tonY paCHEco
"Nossa Senhora dos Assassinos" é um filme que mostra a excelência da moto como arma do crime na Colômbia. Vale a pena ver para entender o quê acontece no Brasil...
“Ciclista é atingido por táxi ao desviar de carro”
(Correio)
O acidente
em Mussurunga no fim de semana parece prosaico, mas não é. A mídia, quase todos
os dias, dá espaço (sem reflexão crítica), para os “especialistas” que dizem
que andar de bicicleta é bom, que na Europa é assim e coisas profundas que
tais.
Na verdade,
bicicleta deveria ser proibida no Brasil ou, pelo menos, em Salvador. Não se
sabe de nenhuma grande cidade brasileira que tenha uma infraestrutura de vias
exclusivas para ciclistas como Amsterdam e outras cidades europeias.
Então,
simplesmente não se pode usar bicicleta para locomoção se você não tem
segurança para usar este veículo. É morte ou, pelo menos, ferimentos graves na
certa.
Salvador é
uma cidade que tem mais de 1.500
km de ruas e avenidas por onde passam ônibus e
micro-ônibus (a chamada malha viária do transporte público). Mas só tem 16 km de ciclovias e, assim
mesmo, ciclovia compartilhada com pedestres, como acontece com os trechos entre
Jardim de Alah, com interrupções bruscas, até Placafor. Parece piada, não é
mesmo? Mas não é.
Agora, sair
com um veículo no qual você se equilibra sobre duas rodas, onde você é que é o
cavalo de tração e se meter no meio de ônibus e caminhões de várias toneladas
ou de automóveis com no mínimo uma tonelada, é suicídio.
E é
genocídio o que os “especialistas” e os jornalistas fazem com as pessoas, ao
ficarem batendo nesta tecla boba de que a bicicleta é o veículo do futuro. Não
é. É do presente. Do presente de Amsterdam e aqui não é Amsterdam.
“Tiroteio
mata um e provoca ferimentos em 10”
(Tribuna)
“Dois
homens numa motocicleta”. Todas as matérias relacionadas com extermínio,
saidinha bancária, tráfico e outros eventos policiais, sempre começam com “dois
homens numa motocicleta”. Bogotá e Medellin, no auge do domínio dos carteis do
tráfico de drogas, simplesmente proibiram motocicleta com duas pessoas a bordo.
Transformaram a motocicleta em veículo de condução só do piloto. Com esta
medida prosaica, simplória e tolinha, as taxas de homicídios foram jogadas no chão. E por quê?
Porque moto é o veículo feito para a morte.
Primeiro,
são duas rodas e mesmo que sejam cidadãos pacíficos que vão nela, têm que se
equilibrar e ter uma sincronia perfeita para ambos não irem ao chão. Ali, o
pára-choque dianteiro são os joelhos do piloto. As barras laterais de proteção
são as costelas dos que vão em cima. O pára-brisa são os olhos do piloto. E o
pára-choque traseiro são as costas do carona. Não é à toa que na minha
adolescência meu pai disse aos quatro filhos: “Pode comprar moto, mas no mesmo
dia mude aqui de casa”. E nada mais disse e nós nunca compramos motos.
Segundo, a
moto para cidadãos delinquentes é ideal. Um pilota e é só chegar perto da vítima. O que vai atrás, sem se
preocupar com pilotagem, pode dar tiros à vontade, roubar malotes, bolsas e o
que seja. E, o melhor de tudo: a fuga pode ser por cima de passeios, jardins e,
principalmente, na contra-mão, o que IMPEDE TOTALMENTE a perseguição policial.
ESTATÍSTICAS QUE CHOCAM
Desde o advento do primeiro governo Lula, com o seu populismo rasteiro de “criar ocupações para os jovens das comunidades” e financiar as motos em prestações de até 50 reais, este veículo passou a matar mais que qualquer doença e embora a frota não seja maior que a de automóveis, ônibus e caminhões, acidente de moto mata mais que os três tipos de veículos somados.
Em 2000, a frota de automóveis do Brasil era de 19 milhões e passou para 35,4 milhões em 2010.
Já a frota de motocicletas em 2000 era de 4 milhões e em 2010 pulou para incríveis 15,3 milhões. Quadruplicou.
Notar que embora a frota de motos seja menos da metade da frota de automóveis, o número de vítimas de acidentes com motos suplanta em muito o número de acidentes com automóveis.
Em 2010, foram 40.610 mortos em acidentes de trânsito divididos em:
10.143 por motocicletas;
9.078 pedestres por atropelamentos;
8.659 ocupantes de automóveis.
A partir de 2007, a quantidade de mortos no trânsito por motos superou o número de todos os outros tipos de veículos.
Enquanto os atropelamentos DIMINUÍRAM 30% de 1996 a 2010, o número de mortos por motos AUMENTARAM em 1.298% no mesmo período.
Segundo o Ministério da Saúde, só revólveres matam mais que motocicletas no Brasil.
De 2001 a 2010, morreram 65 mil pessoas em acidentes de motos no Brasil, mais que o total de soldados americanos durante toda a Guerra do Vietnam. E VAI PIORAR MUITO MAIS com a legalização dos mototáxis nas grandes metrópoles, disso eu tenho certeza. Segundo os cínicos, é o “controle artificial da natalidade”.
Parece ser mesmo, só que só mata pobres e jovens.
“BA-VI na
Série A após 10 anos”
(A Tarde)
“Venha
Vitória!”
(Correio)
“BA-VI na
primeirona”
(Tribuna)
Com estas
manchetes, para quê discutir? Vivemos o deserto em termos de reflexão na mídia
esportiva e todo mundo sabe bem o porquê. Serão meses e meses de jogos
ridículos, sem técnica, com improvisações patéticas de elencos (que a mídia
chama de “plantel” ou coisa que o valha) e uma luta sanguinolenta para tentar
NÃO CAIR. São assim, Bahia e Vitória, dois times inexpressivos que nem cócegas
fazem nos times de verdade do Sudeste e Sul do Brasil.
E a torcida
vibra, e os cartolas já pensam em trocar seus Mercedes SLR por Lamborghini
Aventador e a mídia, em troca de um cantinho no campo, apertadinho, perde o
senso crítico e deixa de exigir que estes dois timecos tomem vergonha na cara e
entrem na competição para serem campeões e não ficarem fazendo promessa a
Senhor do Bonfim para não despencar.
Olhem, me
deixem!
“Lula é
investigado no caso de Rosemary”
(não deu em
nenhum jornal, nem vai dar)
E lá vai a
mídia e lá vão as instituições brasileiras perdendo mais uma chance de passar
este País a limpo.
Rosemary
Nóvoa Noronha representava a Presidência da República, portanto representava a
presidente Dilma Rousseff. Foi indicada pelo ex-presidente Lula e o chamava, em
vários e-mails, de PR, que vem a ser Presidente da República. Trabalha
diretamente com José Dirceu, que vem a ser o ex-chefe da Casa Civil de Lula e
foi para ele, pedindo orientação, que Rosemary ligou primeiro no dia em que foi
presa pelo Departamento de Polícia Federal na deflagração da Operação Porto
Seguro.
Vai
acontecer igual ao Mensalão. Lula vai viajar para o exterior, sumir uns tempos. Com mídia medrosa e instituições mais temerosas
ainda, talvez isso tudo vá à Justiça quando Lula já estiver junto do Pai
Eterno... E olhe lá!
* Tony Pacheco tem formação acadêmica em Economia, Jornalismo, Radialismo e Psicanálise.
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