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domingo, 12 de julho de 2015

Asfalto "Sonrisal", Cesta do Povo Ogunjá abandonada, o que está acontecendo com Salvador?

Asfalto “sonrisal”, lucros para muita gente

ALEX FERRAZ



Tenho trafegado por TODAS as regiões da cidade, inclusive neste período chuvoso, coisa que, aqui para nós, parece que os prepostos da Prefeitura nunca fazem. E por onde ando, seja em Brotas, Castelo Branco, Paralela, Ribeira, Caminho de Areia etc., vejo buracos novos, novíssimos, no asfalto recém-colocado pela Prefeitura.
O que espanta não é tais buracos continuarem buracos durante o inverno, porque, sabemos, é difícil fazer recuperação com chuva. O espantoso, diria mais, escandaloso, é ver que as vias que ora apresentam tais problemas – e esqueci de falar na trágica Nilo Peçanha, que liga a Calçada ao Largo do Tanque -, passaram muito recentemente por “recuperação”.
Fica no ar, sem esperança de resposta, a pergunta de sempre: por que raios as obras públicas, notadamente nas vias de trânsito, de Salvador têm tão pouca duração? Será mesmo que é proposital para que as empreiteiras – cujos nomes nunca são divulgados – ganhem  mais e mais fazendo “recuperação” a cada semestre. Com a palavra, o prefeito.


Frase da semana: Qual é o mistério que leva a prefeitura a não fiscalizar com rigor as obras públicas?


Abandono e desdém na Cesta do Povo do Ogunjá

Os pilares de ferro que sustentam a estrutura do teto estão visivelmente corroídos pela ferrugem e o máximo que fazem é maquiar com pinturas; no último dia 27, houve tiroteio dentro do mercado, e por pouco alguém não foi vítima de bala perdida; a presença de sacizeiros e marginais em geral é uma constante e, pelo visto, a segurança é meramente decorativa; carros já foram roubados no espaço de lavagem e, de um modo geral, a decadência é visível, com paredes mofadas, rebocos caindo etc.
O impressionante é que esta situação lamentável acontece exatamente no mercado onde funciona a sede da Ebal, empresa que DEVERIA estar trabalhando para oferecer um mínimo de segurança e conforto para frequentadores, consumidores em geral e donos de boxes, que chegam a pagar até R$ 4 mil de aluguel mensal.
Mas nada parece sensibilizar a direção da Ebal, se é que ela existe. Passa da hora de as autoridades responsáveis investigarem a situação terrível do local, fazendo jus aos salários que recebem, que não devem ser pequenos.

E por falar no Ogunjá (I)
O banco Bradesco, pelo visto, resolveu "colaborar" com a baderna reinante no local. O caixa eletrônico está há pelo menos duas semanas sem funcionar, com um aviso mambembe, feito com impressão em papel A4, onde se lê: "Máquina em manutenção, favor procurar outro caixa."
Outro caixa? Aí é que vem o deboche, pois NÃO EXISTE outro caixa na área. Uma bagunça insuportável!

E por falar no Ogunjá (II)

A bagunça que caracteriza a não administração da Ebal no mercado da Cesta do Povo do Ogunjá conta ainda com vias totalmente destruídas na saída, onde os automóveis são submetidos a tantos buracos que, não raro, sofrem sérios danos na suspensão.
Bem, as eleições vêm aí, para prefeito, e logo virão para governador. Duvido que quem trabalha, tem boxes ou frequenta o local votará em quem está hoje no poder. E farão muito bem.

Trânsito intransitável (I)

Salvador esteve, semana passada, em um dos piores momentos de seu trânsito. Fosse em Brotas, Avenida Juracy Magalhães Juníor,  Paralela, Avenida ACM, o cacete, tudo travado.
E, como costuma acontecer, não se via um só agente da Transalvador para tentar por ordem no trânsito. Estavam ocupados em alimentar a indústria de multas penalizando carros estacionados em vielas. Quanta incompetência, meu Deus!

Trânsito intransitável (II)

Quando as ditas autoridades municipais deixarão cair a ficha e perceberão que, muito mais importante do que ficar escondido multando, é civilizado orientar e disciplinar o trânsito?
Olha só, pessoal ,a continuar essa incompetência, proposital ou não, muitos votos custarão nas próximas eleições. Podem anotar aí.

A síndrome de Macunaíma (I)

Na televisão, Romildo Valentino da Silva, 35 anos, nega peremptoriamente aos repórteres de uma rede de TV que dirigia o veículo causador de um sério acidente na zona Leste de São Paulo, na semana passada, envolvendo quatro carros e deixando vários feridos em estado grave.
Minutos antes, porém, ele havia dito à Polícia que tudo foi provocado porque alguém bateu no fundo do seu carro, e daí ele teria perdido o controle.

A síndrome de Macunaíma (II)

Cinicamente, o sujeito disse à TV que estava "observando o acidente" e que nenhum dos carros lhe pertencia.
Eis aí a síntese do caráter nacional, a mentira deslavada e a falta de hombridade para assumir responsabilidade.
É por essas e outras que acho que estamos muitíssimos bem representados no Congresso Nacional e nas assembleias. Hum...

Mulheres assassinadas (I)

É espantoso o crescimento de casos de mulheres assassinadas por ex-maridos, ex-namorados e coisas que tais. Para quem, como eu, por força da profissão, assiste a TODOS os programas policiais de fim de tarde, início de noite, na TV, os fatos chegam com espantosa profusão.
E, pior, ficamos sabendo que a Lei Maria da Penha, mais uma daquelas de Primeiro Mundo que temos no Brasil, não funciona.

Mulheres assassinadas (II)

A tal proteção a quem denuncia, o tal do manter distância da vítima e coisas afins JAMAIS têm resultado prático.
Isso para não falar no desdém que, muitas vezes, acompanha o atendimento às mulheres que ousam prestar queixa.
Somos, mesmo, uma sociedade podre. O resto é papo furado.

Por que a Amazônia segue ao Deus dará?

Vi, e vejo sempre, reportagem na TV mostrando que os milhares de quilômetros da Rodovia Transamazônica, cuja construção foi estandarte da propaganda da ditadura militar nos anos 1970, seguem abandonados, no barro, com atoleiros, enfim, praticamente inúteis para os propósitos anunciados pelos militares.
Um redundante fracasso, mas que consumiu milhões de dólares, que o diria, se vivo fosse, o ministro responsável pela área na época, Mário Andreazza.
Mas esta situação é apenas um ícone do que significa a Amazônia para governos brasileiros que vêm de muitas décadas: abandono  total da região Norte, falta de fiscalização e de incentivos, ou seja, tudo formando um prato prontinho e delicioso para os que estão nos invadindo, ali, ano após ano. Até quando?

A grande desordem urbana (I)

Em Recife, Salvador, Natal ou São Paulo. Tanto faz. A realidade cruel é que, anos após ano, década após década, milhões de pessoas continuam sofrendo com as chuvas, que são esperadas e previsíveis, tudo por falta de saneamento básico e de obras para escoamento das águas.

A grande desordem urbana (II)

A real é que conter inundações, doenças etc., por causa de condições climáticas conhecidas há milênios, é simples.
Bastaria que, por exemplo, as dezenas de bilhões de reais dedicados a estádios para a suspeita Copa do Mundo, fossem aplicados em saneamento e obras SÉRIAS de escoamento das águas pluviais. Mas...

A grande desordem urbana (III)

Aliás, em termos de saneamento urbano, o Brasil continua sendo uma vergonha perante o mundo.
Praticamente 50% da população ainda não têm esgotos tratados.
Fosse na Índia, Bangladesh ou Haiti, com todo respeito pelas populações desses países, seria compreensível.
Mas, aqui, onde se esbanjam bilhões em corrupção e gastos públicos, é uma tremenda vergonha.

EXTORSÃO

Até quando os brasileiros continuarão pagando cada vez mais caro pela energia elétrica, para cobrir os furos causados pela negligência do Estado? Em todo o País, os aumentos da conta de luz seguem assustadores, e dizem que ainda chegarão a mais 40% este ano. Está mais do que na hora de optarmos, seriamente, por fontes alternativas de geração, como a solar. Sim, porque em relação à eólica, ficamos somente naqueles parques de moinhos, sem vias de transmissão, numa demagogia de dar dó.

Um vício intratável?

Falo dos coleguinhas jornalistas de todo o País. Pegaram uma mania, um vício, de relatar a morte de alguém com a frase "não resistiu aos ferimentos", que chega a dar dó.
Ora, por que não dizem simplesmente que o Fulano morreu?

O pior é que há alguns, não satisfeitos com esse hábito terrivel, ainda "completam" dizendo que o cidadão "não resistiu aos ferimentos e morreu". Ora, apontem-me alguém que não resistiu aos ferimentos e ficou vivo, que celebrarei imortalidade da espécie humana. Êita

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