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domingo, 8 de março de 2015

Introdução à ladrocracia

Ricardo Líper


Achar que este Pais absolutamente desgraçado ainda tinha jeito nunca foi o que pensei. Principalmente quando uma amiga nossa ficou esperando para ser operada dias nessa pocilga chamada Brasil, a noção de desgraça endêmica deste Pais ficou para mim muito clara.

Não sou idiota o suficiente para isolar uma causa da nossa miséria como ideologia. O que sei que é fundamental é o roubo. O roubo, seja sob que bandeira for, é a grande causa da miséria de uma nação. Repare: o roubo que estou aqui falando é o roubo daqueles que formam quadrilhas empresariais e governamentais. Quer dizer, criam empresas não só para prestar serviços ou vender mercadorias, mas visam associar-se a todo tipo de ladrões. Por outro lado, formam partidos políticos ou penetram nos existentes para, na visão deles, serem na realidade, quadrilhas. Na visão do ladrão um partido deve ser essencialmente uma organização criminosa na qual ele pode fazer o que quiser sem ser preso: roubar, empregar pessoas que está comendo no momento, amigos e parentes, enfim todo tipo de crime que vai também ao assassinato, ameaças de morte etc. A única pratica é o crime. A única ideologia é gangsterismo.  Desde o descobrimento desse nosso infeliz País assim foi. Empresa, para muitos dos brasileiros, é quadrilha aberta a todo tipo de roubo e corrupção e partidos políticos também são quadrilhas para que seus membros fiquem milionários. Não é rico, é milionário. Assim sendo atraem os mais espertos ladrões.
O ladrão bobo rouba nas ruas corpo a corpo, o sabido abre uma empresa e, como sua meta é roubar e fazer negociatas, liquida o país em que nasceu e  passa por um grande empresário. Assim foi durante séculos. Como a corrupção é como um câncer, porque todo mundo gosta de dinheiro, a empresa quadrilha compra todas as autoridades e vai de metástase em metástase dando dinheiro, desde o funcionariozinho do cartório até ao alto escalão do país que é o governo decretando a morte do país.


Com essas empresas e esses partidos não tem país, por mais rico que seja, que sobreviva. É por isso que não há no Brasil escolas que prestem, a saúde pública é inexistente porque sempre foi sucateada para os ladrões de empresas e partidos ficarem ricos, e nenhuma segurança. Aqui mesmo em Salvador, terra de muita dor, nunca teve metrô. Pesquise porquê. Só isso:  pesquise porquê.

Solução. O que está ocorrendo agora neste País. Segundo os homens e mulheres honestos precisam se candidatar para termos opção de voto. Não precisa dinheiro para fazer campanha. Vamos mudar isso. As redes sociais podem eleger. Se você não gosta de seu país saqueado e não pretende roubar se candidate. O problema não é só denunciar os ladrões publicamente, mas termos opções. Não se tem. É um apelo. Se você é honesto, se candidate. Vou lhe dizer, eu jamais me candidataria. Não é o meu projeto de vida. Por isso falo de maneira sincera. Se você gosta do país onde nasceu, se você gosta desse povo e sente pena dele e não é ladrão, se candidate. Campanha pobre, gaste pouquissimo. E tem mais, meu amigos que gostam de se candidatar eu não votarei neles porque não tenho a certeza absoluta de que não roubariam e não fariam negociatas.

E tem mais, para mim, que sigo as noções éticas de Esparta e dos samurais, homem, no sentido real da palavra, é aquele que não rouba.  Roubou não é homem nem mulher. Se aplica ao conceito de mulher que nos humanos não são só órgãos genitais é também a sua subjetividade e sua maneira de existir. Se encararmos o conceito de homem e mulher, como pessoas confiáveis dignos de respeito é essa a definição de homem e mulher. Ladrão não se pode confiar nem se respeitar, logo não é nem homem nem mulher, é apenas ladrão. Não pode se chamar um sujeito desse de homem ou de mulher. È um monstro com forma humana. Apenas isso. Seja qual for o pretexto. É apenas um indivíduo que comete alta traição à própria pátria.  
A única ética possível para nos dar o nome de homem ou mulher é não ser desonesto, Não se iludam, desde a grécia antiga. passando pelo japâo medieval e outros povos que fundaram nossa civilização. o critério principal para SE ser humano sempre foi o bushido dos samurais e as máximas dÉlficas. Por isso temos essas nações desenvolvidas e as dominadas pela  ladrocracia em uma miséria total


Podemos sair da cloacra se aprendermos a votar. Esse tipo de  ladrão se enfrenta na urna. Exigir que pessoas honestas desTe país infeliz se candiDatem e você não seja desonesto, não vote em troca de dinheiro ou promessa de emprego. Salve seu país que você terá emrpego e uma vida mais feliz.  

2 comentários:

  1. Professor, o problema da corrupção, do roubo da grana pública, não é uma questão ética. Vejamos o seguinte dado: a classe dominante brasileira, aquela classe que é dona de 46% do PIB segundo estudo do IPEA corresponde a 5 mil famílias. Então como é possível esta minoria, que corresponde a menos de 1% da população ser dominante?

    Ideologias diversionistas, incapacidade de organização das classes subalternas, explicam mas a corrupção explica melhor, ou seja, sem distribuir algumas migalhas para alguns ou um monte de grana para outros a classe dominante deixaria de ser dominante.

    A forma de distribuição deste cala a boca é disponibilizar dinheiro para ser roubado por juízes, desembargadores, prefeitos, diretores de colégios públicos, Ministério Público e membros das Forças Armadas. A grana que é destinada para estes entes só formalmente passam pelos Tribunais de Contas, nunca é fiscalizada ou quando é existe a divisão, o acerto.

    Em outra palavras, é com os fundos públicos que se forma a classe média, este colchão entre o povo e a classe dominante. Estes fundos públicos são transferidos legalmente ou ilegalmente pela corrupção. Em resumo, quando o sujeito rouba mesmo que seja uma migalha já aceita a sociedade como ela é, injusta e absurda em termos de apropriação individual da riqueza socialmente produzida.

    Caso se começasse a prender gente por roubo do dinheiro público, prefeitos vereadores, juízes, desembargadores, funcionários públicos, o sistema explodiria, uma revolução ocorreria pois o suspiro da panela de pressão seria fechado.

    Assim, podemos dizer que a honestidade é revolucionária. Contudo não devemos ser otários e acreditar que a pregação ética da honestidade é algo subversivo, transformador, pois não é, dado que a corrupção é uma política de Estado, como a tortura e a violência policial, não são aberrações, disfunções do sistema, desvios de condutas individuais.

    A corrupção é sistêmica, não é resultado de desvio de condutas individuais, um problema ético. Não vamos ser otários, por favor. Disponibilizar uma montanha de dinheiro como se faz na saúde pública sem a fiscalização e controle é pedir para o dinheiro ser roubado.

    No Brasil o dinheiro público foi feito para ser roubado. Corrupção é uma tática de dominação, de cooptação das lideranças dos dominados, e assim deve ser enfrentada ou então seremos otários a repetir babaquices como "pela ética na política".

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  2. Professor, esqueci de dizer no comentário que fiz sobre o afanamento da grana pública que concordo com seu ponto de vista totalmente: ladrão não é ser humano pois de humano só tem a aparência. Ladrão é um ser destituído de qualquer bondade, senão não rouba. Um ladrão é pior que uma cobra venenosa. E com se dizia antigamente, cobra quando a gente mata deve esbagaçar a cabeça.

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