Ricardo Líper
Em relação às cores do arco-iris nos retratos do Face e os que não fizeram. Tudo se questiona demais. Mauricio Tavares tem razão. Ninguém é obrigado a fazer uma coisa que todos estão fazendo por mais que seja politicamente o mais correto possivel. Foi bonito todos fazerem isso mostrando que pouco estavam se incomodando com o que os outros iriam pensar. O problema é mais complexo e se tiver tempo procurarei dar minha opinião com mais profundidade. O que os Estados Unidos fizeram foi bom no sentido que contribuiu de forma decisiva lá e para o mundo que quem paga impostos iguais deve ter direitos iguais e a união formal e jurídica é importante para dar segurança a quem lhe deu amor o tempo todo. Como segurança de herdar um patrimônio, uma pensão em caso de morte. Ora, quem é contra isso é contra qualquer sociedade justa, está rasgando qualquer constituição possível. Está sendo injusto. Se alguém ama alguém não importa o sexo, a idade desde que sejam maiores de 18 anos, deve ter os mesmos direitos dos outros. Durante muito tempo não se aceitava que um branco casasse com uma negra ou um índia. Não sei se tinha lei sobre isso, mas tinha a pressão social que impedia. A questão é essa. Entretanto, repito, se tiver tempo voltarei a essa questão. Mas agora quero perguntar qual o preço que as pessoas que amam pessoas do mesmo sexo vão pagar pelo direito de se casar? Sairem amuados, no fim de um domingo da casa da sogra, com três crianças chateando? Crianças adotadas ou não, feitas por eles mesmos com algumas mulheres (quem ejacula faz filhos e não é uma coisa do outro mundo). Rsrsrs. Teve um idiota, que não sabe o que é a erótica humana, que disse que se tivesse uma ilha só com homens que amam homens não se teria descendentes. E Oscar Wilde? E Esparta e toda a Grécia Antiga na qual se tinha obrigação de fazer os filhos, se necessário, para a pólis, mas amar só a quem eles achavam ser o mais merecedor e podia ser qualquer um, independente dos detalhes corporais? O que importava era a beleza mas a beleza para o grego não era só o físico, o mais importante era a beleza interior. Mas antes de me jogarem pedras digo que politicamente foi importantíssimo poder se casar com quem quiser. Agora, já que pequenos detalhes (de quinze a talvez vinte e poucos centímetros a mais) corporais não mais importa nas escolhas de quem se casar, eu quero defender a poligamia. O direito da amásia (já tem esse direito, eu acho), do harém... Ah! por Apolo, por que entrei no Facebook? Pessoas de boas familias podem me retirar da sua lista, eu compreendo...Será que o nosso amor não pode ser também democrático? Os evangélicos tem de concordar nesse ponto comigo. Eu gosto muito do rei David da Bíblia e como ele ... não sei se pode-se dizer no Face o que estou pensando e, portanto transmito telepaticamente Isto é, como ele...Betsabá. Ora não precisava se livrar do marido, poderiam compartilhar aquela mulher altamente degustável... Quando chegaremos a não matar por sexo, por prazeres efémeros de alguns minutos, os mais exagerados uma meia hora, nunca mais de uma hora, talvez. (Por favor se alguém se lembra do nome me enviem, de um filme italiano que o sujeito evitava fazer sexo com preguiça de tirar e vestir depois a roupa).Se não me engano, foi Foucault quem disse que o melhor momento é quando o amante, após o ato, toma o táxi. O que não impediu de ele ter um amor constante durante um grande período de sua vida. E Simone de Beauvoir e Sartre? Pois é... Estamos, portanto, apenas no início do que eu defendo como em tudo que me meto, a liberdade, se quiserem a anarquia como sinônimo de liberdade plena de fato, portanto também da liberdade sexual. Não de pessoas do mesmo sexo. O amor livre, mas livre mesmo, como pensavam os mais afoitos anarquistas como Émile Armand. A unica coisa em sexo que não gosto é a hipocrisia. Quer gozar mas não diz nem para si nem para os outros e murcha sem nunca desenvolver pessoalmente uma erótica. Sem se deixar embriagar por Afrodite e Cupido. Sem permitir o dionisíaco de Nietzsche se sintetizar com o apolíneo. Desculpem. Foi quase um ensaio. O problema é que a nossa civilização se importa e define o sujeito pelo seu objeto sexual. A liberdade é quando se centraliza no sujeito e não nos objetos. A vontade de sentir prazer com o quê ou com quem pouco importa é apenas uma escolha momentânea sem nenhum importância. Ou então não gostar de tirar a roupa e vestir e, portanto, não querer ter contatos sexuais. Precisamos respeitar o grande número de pessoas, normalíssimas claro, que não gostam de se esfregar com ninguém para obter prazer sexual. Prazeres sexuais não têm importância alguma, o que importa é sermos iguais e livres sem ninguém se preocupar e fiscalizar com quais pessoas você resolveu amar. Temos mais coisas para nos preocupar e muito mais importantes. Quando isso ocorrer chegaremos ao nível da civilização greco-latina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário