A ERA DOS IDIOTAS NO PODER
5º Lugar – ERDOGAN (Recep Tayyip Erdogan), presidente da Turquia
TonY pAcheCO
Erdogan se acha um enviado de Allah e como tal vem agindo na Turquia desde os anos 1990, quando foi prefeito de Istambul, a antiga Constantinopla do Império Romano do Oriente. A partir de 2003, se tornou primeiro-ministro, mas em 2014 assumiu o cargo que sempre pretendeu, o de presidente e depois da tentativa de golpe de Estado que sofreu em 2016 (que os serviços secretos ocidentais desconfiam que foi uma farsa orquestrada pelo próprio Erdogan), simplesmente começou a governar como se a Turquia não fosse um país parlamentarista, o que acabou se tornando realidade, em 2018, ao ganhar, de novo, a eleição presidencial, enfeixando todos os poderes políticos.
Para explicar seu desejo imenso de poder, só mesmo a frase que usou nos primórdios de sua carreira: "A democracia é como um trem: quando se chega ao nosso destino, saímos".
Mas nem sempre Erdogan foi o dirigente autoritário dos dias atuais. Já foi confundido com um político moderno e que queria colocar a Turquia na União Européia, processo ao qual deu início em 2004, com medidas de respeito à imprensa, tolerância com as minorias e respeito aos direitos das mulheres. Contudo, o processo não andava porque subsistiam desconfianças em relação a um dos maiores aliados de Erdogan, Fethullah Gülen, um líder muçulmano hoje refugiado nos EUA, que servia como uma eminência parda do governo, tentando levar a Turquia de volta ao Islamismo repressor de mulheres, cristãos, LGBTs e totalitário em sua essência política. Por causa disso, em 2009, a União Européia suspendeu o processo de adesão turco. Irascível ao extremo, começa a criticar a Europa e enaltecer os valores islâmicos, desistindo de tornar seu país um membro da UE, tal como na fábula da raposa e as uvas...
Acabada a lua de mel com os europeus, um relatório de 2012 da Comissão Europeia acusa Erdogan de ter um governo no qual falta "liberdade de expressão, de pensamento, de consciência e de religião" como um dos impasses às negociações de adesão à UE. Sem mais nenhuma razão para ser simpático, aproxima-se do presidente-ditador da Rússia, Vladimir Putin, e herda as políticas discriminatórias aos LGBTs. Quanto às mulheres, são cada vez mais incitadas a usar o véu islâmico, exemplo dado por sua esposa, que só aparece em público toda coberta de panos.
Mas a grande virada ditatorial de Erdogan se deu mesmo no suposto autogolpe que ele se aplicou em 2016, criando um sofrimento gigantesco para os turcos que acusou de terem tentado derrubá-lo: o governo demitiu nada mais nada menos que 100 mil funcionários públicos e suspendeu outros 30 mil. Dentre os demitidos, 40 mil professores, que estão proibidos de ensinar nas redes pública e privada; 4.000 juízes e promotores que não podem mais trabalhar nem como advogados e centenas de policiais e militares que estão proibidos de trabalhar até como vigilantes em empresas privadas. Além disso, para o tormento ser maior, Erdogan confiscou os passaportes destas 130 mil pessoas acusadas de “golpistas” para que não fujam da Turquia.
Considerado por seus críticos um pretenso sultão otamano (otário + muçulmano), Erdogan faz tudo para confirmar a acusação. Construiu um palácio presidencial em Ancara para si mesmo com 1.000 aposentos a um custo de mais ou menos 1,1 bilhão de reais, o que foi visto pela oposição também como uma forma de corrupção, pois a construção teria sido como a dos estádios brasileiros da Copa do Mundo, superfaturada.
Resumo da ópera: a Turquia vive uma tirania onde as mulheres voltaram ao passado de opressão e quem se aventurar a se opor ao presidente será perseguido implacavelmente. Pobre Turquia!
Para explicar seu desejo imenso de poder, só mesmo a frase que usou nos primórdios de sua carreira: "A democracia é como um trem: quando se chega ao nosso destino, saímos".
Mas nem sempre Erdogan foi o dirigente autoritário dos dias atuais. Já foi confundido com um político moderno e que queria colocar a Turquia na União Européia, processo ao qual deu início em 2004, com medidas de respeito à imprensa, tolerância com as minorias e respeito aos direitos das mulheres. Contudo, o processo não andava porque subsistiam desconfianças em relação a um dos maiores aliados de Erdogan, Fethullah Gülen, um líder muçulmano hoje refugiado nos EUA, que servia como uma eminência parda do governo, tentando levar a Turquia de volta ao Islamismo repressor de mulheres, cristãos, LGBTs e totalitário em sua essência política. Por causa disso, em 2009, a União Européia suspendeu o processo de adesão turco. Irascível ao extremo, começa a criticar a Europa e enaltecer os valores islâmicos, desistindo de tornar seu país um membro da UE, tal como na fábula da raposa e as uvas...
Acabada a lua de mel com os europeus, um relatório de 2012 da Comissão Europeia acusa Erdogan de ter um governo no qual falta "liberdade de expressão, de pensamento, de consciência e de religião" como um dos impasses às negociações de adesão à UE. Sem mais nenhuma razão para ser simpático, aproxima-se do presidente-ditador da Rússia, Vladimir Putin, e herda as políticas discriminatórias aos LGBTs. Quanto às mulheres, são cada vez mais incitadas a usar o véu islâmico, exemplo dado por sua esposa, que só aparece em público toda coberta de panos.
Mas a grande virada ditatorial de Erdogan se deu mesmo no suposto autogolpe que ele se aplicou em 2016, criando um sofrimento gigantesco para os turcos que acusou de terem tentado derrubá-lo: o governo demitiu nada mais nada menos que 100 mil funcionários públicos e suspendeu outros 30 mil. Dentre os demitidos, 40 mil professores, que estão proibidos de ensinar nas redes pública e privada; 4.000 juízes e promotores que não podem mais trabalhar nem como advogados e centenas de policiais e militares que estão proibidos de trabalhar até como vigilantes em empresas privadas. Além disso, para o tormento ser maior, Erdogan confiscou os passaportes destas 130 mil pessoas acusadas de “golpistas” para que não fujam da Turquia.
Considerado por seus críticos um pretenso sultão otamano (otário + muçulmano), Erdogan faz tudo para confirmar a acusação. Construiu um palácio presidencial em Ancara para si mesmo com 1.000 aposentos a um custo de mais ou menos 1,1 bilhão de reais, o que foi visto pela oposição também como uma forma de corrupção, pois a construção teria sido como a dos estádios brasileiros da Copa do Mundo, superfaturada.
Resumo da ópera: a Turquia vive uma tirania onde as mulheres voltaram ao passado de opressão e quem se aventurar a se opor ao presidente será perseguido implacavelmente. Pobre Turquia!
Por fim, seis das milhares de idiotices da mente insana de Recep Erdogan:
1) “Não vamos permitir que os turcos sejam devorados por Youtube e Facebook.”
2) “Vamos erradicar o Twitter. Não importa o que diga a comunidade internacional.”
3) “Nos falam sobre planejamento familiar. Nenhuma família muçulmana pode ter essa mentalidade.”
4) “Mulher sem filho é uma pessoa pela metade.”
5) “Uma mulher que renuncia à maternidade dizendo “estou trabalhando”, na prática renuncia à sua feminilidade.”
6) “As mesquitas são nossos quartéis, as cúpulas são nossos capacetes, os minaretes nossas baionetas e os fiéis, nossos soldados.”
Quando você lê esta sexta frase, totalmente belicosa, insuflando as massas islâmicas a irem à guerra contra tudo que não seja muçulmano, você lembra logo do Estado Islâmico e aí depois você lê a resposta que Erdogan deu ao “The New York Times”, que acusou a Turquia de ser “uma das principais fontes de recrutamento para o EI", também chamado de ISIS – Estado Islâmico na Síria e Iraque: "A Turquia é contra o terrorismo de todos os tipos, sem discriminação. Nós nunca aceitamos o conceito de "terrorismo islâmico". Ninguém pode atribuir terrorismo ao Islam, que é uma religião de paz ", disse o aprendiz de sultão.
E aí? Você fica com o “The New York Times” ou com a autodefinição de Erdogan? Difícil, né verdade?
E aí? Você fica com o “The New York Times” ou com a autodefinição de Erdogan? Difícil, né verdade?
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