O médico ortopedista Otto Alencar, vice-governador e secretário de Infraestrutura, continua minimizando ou até mesmo brincando diante de uma situação gravíssima que é o caos no sistema ferryboat, explorado pela paulista TWB. Só pode ser brincadeira, gozação ou querer zombar com o sofrimento diário a que os usuários do sistema são submetidos diariamente. Menos de um dia depois do acidente com o ferry "Juracy Magalhães", que ficou à deriva durante mais de duas horas no mar, assunto divulgado inclusive pela mídia nacional, aparece o Dr. Otto para dizer, em entrevista à Rádio Metrópole, que o acidente foi causado pelo "mar agitado".
O vice-governador talvez não saiba que, por mais que esteja agitado, o mar da Baía de Todos os Santos possibilita uma operação absolutamente normal para um navio do porte de um desses ferries que fazem a travessia Salvador-Bom Despacho. As águas na baía são protegidas. E mais: o ferry "Juracy" tinha acabado de sair do Terminal de Bom Despacho e o mar era absolutamente calmo. Como a própria TWB divulgou, o leme do "Juracy" quebrou, o navio ficou sem controle e parou. Portanto, não foi o ''mar agitado'' que provocou o acidente. Caberia ao Dr. Otto, através de seus assessores ou da própria Agerba, conversar antes com o comandante ou com o imediato da embarcação para falar com mais propriedade. Se assim fizesse, iria saber que o navio encostou no banco de área que se formou na bacia de Bom Despacho e que a TWB não teve ainda competência para fazer a dragagem. Com certeza, deve estar esperando um dinheiro do governo, que sempre chega. Não se sabe de onde vem esse interesse todo do secretário Otto em querer tapar o sol com a peneira e ficar a defender a TWB, empresa rejeitada pela unanimidade da população e da imprensa, por prestar um serviço de baixíssima qualidade à população. Talvez seja uma forma de homenager o seu amigo e correligionário Eraldo Tinoco, já falecido, responsável por trazer para a Bahia a TWB, o Comab e a Kaimi. Esse trio, que liquidou e jogou o sistema ferryboat no fundo do poço, chegou em nosso estado no governo de Paulo Souto, do qual Otto Alencar também fazia parte. E o que é mais estranho é que quando o médico ortopedista Otto Alencar fala da TWB, diz sempre: ''Nós recuperamos seis ferries, estamos partindo para o oitavo e nós encontramos apenas dois''. É muito interessante isso. A TWB, até prova em contrário, não é uma empresa do Estado. Ou é Dr. Otto? Mas é tratada como se fosse, com toda a proteção do manto da Seinfra. Recebe o incentivo e dinheiro público. Não é esse o papel do Estado, como agente regulador! Verdadeiramente, não é! E mais: os seis navios que Dr. Otto diz que "nós recuperamos" (leia-se, o Estado, ''dono da TWB''), continuam quebrando constantemente, inclusive o "Ivete Sangalo", que o secretário diz estar ''completamente novo''. Já quebrou quatro vezes depois de passar 40 dias em ''manutenção''. Se é que realmente esses seis navios foram recuperados, por que não entram nunca em tráfego? Um dia o sistema funciona com dois, no outro com três. E nada de a coisa melhorar, só tem piorado, aliás. Vamos repetir aqui: Dr. Otto Alencar já foi um excelente médico ortopedista, tem grandes serviços prestados à Bahia na área de saúde e é um político de qualidade e habilidoso. Uma pessoa de fino trato. Mas não entende nada, absolutamente nada, de navio e de transporte marítimo. E deveria o vice-governador, com todo respeito, se preparar melhor quando fosse falar de um assunto tão grave e complicado como é o ferryboat ea TWB. Inclusive para preservar a sua imagem e a imagem do governo! Gostaria que o JORNAL DA MÍDIA se detivesse para um assunto correlato ao ferry. O acesso por terra ao Morro de S. Paulo através da BA-001, que vai da Ilha até Valença. A estrada está ABANDONADA e Otto Alencar nem se dá conta do MAL ECONÔMICO que está fazendo ao turismo na Bahia. Pela transcrição, TonY PachecO. |
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Secretário da Infraestrutura culpa o mar
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AntonioCarlos mandou esse cara pro espaço porque ele não era competente e não tinha firmeza. Daqui a pouco Wagner tambem enjoa emanda pro espaço também.
ResponderExcluirEnquanto não fizerem uma auditoria séria nas contas da empresa fiscalizada vamos continuar batendo em pessoas. O alvo não deve ser as pessoas, mas os atos delas. E a razão dos atos devem ser identificadas. Por exemplo. No Rio de Janeiro constatou-se policiais que achacavam o tal do Nem a ponto dele faturar 100 mil reais mês e não ficar com dinheiro nenhum. Por isso não era incomodado nas atividades criminosas. Qual a razão da fiscalizadora ser complacente (se é que é complacente) com a empresa fiscalizada? O foco não são as pessoas, mas razões que as movem.
ResponderExcluiresse cara capacho ainda existe ??? o que fez de relevante ?//que obras construiu????
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