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terça-feira, 13 de março de 2012

País da Homofobia: Brasil

Um dos rapazes torturados diante de todos  em um terminal de  ônibus de Salvador


Ricardo Líper

Dois jovens são supliciados em terminal de ônibus. O Brasil é um país perigoso e extremamente mais para gays. Depois de anos de pregação católica e protestante, de médicos, psiquiatras e psicólogos, de todo tipo de professorinhas e orientadoras educacionais, de todo tipo de organizações e clubes sociais só poderíamos esperar isso.


Da RedaçãoAtualizada às 22h
Dois jovens gays foram roubados e espancados no último sábado à noite na Estação Pirajá. Os dois, que são namorados, estavam de mãos dadas no momento e acreditam que houve homofobia no ataque - um dos rapazes disse à Rádio Band News FM que foram agredidos por seis homens que gritavam ofensas enquanto os espancavam.
Thyago Souza, 24 anos, também compartilhou a situação no Facebook. "Ontem a noite eu e meu amor passamos por momentos terríveis de medo, pavor e desespero. Fomos perseguidos e espancados na estação Pirajá. Meu amor teve a cabeça aberta por um objeto que eles o acertaram com tamanha brutalidade. Todos estavam com facas", postou a vítima.
Os dois tinham acabado de descer do ônibus quando foram atacados. Uma das vítimas foi imobilizada com murros e teve a pochete roubada e o outro teve a cabeça golpeada com um pedaço de madeira e precisou tomar pontos no local. Thyago acredita que o roubo não foi o principal motivo do ataque porque os bandidos não levaram duas mochilas que estavam com o casal. A estação estava cheia no momento, mas ninguém fez nada para ajudá-los, segundo as vítimas.
O casal tentou prestar queixa na 13ª Delegacia, mas foram informados que por problemas no sistema não poderiam registrar a ocorrência - o que só foi feito hoje, e na 11ª DT. Policiais da 48ª Companhia Independente de Polícia Militar foram alertados no momento e não perseguiram os bandidos, segundo os dois. De acordo com a assessoria da PM, o caso será investigado, mas em casos como esse a determinação é realmente que se dê prioridade ao socorro das vítimas, e não à perseguição dos criminosos.
O caso está sendo divulgado nas redes sociais e uma manifestação contra a violência homofóbica foi marcada para o dia 21 de março na Praça da Piedade.

3 comentários:

  1. Muito bom o comentário do profº Ricardo Liper. Quatro linhas de grande valor. Se os mencionados tivessem vergonha iriam ficar sem saber onde colocar a cara. Por falar em vergonha este blog às vezes prega o cinismo, não é professor?

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  2. Os agressores são ambulantes na Estação Pirajá.
    Com certeza são moradores de localidades dominadas por algum traficante pé-de-chinelo, mas tratam os bandidos como “Sua excelência”. E por eles passam de cabeça baixa, com toda reverência.
    Certamente, já tomaram tapa de rapa e tiveram suas mercadorias apreendidas.
    Com certeza, já foram humilhados pela polícia no carnaval ou em alguma blitz a ônibus ou moto.
    Portanto, fudidos que são, precisam exercer suas microfísicas do poder (dá-lhe Fucault) contra alguém considerado mais fraco, desarmado e em inferioridade numérica. Depois da covardia, voltaram às suas vidinhas medíocre, sendo humilhados até por porteiros de hospital público quando forem levar algum familiar doente para ser atendido.
    Fica a dica para esses agressores: da próxima vez, extravazem sua homofobia contra os travecos da Carlos Gomes. Vai ser faca contra faca e macho que são, não se importarão em lutar contra viadinhos em paridade de armas. Ou vão?

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  3. ... essa barbárie que assistimos aterrorizados é consequência direta dos ensinamentos das igrejas, que pregam a intolerância religiosa para perpetuação de alguns poucos no poder político e financeiro.

    é lamentável, que irmãos odeiem irmãos!

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