JORNAL COMENTADO 144
11:07 - 12.08.2013 - Segunda-feira
tony PACheco*
RESPONDENDO
AO VICE-GOVERNADOR DA BAHIA: POR QUE SE GASTA TANTO COM VIGILÂNCIA CONTRA
CORRUPÇÃO? E QUAL A SOLUÇÃO?
"No
Brasil se gasta mais com órgãos de vigilância do que com investimentos de fato”
(Vice-governador
Otto Alencar - PSD-BA - no site bahianoticias.com.br)
“Da
mesma forma que estradas e portos bem estruturados melhoram a produtividade do
País, instituições ineficientes diminuem o ganho da nação.”
(Marcos
Fernandes, diretor da Escola de Economia de S. Paulo)
O
vice-governador da Bahia e também
secretário de Infraestrutura do estado, Otto Alencar, do PSD, deu uma
entrevista ao site “Bahia Notícias” e reclamou que no Brasil se gastaria “mais
com órgãos de vigilância do que com investimentos de fato”. O tom, no entanto,
não foi de júbilo, como seria esperado de uma autoridade pública, mas, sim, de
profundo desgosto, atribuindo aos órgãos de controle dos atos de corrupção o
fato de os governantes não realizarem as obras que o povo brasileiro exige e, dentre
estas, o Metrô de Salvador. Curiosamente, o vice-governador (responsável, entre outras
coisas, pelo caótico sistema ferry-boat que liga Salvador à Ilha de Itaparica)
não citou os casos ESCABROSOS verificados pelo Tribunal de Contas da União
(TCU) nesta obra de mais de uma década de construção do sistema metroviário da capital
baiana.
Para
ajudar o vice-governador a entender por que os órgãos controladores no Brasil
têm ficado de orelhas em pé com nossos políticos corruptos, nós vamos dar uma
ajudinha:
1)
O
Banco Mundial, desde 1996, publica o “Relatório Anual Assuntos de Governança”
e, por ele, se atribui notas de 0 a 100 aos países pela sua VIGILÂNCIA CONTRA A
CORRUPÇÃO. Enquanto países nossos vizinhos, como Uruguai, Costa Rica e Chile (“curiosamente”,
os de melhor qualidade de vida na América Latina) têm nota que quase chega a
90, o Brasil obteve em 2006, um ano após o Escândalo do Mensalão, nota 47. Só fomos melhores que a Rússia, um país que recebeu nota 28 e a China, que recebeu nota 31, dois países que você, quando pesquisa como são administrados, FICA VERMELHO DE VERGONHA ALHEIA;
2)
Entre
206 países verificados pelo Banco Mundial, o Brasil ficou em centésimo sexto
lugar em combate à corrupção;
3)
Num
estudo feito pela Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), “a perda de produtividade provocada por fraudes públicas no Brasil
atinge a casa de US$ 3,5 bilhões por ano" (cerca de 8 bilhões de reais). "Da
mesma forma que estradas e portos bem estruturados melhoram a produtividade do
País, instituições ineficientes diminuem o ganho da nação", afirma Marcos Fernandes, coordenador da Escola paulista;
4)
Segundo
estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o custo da
corrupção no Brasil é muito mais do que supõe a metodologia da Escola de
Economia da FGV em S. Paulo e gira entre 41 e 69 bilhões de reais. UM ROMBO MONSTRUOSO, MAIS DO QUE O PIB DE DEZENAS DE PAÍSES.
OS NÚMEROS ACIMA, QUERIDO VICE-GOVERNADOR, SÃO
AS-SUS-TA-DO-RES!
Apenas por estes quatro quesitos, poderíamos defender que
houvesse UM POLICIAL FEDERAL, 24 horas por dia, atrás de cada vereador, deputado estadual,
deputado federal, senador, prefeito, governador e, claro, uns 100 atrás do
presidente da República.
E a solução é bem simples: não haverá vigilância da
Controladoria da União, tribunais de contas da União, estados e municípios, nem
tampouco vigilância do Ministério Público, NA HORA EM QUE SE PARAR DE
SUPERFATURAR TANTO. ENFIM, SE PARAREM DE ROUBAR TANTO, as obras fluirão
naturalmente.
Ponto.
* tony Pacheco é jornalista-radialista profissional registrado no Ministério do Trabalho e acha que nossos governantes, todos honestíssimos, deveriam ser deixados em paz para nos governar com sua sapiência, honorabilidade e competência.
nossos governantes competentes kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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