Kraus Berg
Vejam as mais novas notícias da TWB que o Jornal da Mídia publicou (jornaldamidia.com.br)
TWB declara ”guerra” à Agerba e diz que governo tem que subsidiar o ferry
REDAÇÃO DO
JORNAL DA MÍDIA
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A audiência pública realizada pela Agerba na última sexta-feira para discutir o relatório da consultoria Fipecafi deixou evidente que a concessionária paulista TWB declarou ”guerra” ao governo. Se não ao governo como um todo, mas claramente à Agerba. Enquanto a Fipecafi apontou que a concessionária paulista precisa fazer urgentemente investimentos da ordem de R$ 64 milhões no ferryboat, para realmente melhorar o sistema e oferecer um serviço mais digno aos usuários, os donos da empresa paulista disseram que não vão investir nada e destilaram críticas à agência.
E foram mais incisivos: o governo é quem tem, segundo seus representantes na audiência, a obrigação de subsidiar o sistema. Ou seja: a TWB quer bem mais do que já recebeu até agora.
O diretor executivo da Agerba, Eduardo Pessôa, explicou que os investimentos de R$ 64 milhões sugeridos pela Fipecafi incluem aporte de capital da ordem de R$ 36 milhões. “A TWB terá ainda de apresentar ao Estado, poder concedente, caução de R$ 7 milhões e somente depois de atender a todas as recomendações sugeridas pela consultoria é que será permitido o reajuste de 5,11% das tarifas do ferryboat, proposto pelo estudo”, declara Pessoa.
Foi justamente para deixar de gastar com o ferryboat que o governo do Estado, em 1996, decidiu pela concessão do serviço à iniciativa privada. Portanto. Se era para continuar subsidiando e injetando dinheiro público na TWB, seria mais lógico não se ter feito a concessão. E mais: a imagem do governo é muito mais atingida agora, por conta do caos da TWB, que quando o sistema era estatal. Sem comparação, é bom frisar.
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Mas a TWB, como é do conhecimento público, não tem limites. É gulosa e quando o assunto é dinheiro público, o dinheiro do cidadão, é mais ainda. Além de dirigentes e funcionários, a concessionária patrocinou o acesso à audiência de um grupo encarregado de criticar a Agerba e, especificamente o relatório da Fipecafi. Esse grupo de ”colaboradores” muito conhecido pela comunidade da Ilha, queria que a audiência não fosse realizada e teria entrado na justiça para suspender o evento.
Os donos da TWB passaram o tempo todo na audiência criticando a Agerba e a Fipecafi. Disseram que a consultoria que fez o trabalho para a agência era incompetente. Tudo para tumultuar e esconder as irregularidades que ela, a TWB, vem praticando na Bahia desde quando aqui chegou, em 2005. Irregularidades que vão desde a depenação dos navios, o sucateamento da frota e até a venda de carros do Estado na Ilha do Rato, comércio clandestino que funciona no bairro de São Joaquim. E inúmeras outras.
A empresária Lenise Ferreira, presidente da Associação Comercial de Vera Cruz, foi taxativa ao criticar a atuação da TWB na Bahia, marcada por inúmeros acidentes no sistema ferryboat, desrespeito aos usuários, serviço de péssima qualidade e incompetência em todos os níveis para administrar o sistema ferryboat. O relatório da Fipecafi, aliás, deixa tudo isso muito claro e traça um verdadeiro mar de lama e de caos na gestão do sistema ferryboat.
Já o sindicalista Paulo Marques Matos foi ainda mais duro ao mostrar as condições deploráveis de trabalho impostas pela TWB aos marítimos.
“Se o governo for realmente seguir o que diz o relatório da Fipecafi, o que é esperado por todos os usuários, a TWB não fica mais na Bahia. Aliás, ela nunca devia ter chegado aqui. Em 2005, quando o governo anunciava que a TWB assumiria o ferryboat, fomos atrás de informações e identificamos que essa empresa estava cheia de dívidas em São Paulo, um verdadeiro rombo e que por isso mesmo tinha perdido a concessão da travessia Santos-Guarujá. Fizemos um relatório da situação e entregamos ao secretário Eraldo Tinoco, que não deu importância. Hoje o ferryboat é este caos que toda a Bahia conhece”, afirmou Paulo Marques, presidente do Sindicatos dos Empregados em Empresas de Navegação.
O sindicalista afirmou que a já levou a TWB ao Ministério Público e à Delegacia do Trabalho diversas vezes. “Uma empresa que atrasa FGTS, férias e que faz acordo para pagar em parcelas em dinheiro e até com tíquete refeição e não cumpre, não merece crédito de ninguém. E se ela diz que não tem dinheiro para pagar o que deve aos empregados, como é que vai investir R$ 64 milhões? Não vai investir por que a TWB não tem compromissos com a Bahia, com seus funcionários e muito menos com a população. Ela não se importa com as multas da DRT e faz a mesma coisa em relação à Agerba: recebe as multas, mas não paga nada”.
O relato de Paulo Marques foi importante para tornar público o descaso da TWB não só para com os seus empregados, mas serviu também para demonstrar como a empresa paulista sempre levou o governo na conversa para tirar proveito da situação. Disse o sindicalista que a concessionária tirou das embarcações os aposentos destinados aos marítimos embarcados e que a Capitania dos Portos deixou de fazer a fiscalização.
“Os marítimos dormem no chão ou em cima de papelão nos salões de passageiros. Uma verdadeira humilhação”, reforçou. Ao final da audiência, o sindicalista recebeu parabéns de um preposto da Capitania dos Portos presente à audiência. “Você não falou nenhuma inverdade. Mas tem muito mais coisa podre debaixo do tapete da TWB”, afirmou o preposto.
Tráfico de influência no governo Wagner – A TWB é tida como uma empresa que sempre soube tirar proveito do governo em todos os sentidos. Principalmente do governo Wagner, quando usou abertamente, na Agerba e em outros gabinetes do governo, tráfico de influência para obter regalias, incentivos e recursos.
No rol das personalidades consideradas amigas ou padrinhos, o deputado federal Marcos Medrado já citou, algumas vezes publicamente, como fez em uma audiência pública em Valença, o ex-líder do PT na Câmara, deputado federal Cândido Vaccarezza; Carlos Melo, chefe de Gabinete da Casa Civil e Eva Chiavon, ex-chefe da Casa Civil de Wagner.
O ex-secretário Batista Neves (Infraestrutura) também citava os dois últimos nomes como padrinhos da TWB. Comenta-se hoje que a relação de amigos e padrinhos cresceu ultimamente, com o ingresso de um deputado estadual ligado à estatal Petrobras. Um parêntese: Marcos Medrado era quem controlava a Agerba até fevereiro de 2011. Era na agência de regulação, precisamente no gabinete da diretoria executiva, que ele recebia o pessoal da TWB e sempre demonstrava uma ”certa irritação”.
“Eu não gosto dessa gente. Só vem aqui com pedido, um dia diz que é Vacarezza, outro dia que é a Casa Civil. E nada muda, o ferryboat continua na mesma situação”, comentou um dia Medrado, na sala do então chefe de gabinete da Agerba, Rondon Brandão. Na sala de recepção, esperando ser atendido por Medrado, estava o dono da TWB, o empresário Pinto dos Santos, que pouco tempo depois se tornou um grande amigo do então diretor-executivo da Agerba, Renato José Andrade, afilhado de Medrado.
Foi justamente a partir daí, na gestão do Renato José, que a TWB passou a exercer uma espécie de controle paralelo da Agerba. Seu dono tinha direito a dar esporro em público no afilhado de Medrado, que atendia tudo que ele queria. Até um aumento de 50% para as tarifas da TWB foi publicado um dia no Diário Oficial. O governo não sabia de nada e o JORNAL DA MÍDIA teve que denunciar.
O dono das três letrinhas se espalhou todo na agência: ameaçava demitir funcionários, mandava tirar multas e até tentou ”fazer a cabeça” de um servidor através do método que ele mais gosta: do dinheiro. Isto está lá na Agerba escrito, documentado, protocolado. Mas com esse ex-servidor, dizem, ele se deu muito mal. O capim mimoso famoso da TWB não surtiu efeito, mas com certeza já deixou muita gente com rabo preso à concessionária.
- Leiam mais tarde: Acredite se quiser – Governador Jaques Wagner diz que não sabe quem assinou o contrato do Governo do Estado com a TWB.
ora ora ninguem está ganhando com isso tudo nao é batman??? só quem perde é ze povinho que quer pão e circo..................ah faz uma garapa e toma........
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