tony PacheCO
6:34 – 28.11.2012
– quarta-feira
Redução do
IPI não reduz os preços
e o Estado
perde os impostos à toa
(Deveria
estar em todos os jornais, Internet, rádios e TVs)
Mantega está mostrando o tamanho do prejuízo do Estado com a redução do IPI ou o tamanho do prejuízo do consumidor com esta enrolação toda???
Mantega está mostrando o tamanho do prejuízo do Estado com a redução do IPI ou o tamanho do prejuízo do consumidor com esta enrolação toda???
Hoje, nós vamos fazer o trabalho que os coleguinhas não
estão fazendo. A mídia não se dá mais ao trabalho de investigar, até porque, os
anúncios do esquema automotivo são tão “importantes” que fica “difícil” (para não
usar outro termo), existir imprensa automobilística investigativa. Leitores,
ouvintes, telespectadores e internautas que se lasquem...
Por decisão
do governo Dilma/PT, o Ministério da Fazenda abriu mão dos 7% de IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados), dos carros de mil cilindradas, os famosos 1.0
e entre 5,5% e 6,5% dos carros que vão de 1.0 a 2.0. O governo acertou com as montadoras,
que elas também deveriam fazer sua parte, reduzindo os preços dos 1.0 em 2,5% e
dos acima de 1.0 em 1,5%. Assim, teríamos que carros 1.0 seriam 9,5% mais
baratos e 1.4, 1.6, 1.8 e 2.0, ficariam 7% mais baratos, os flex, e 8% mais
baratos a gasolina.
A verdade é
que isto não está ocorrendo. Se aconteceu pontualmente com alguém, a pessoa deu
sorte. A maioria está PAGANDO MAIS CARO do que devia.
CARROS JÁ
TINHAM DESCONTOS
A verdade é
que, segundo a revista QuatroRodas, todos os carros brasileiros e estrangeiros,
em abril deste ano, já eram vendidos com grandes descontos, pois estavam todos
ENCALHADOS nos pátios das montadoras. A redução do IPI não foi uma bondade do
governo, foi para evitar o DESEMPREGO EM MASSA no setor automobilístico. Só que
montadoras são um oligopólio, como os bancos, a telefonia, a eletricidade,
enfim, os esquemas mandam na economia brasileira. Aqui não existe capitalismo,
TUDO É COMBINADO para que o consumidor pague O MÁXIMO.
QuatroRodas
se deu ao trabalho jornalístico, de publicar, mês a mês, antes da redução do
IPI, os preços REAIS pelos quais os carros estavam sendo vendidos e o preço de
tabela das montadoras.
EXEMPLOS DA
ENROLAÇÃO DO IPI
Ex. 1 - A
Chevrolet está oferecendo o Celta 1.0 por R$23.990 “com desconto do IPI e
desconto da montadora”. Este carro, antes da redução do IPI, custava R$26.008,
mas ERA VENDIDO a R$23.500 em qualquer concessionária, segundo QuatroRodas. Com
a redução do IPI, deveria estar custando R$23.538. Isto é, a Chevrolet está
VENDENDO o carro MAIS CARO 452 reais em relação ao acertado com o governo. E
490 reais mais caro do que JÁ VENDIA antes da redução do IPI.
Ex. 2 – A Volkswagen
está vendendo o Gol G4 (aquele modelo antigo) por R$27.990 depois da redução do
IPI. Mas este carro era vendido antes da redução por R$26.960 e nas lojas ele
saía por R$24.900. Com a redução do IPI e com o acertado com a montadora, o veículo
devia custar 9,5% a menos, isto é, hoje deveria ser vendido a R$24.399. O preço
está, então, 3.591 REAIS ACIMA DO COMBINADO COM O GOVERNO. E 3.090 reais acima
do que JÁ ERA VENDIDO antes da redução do IPI.
Ex. 3 – A Nissan
vendia a Livina 1.6 flex com ar, direção, trio elétrico e airbag por R$43.990
antes da redução do IPI. Com a redução deveria dar um desconto de 7% e vender a
minivan por R$40.911. No entanto, em toda a mídia o anúncio do veículo é de
R$42.950. Está sendo vendido HOJE, 2.039 reais MAIS CARO do que deveria com a redução do IPI.
Vou parar por aqui, pois este levantamento dá um trabalhão da zorra. Mas a "manobra" está acontecendo em todas as montadoras, em maior ou menor grau. Só nestes 3 exemplos, o consumidor está pagando mais caro entre 452 e 3.591 reais. É muito dinheiro.
RESUMO DA
ÓPERA
O Governo
Federal não faz a sua parte de VERIFICAR se o desconto que está dando está
realmente sendo repassado ao consumidor. A mídia não faz a sua parte,
denunciando a manobra gananciosa das montadoras. E o consumidor, coitado, sem
tempo nem pra cuspir, é ENROLADO mais uma vez e está comprando feito besta os
carros MAIS CAROS do que eram antes.
Quer dizer,
com a isenção de impostos, perde o povo brasileiro, pois com menos impostos, são
menos escolas, menos hospitais, menos tudo. Este é o governo de todos nós. E
vamos que vamos!
Sou asinante de 4 Rodas e não vi este levantamento na revista. Poderiam me explicsr isso?
ResponderExcluirAchei que me expressei mal. Não foi você que não entendeu.
ExcluirSeguinte, o que QuatroRodas publica, todo mês, é uma tabela com todos os veículos à venda no Brasil, com duas colunas de preços. Uma, o preço de tabela, o oficial. A outra coluna, com o preço REAL, aquele que é praticado nas lojas.
Agora, o levantamento sobre os três veículos que estão no nosso post, este foi feito por mim e não por QuatroRodas, que reza na mesma cartilha das outras publicações que dependem de anúncios das montadoras. Também sou assinante, é uma boa revista, mas NUNCA fala mal dos carros. Nem da feiúra do design, nem dos motores ultrapassados, nem dos preços exorbitantes, os mais caros do mundo. E obrigado por participar do blog.