IMPERIALISMO CHINÊS FARÁ O AMERICANO PARECER BRINCADEIRA

JORNAL COMENTADO 220

15:04 - 22.05.2015 - Sexta-feira

tonY paCHEco

A visita do primeiro-ministro chinês Li Keqiang com anúncio de bilhões de dólares em investimentos na América Latina, inclusive no Brasil, esconde a ameaça da China de espalhar seu modelo de economia controlada pelo Estado com mão-de-obra semi-escrava. 

Use o link abaixo para ouvir o áudio da rádio CBN:

http://www.cbnsalvador.com.br/noticias/single-noticias/noticia/tony-pacheco-fala-da-economia-brasileira-com-a-visita-do-ministro-chines-ao-brasil/?cHash=22e3a96a77510a8a19fdce65aff71ab6

Ou leia a coluna:

"E o primeiro-ministro Li Keqiang já está entre nós. E a pergunta da semana é: o quê nossos governantes estão cavando para o futuro da América Latina com esta aproximação?

A China agrada aos dirigentes da Argentina, Venezuela, Bolívia, Equador, Peru e Nicarágua porque aqui quem manda é político que se diz de esquerda e que não se dá bem com a cartilha democrática dos EUA e Europa. Já os chineses, como ditadura feroz que são, encaram com naturalidade as tentativas dos esquerdistas da América Latina para controlar a imprensa e os opositores. A China faz negócio com qualquer ditadura do mundo e já chega dizendo que não vai se meter nos assuntos internos a respeito de Direitos Humanos. Esse papo é uma doce melodia para candidatos a ditador como Nicolás Maduro, da Venezuela.

As relações China-América Latina se davam principalmente na área de alimentos e pularam de 2 bilhões de dólares no ano 2000 para 37 bilhões em 2012, pois não é fácil alimentar 1 bilhão e meio de chineses. A China tem pouca terra arável e sua produção agrícola sofre com poluição sem controle e com secas memoráveis. Nós viramos a horta dos chineses. Mas, nos últimos cinco anos, depois da consolidação dos seus negócios na área agrícola, Pequim agora quer controlar a nossa infraestrutura, o que a Inglaterra fez no século XIX e os EUA no século XX. Resposta da pergunta da semana: a China construiu sua gigantesca economia com destruição do seu meio ambiente, mantendo seus trabalhadores em regime semi-escravo e desrespeitando patentes do mundo inteiro. O que os chineses têm para oferecer é o seu próprio crescimento econômico e não o de qualquer país com o qual negociem. Ainda sentiremos saudades do imperialismo americano. Tony Pacheco para a CBN Salvador."