Para ajudar Cuba, Irã, Coréia do Norte etc.

Ricardo Líper

Como o ser humano é engraçado. Acho coerente que o governo atual do Brasil visite e ajude Cuba porque gosta dela. As pessoas devem ajudar quem gosta. Entretanto, conheço alguns que gostam de Cuba, são capazes de brigar por, mas não ajudam. Não vão fazer uma pós-graduação lá, por exemplo. Não remetem dinheiro para esses países. Não passam o fim de semana nem fazem turismo neles. Muitos já foram surpreendidos na Disneylândia com a família tradicional atrás. Sim, essa gente tem família tradicional ou inventa que tem para viver atrás de um biombo, como sempre viveram. Veja onde eles fizeram a pós-graduação deles! Que países visitam com certa frequência: França e Estados Unidos ganham. O cantor e outros nunca, que eu saiba, cantaram em Havana. Defendem no bico, na mesa do bar, depois de fumar unzinho, talvez. Para agredir os outros. Tirar onda de pró-Cuba. Mas cadê a praxis? Gostei da atitude do governo de ir lá. Não ficar só no circuito Nova York, Paris, Londres, Genebra. Deviam criar um imposto voluntário para quem quer ajudar Cuba. E, vigiar para ser entregue,  de fato, sem atravessadores, a Cuba. Deviam passar as férias em Cuba.
A maioria das pessoas não presta. São fingidas só querem exercer o passatempo de agredir o próximo e tirar onda. Quem ama, ajuda, minha gente. Se todo mundo que diz adorar Cuba e Fidel mandasse um dinheirinho mensal para Cuba e ninguém aqui no Brasil roubasse esse dinheiro, Cuba seria uma potência. Mas cadê, na hora de provar o que está dizendo? Nem o cantor que nunca cantou lá. Deu a renda de uma edição dos seus livros? Escreveu um livro sobre o amor em  Havana? Que eu saiba, não. Vou ensinar a saída. Digam que contribuem com Cuba secretamente. Sim, eu não quero acabar com a maneira de ser do homem. O ser humano é assim. As estruturas sociais não têm o poder de alterar o humano, o demasiadamente ou desgraçadamente humano. Nunca tiveram, se tivessem, a URSS teria sido um paraíso. A grande maioria dos seres humanos é inviável, hipócrita, alucinada, invejosa, egoísta.
Nem Freud nem Marx nunca explicou o ser humano. No meu entender, quem mais nos entendeu foi Nietzsche e depois Foucault. Sei, diga uma mentirinha na mesa do bar, para satisfazer o seu humano, o demasiadamente humano. Repita o que seus colegas, semelhantes a você, dizem: que Nietzsche era nazista.... É o que espero de você. Não me decepcione. O que admiro nos dois filósofos citados é que eles dizem que todo mundo quer é poder. As relações de poder são tudo na natureza e na sociedade. E para isso usam tudo até dar uma de mansos como católicos e crentes e até de socialistas, anarquistas etc. Porra. Atirei até nos anarquistas, mas é verdade. Se vacilar ... E eu não posso ser diferente porque senão não seria humano. O âmago de toda estrutura são relações de poder. Só mudam as manhas, isso é, as justificativas. Algumas pessoas procuram aliviar essa tendência do universo outras não. Todas usam ideologias manhosas para se justificar. É só. A democracia é uma manha que permite de todos lutem contra todos por poder e deixa assim uma parte privada para se gozar um pouco, livremente. Apenas isso.
Por isso essa macacada que mama, diz que gosta de Cuba, mas só vai para Paris. Lá pode, sem ser incomodado, fumar seu haxixe, pode deitar com quem quiser, às escondidas, ver os filmes que quiser e não ser assaltado rsrsrsrs. Essas são pequenas migalhas, mas que faz um grande bem a um ser que não passa dos cem anos. Talvez isso tenha contribuído, e muito, para a queda de países que tentaram outras formas de organização social. O cupim, em geral, derruba o casarão.
Pão e circo. Quando se dá apenas o pão, o bicho homem não gosta, mas se der os dois, é o paraíso, e se der só o circo e pouco pão vira  os Estados Unidos, a Europa, a Escandinávia etc.
Entendeu agora porque na Holanda você se masturba com ponografia há anos, todo tipo de sexo é aceito e casa quem quiser com quem quiser, fuma-se tudo, faz tudo que quer? Agora sim você está começando a me entender. E o modelo funciona. Já o Brasil fica no meio termo e tem uma sociedade de meio termo. Vou embora para a Islândia.