações de transbordo ou nas estações do metrô.
3)
A
Av. Luiz Viana (Paralela) não pode ter nenhum obstáculo de circulação e,
portanto, em todas as interseções, como na altura da Av. Jorge Amado, Av.
Professor Pinto de Aguiar etc., tem que se fazer “mergulhões”, túneis pelos
quais se evita a colocação de semáforos (sinaleiras) e sistema de alças. E as pessoas devem
transitar por passarelas. Enfim, a ligação entre os dois lados desta artéria
vital não pode ter interrupções por conta das vias afluentes. E, claro, a nova avenida paralela à Paralela (sic) e as novas avenidas transversais têm que ser feitas já.
4)
O
número de sinaleiras tem que ser reduzido drasticamente e o de quebra-molas
mais ainda. Existe um limite para a distância entre uma sinaleira e outra. Em
Salvador isto não é obedecido. A FISCALIZAÇÃO do trânsito tem que ser implacável
com os que desrespeitam o pedestre, em vez de encher as ruas de equipamentos
que atravancam a cidade.
5)
Um
sistema de estacionamentos periféricos (tais como se adota no Carnaval) tem que
ser instalado, dando ao proprietário de veículo particular um lugar para
colocar seu carro e, ao mesmo tempo, chegar com conforto ao seu destino e no caso das motos, onde for possível, têm que ser criar CORREDORES EXCLUSIVOS, pois moto, hoje em dia, é sinônimo de travamento do trânsito.
6)
Passarelas
de interligação bairro-a-bairro: por exemplo, ninguém entendeu, até hoje,
porque a passarela entre o Garcia e o Tororó não foi concluída. Os pilares estão
lá, prontos, desde a administração Mário Kértesz, mas o trabalho não foi concluído.
Este tipo de ligação é especialmente compatível com bairros ao longo das avenidas Vasco
da Gama, Suburbana, Bonocô, Ogunjá e tantas outras, e tira pessoas de dentro
dos carros e dos ônibus, dando agilidade aos deslocamentos delas, sem aumentar
a demanda por veículos nas ruas, particulares ou coletivos.
7)
Uma
Lei de Carga e Descarga dura, DURÍSSIMA, tem que ser adotada, como em todas as
cidades civilizadas. Nos horários de rush: entre 6 e 9 horas, entre 11 e 13
horas e entre 17 e 19 horas, não se pode encontrar veículos de carga de nenhum
tamanho na cidade, sob pena de guinchamento. E as grandes e demoradas cargas só
podem ser operadas à noite, entre 22 horas e 6 da manhã do dia seguinte. Sem
isso, NENHUMA MEDIDA dá certo numa metrópole.
Tem muito mais coisa aí, mas, só estas sete já
nos levam a dizer que 972 milhões de reais não dão nem pra começar... Então, não
dá pra levar a sério.
* Formação acadêmica em Economia, Jornalismo, Radialismo e Psicanálise.
Concordo com todas as sugestões e acrescento flexibilizar os horários de início e fim de atividades no comércio e no setor de serviços. Por exemplo, uma turma de trabalhador começa a jornada as 8, outra às 9 horas. Uma das turmas sai do trabalho as 18 e a outra às 19 horas. Isso evitaria que todos tenham que chegar as 8 e sair às 18 horas. O esquema poderia ser observado também pelas escolas e outras instituições de ensino. Iria evitar que todos saiam do trabalho às 18 horas. Não resolve o problema, mas melhoria um pouco os transtornos, reduzindo o número de veículos no mesmo horário. Proibir a circulação de carretas, algumas com até 25 metros de comprimentos e caminhões enormes dentro da área urbana. Quanto às obras, prefiro não tocar neste assunto, mas concordo com a retirada de alguns semáforos. Eles contribuem para complicar mais a situação, já dramática. Enfim, acho melhor se mudar de Salvador.
ResponderExcluirConcordo com todas as sugestões e acrescento flexibilizar os horários de início e fim de atividades no comércio e no setor de serviços. Por exemplo, uma turma de trabalhador começa a jornada as 8, outra às 9 horas. Uma das turmas sai do trabalho as 18 e a outra às 19 horas. Isso evitaria que todos tenham que chegar as 8 e sair às 18 horas. O esquema poderia ser observador também pelas escolas e outras instituições de ensino. Iria evitar que todos saiam do trabalho às 18 horas. Não resolve o problema, mas melhoria um pouco os transtornos, reduzindo o número de veículos no mesmo horário. Proibir a circulação de carretas, algumas com até 25 metros de comprimentos e caminhões enormes dentro da área urbana. Quanto a obras, prefiro não tocar neste assunto, mas concordo com a retirada de alguns semáforos. Eles contribuem para complicar mais a situação, já dramática. Enfim, acho melhor se mudar de Salvador.
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