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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

TERRORISMO ISLÂMICO NÃO VAI DIMINUIR ENQUANTO A MISÉRIA NÃO DIMINUIR

JORNAL COMENTADO 160
8:17 – 23.09.2013 – Segunda-feira

tony PachecO*

“Grupo de atentado no Quênia jurou lealdade à Al Qaeda”
(“Folha de S. Paulo”, on line)

“Ataque suicida do Taleban mata 75 no Paquistão”
(“A Tarde”, on line)


O fim de semana “animado” do terrorismo islamita (ou islamista), principalmente no Quênia e no Paquistão, leva a uma reflexão: por que os adeptos de Maomé insistem em matar as pessoas ligadas ao Ocidente cristão como forma de chamar a atenção sobre suas causas políticas?
Há quem fale em “guerra santa” entre Islamismo e Cristianismo, uma guerra santa que começou, na verdade, quando Maomé institucionalizou sua nova religião por volta de meados dos anos 600 depois de Cristo, época na qual ele compreendeu que só poderia crescer EM CIMA do Judaísmo e do Cristianismo se quisesse espaço para o seu credo no Oriente Médio e no Norte da África. É por isso que muitas páginas do Corão, a Bíblia dos muçulmanos, são dedicadas à “Jihad”, a guerra santa dos maometanos contra os “infiéis”. Infiéis, no caso, para Maomé, era QUALQUER PESSOA QUE NÃO VIVESSE SOB OS MANDAMENTOS DE ALLAH, o deus que “revelou” a Maomé os fundamentos da nova religião. Na verdade, este rapaz casado com uma viúva rica, era comerciante e tinha muito tempo para se debruçar sobre os ensinamentos judaicos e cristãos, pois tinha contatos com caravanas de mercadores vindos do Império Romano do Oriente (depois que o do Ocidente terminou nas mãos dos bárbaros). Estes mercadores deram a Maomé o conhecimento do Antigo Testamento (judaico) e do Novo Testamento (cristão) para que Maomé fizesse o seu Corão, que não passa de um “requentado” da Bíblia, assim como o Catolicismo, anteriormente, não passa de um “requentado” do Mitraísmo, que era a religião predominante entre os poderosos militares do Império Romano. Religiões que disputam as mesmas mentes e o mesmo espaço têm que, NECESSARIAMENTE, dar “chupadas” nas crenças e ritos da religião que querem derrotar e substituir, senão não conseguem adeptos. Só que Maomé resolveu apimentar o Islamismo com noções de guerra permanente com todos os que não adorassem Allah e ainda colocou um lugar privilegiado no céu islâmico para aqueles devotos que destruíssem vidas e símbolos de outras religiões. Os muçulmanos pacíficos detestam que a gente lembre deste ponto nevrálgico do Islam, mas, infelizmente, é a realidade. Um livro sagrado que diz claramente que quem morrer destruindo vidas de infiéis já tem um lugar certo no paraíso realmente não pode ser chamado de apenas um livro sagrado. Está mais para “A Arte da Guerra” de Sun Tzu do que para catecismo...
Esta é a parte religiosa que pode explicar os 69 mortos (até hoje, segunda-feira, de manhã) no ataque islâmico a um shopping center no Quênia e os 75 mortos cristãos no ataque a uma igreja no Paquistão. Mas, não vamos nos ater só a estes não. No Egito, entre o meu aniversário (14 de agosto passado, me lembro porque estava adoentado e acompanhei o massacre, neste dia, que os militares egípcios perpetraram contra a Irmandade Muçulmana, principalmente no Cairo) e o dia de hoje, já foram mais de 40 ataques de muçulmanos a igrejas e casas de cristãos no Egito. Os islâmicos acusam os cristãos coptas – 10% dos 85 milhões de habitantes do país – de serem a favor da ditadura militar e contra a Irmandade Muçulmana, que foi derrubada do poder. E também na Nigéria e em vários outros países do mundo islâmico, os cristãos sofrem perseguições brutais neste momento, como no Sudão, na Síria, no Líbano, enfim, onde haja um islamita e um cristão, pode saber que se o islamita tiver uma arma, está mirando a cabeça do cristão.
Mas a religião não explica tanta intolerância e terrorismo.

OBAMA SABE O QUE DIZ

Um discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (que é descendente de islamitas do Quênia), proferido em 2011, nos dá a VERDADEIRA RAZÃO desta guerra dos muçulmanos contra o Ocidente. Em verdade, desde que o Império Otomano (islâmico) foi destruído pelas forças ocidentais ao fim da Primeira Guerra Mundial (lembremos que os otomanos foram aliados da Alemanha imperial), que os muçulmanos foram estilhaçados em vários estados mambembes. Onde antes havia um único país, que dominava o Norte da África, o Oriente Médio e o Sul da Europa, o chamado Império Otomano, as potências cristãs vencedoras criaram ficções com nomes como Líbia, Egito, Sudão, Arábia Saudita, Yêmen, Jordânia, Palestina, Síria, Iraque, Turquia, Bósnia entre outros menos cotados. Dividir para dominar. O velho adágio do guerreiro chinês foi novamente colocado em prática. Isto DESTRUIU A ECONOMIA dos povos islâmicos e lançou milhões de muçulmanos na miséria na qual vivem até hoje. No poder nestes países fictícios, os ocidentais colocaram reis e presidentes manipuláveis e totalmente tirânicos, voltados para os interesses ocidentais. E é neste sentido (Obama, claro, não fez esta preleção histórica que fiz, porque ele é presidente dos EUA e não pode falar toda a verdade...) que o presidente Obama lembrou que      o TOTAL DE EXPORTAÇÕES DA SUÍÇA É MAIOR QUE AS EXPORTAÇÕES DE TODOS OS PAÍSES ÁRABES REUNIDOS, se excluirmos o petróleo, única riqueza econômica daquela região.
Agora, imaginem: a Suíça tem a área da Ilha de Marajó, são pouco mais de 40 mil quilômetros quadrados e os países árabes somam 14 milhões de quilômetros quadrados. Uma vez e meia o tamanho do Brasil.
A Suíça tem menos de 8 milhões de habitantes, quase a mesma população do Ceará, e os países árabes somam quase 340 milhões de pessoas...
No entanto, os 8 milhões de suíços (se tirarmos o petróleo, um produto primário cujo resultado econômico NUNCA CHEGOU aos árabes muçulmanos, fica só nas mãos dos reis, xeques e sultões) são MAIS RICOS do que todos os 340 milhões de árabes.
É sobre isso que o anarquista Pierre-Joseph Proudhon falava e, depois dele, Karl Marx sistematizou com sua interpretação materialista da História. Barack Obama, como líder máximo do capitalismo mundial, é claro que não iria citar Proudhon nem Marx, mas é disso que está falando: O TERRORISMO ISLÂMICO É RESULTADO DA MISÉRIA EM QUE VIVEM OS ISLÂMICOS. Só isso.

Agora, a péssima notícia é que não adianta entender o que se passa no Mundo Islâmico. A principal questão é: como reverter uma situação tão dramática, mas tão dramática, que as pessoas preferem vestir um colete cheio de bombas e se atirar sobre um grupo cristão do que continuar vivendo na miséria em que vivem há tanto tempo? 
Sinceramente? Não vejo saída. Teremos muito sangue de cristãos inocentes jorrando nos próximos dias, anos e séculos. E a miséria dos muçulmanos vai aumentar muito, mas muito mesmo.

* tonY Pacheco é jornalista-radialista formado pela UFBA e registrado sob o número 966 no Ministério do Trabalho. Estudou ainda Economia na UFJF e na UFBA e fez curso de Psicanálise com uma sociedade freudiana.


Um comentário:

  1. Veja o que anda andou fazendo teu mini-prefeito, atacando nossa carteira atrvés do carnê do IPTU. Leia a matéria no Bahia Notícias com uma entrevista com Edvaldo Brito, ex-prefeito biônico de Salvador e de quem você é fiel seguidor e admirador.

    "O aumento é de 35% para os imóveis residenciais, calculado sobre o exercício anterior. Eu calculo o IPTU de 2014 observando o IPTU devido em 2013, aí eu vou aumentando até chegar em 35% em 2014. Aí quando chegar em 2015 eu vou aumentar ele, novamente, em mais 35%. Isso são juros? Então, estão fazendo a regra da cumulatividade, que acabou desde a reforma tributária de 1965. Inaugura-se em Salvador, novamente, a tributação em cascata", condenou. Para Edvaldo Brito, o novo IPTU é "um projeto autoritário que emite quase 20 cheques em branco" para o prefeito ACM Neto.

    http://www.bahianoticias.com.br/principal/entrevista/323-edvaldo-brito.html

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