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sábado, 20 de outubro de 2018

A ERA DOS IDIOTAS NO PODER

3º Lugar - KIM JONG-UN, "Grande Líder Genial do Povo da Coreia do Norte"

toNy pacHeco
Kim Jong-Un e seu manipulador predileto, Xi Jinping

Nem pensem que vamos tratar o idiota da Coreia do Norte como tratamos presidente borderline da Turquia ou da Polônia. A Coreia do Norte atualmente é um Estado-fantoche da República Popular da China. Mas começou sendo um fantoche da extinta União Soviética (hoje, Rússia), pois foram os russos que invadiram o norte da Península Coreana em 1945, expulsando as tropas do Japão e colocando no poder Kim il-Sung, um dirigente marxista local. Sung, autoritário e messiânico, convenceu a China, seu poderoso vizinho, que os russos apoiavam a invasão da Coreia do Sul, então ocupada pelas tropas dos EUA: em 1950 estourou a Guerra da Coreia, na qual a ONU e os EUA viram os comunistas coreanos apoiados pela Rússia (então, URSS), chegando à capital sul-coreana, Seul. O governo americano logo reagiu e entupiu a Coreia do Sul de soldados e armas e em pouco tempo as tropas de Kim il-Sung recuavam e os militares ocidentais avançavam em direção à capital comunista, Pyongyang. Foi quando a China Comunista, vendo sua fronteira ser ameaçada pelos americanos, mandou mais de 200 mil soldados ajudarem o ditador norte-coreano. Nascia, aí, a subserviência da Coreia da Norte ao governo comunista de Pequim, que depois de três anos sustentando os esforços de guerra norte-coreanos, obrigou os EUA a assinarem um armistício com Kim il-Sung, que se tornou ditador vitalício.
A ditadura de Sung durou até sua morte, em 1994, mas desde 1980 o ditador havia nomeado seu filho Kim Jong-il como sucessor, como se fosse uma monarquia hereditária medieval. Antes de morrer, Sung deu início ao programa nuclear norte-coreano, que teve um incremento fabuloso por parte de seu filho, Jong-il, mais radicalmente stalinista (vertente do marxismo que deu origem, na Coreia do Norte, à ideologia "Juche", de auto-suficiência e isolamento total do país) e disposto a formar um arsenal atômico com ajuda chinesa velada, o que se tornou uma ameaça internacional no governo do terceiro Kim, Kim Jong-Un, neto de Sung e filho de Jong-il. Jong-un assumiu o poder em 2011, logo após o pai morrer.
A verdade, no entanto, é que este programa nuclear que vemos hoje em dia não poderia existir sem a China, país que, dos alimentos aos combustíveis, mantém o regime dos Kim em Pyongyang. Só que os analistas ocidentais, evitam falar claramente sobre isso.
Sem as limitações dos acadêmicos americanos e europeus, o professor brasileiro de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco (São Paulo), Carlos Stempniewski, diz com todas as letras que a Coreia do Norte não passa daquilo que ela realmente é: um Estado-fantoche da China: "No fundo eles estão testando tecnologia que a China não poderia testar porque pegaria muito mal. Nada no mundo acontece de forma isolada e ninguém faz uma coisa dessas sozinho. Se está acontecendo, é porque isso é um elo que tem um outro pedaço. A Coreia do Norte é só o que a gente vê nesse momento. O Kim Jong-Un é um fantoche que está sendo sustentado por alguém." Este único alguém, embora Stempniewski não o nomeie, é a República Popular da China, atualmente comandada por Xi Jinping, que fornece alimentos e combustíveis para sustentar o regime ditatorial de Kim Jong-un.
E assim se conta esta história de Kim Jong-un, um ditador que mantém seu povo nas trevas de um regime medieval onde falta comida, falta liberdade, falta educação e falta, principalmente, emprego, pois milhares (100 mil, segundo várias fontes, inclusive a ONU) de norte-coreanos são obrigados a trabalho semi-escravo na Rússia e China (além de vários outros países) para poder mandar dinheiro para seu governo e suas famílias. Uma tragédia que não tem final possível, pois a Coreia do Norte e a Coreia do Sul são peões no jogo de poder entre China e Estados Unidos e, portanto, não deixarão de ser o que são: países de mentirinha. Pobres coreanos!

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