Rosemberg Pinto (PT) não levou em consideração a série de
documentos mostrando que a TWB inviabilizou o sistema ferryboat e que que
causou um enorme prejuízo ao Estado. Preferiu apenas defender um ''acordo''
entre as partes. Completamente desinformado sobre o sistema ferryboat, Luiz
Augusto, do PP, seguiu na mesma linha.
REDAÇÃO DO JORNAL DA
MÍDIA
Causou espanto a quem assistiu a reunião de ontem promovida pelos deputados que integram a
Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa a desinformação total e o
pouco caso que alguns parlamentares fazem em relação à gravíssima situação do
transporte marítimo entre Salvador e a Ilha de Itaparica, explorado pela
concessionária TWB.
Diante do quadro caótico apresentado pela
Agerba, através do seu diretor-executivo, Eduardo Pessoa, fundamentado em
relatórios de auditorias feita pela Fipecafi e pela Auditoria Geral do Estado,
um trabalho que consumiu quase 12 meses, insistiam alguns parlamentares que
era preciso, segundo se entendeu, o Estado perdoar a TWB e começar tudo de novo.
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diariamente pela população. O ferry opera com embarcações totalmente
sucateadas, algumas até com rombo no casco, colocando em risco constante a vida
dos usuários do travessia. Tudo por conta do sucateamento dos navios promovido
ao longo dos últimos sete anos pela TWB, como provou o diretor da Agerba.
Será mesmo que os nossos
nobres deputado, eleitos pelo povo, são tão desinformados assim? Será que eles
não acompanham o noticiário da imprensa? Será que não assistem aos telejornais?
Ora, isso não importa. Devem acompanhar, sim. Mas o que
interessa a esses parlamentares que defenderam tanto a TWB é que a situação do
ferryboat siga no mesmo nível de caos. E que a concessionária prossiga na Bahia
dilapidando o patrimônio público, ganhando muito dinheiro e arruinando a vida
da população sofrida da Ilha de Itaparica e de uma parcela significativa dos
moradores de Salvador.
Com certeza, esses parlamentares defensores da concessionária da
três letrinhas – de ordinários serviços prestados à população, acusada pelo
Ministério Público da Bahia, entre outras mazelas de praticar fraudes contra o
Estado – nunca entraram em um ferryboat daqueles.
Um deles, o deputado Rosemberg Pinto, do PT, partido do
governador Jaques Wagner, passou até mesmo por cima dos interesses da
população, do governo e do Estado para chamar a atenção de todos para as
”consequências” do rompimento do contrato de concessão, que deverá sair até o
final do mês.
Não é a primeira vez, é bom que se diga, que o deputado
Rosemberg sai em defesa da TWB na Assembleia. O fato já se repetiu em pelo
mesnos três oportunidades anteriores. O parlamentar, que é funcionário de
carreira da Petrobras, mantém ligações de amizade com o dono da TWB, Reinaldo
Pinto dos Santos, segundo informações que circulam nos bastidores da Assembleia
e do próprio governo.
Como já foi divulgado, a empresa TWB é prestadora de serviço à
Petrobras, através da Premolnavi Construções Navais, que atua em Pernambuco. Circulam
informações, também, que Pinto, o deputado, teria incentivado Pinto, o dono da
TWB, a implantar um estaleiro em Itaparica, que constuíria inclusive pequenas
embarcação para o projeto do Pré-Sal. Felizmente para a Bahia esse projeto nunca
foi executado. Seria mais um desastre para os baianos.
Rosemberg Pinto foi taxativo: “Eu não acredito em uma solução
emergencial para o sistema ferryboat… É impossível sair de um serviço desse sem
haver um pacto com a concessionária atual… Não acredito que exista empresa
interessada no ferryboat…”
O deputado Pinto tentou jogar no esgoto todo o trabalho
desenvolvido nos últimos 12 meses pelo Governo Wagner, através da Seinfra e
Agerba. Dizer o parlamentar que não pode existir solução emergencial é um absurdo.
Se o objetivo era encher a bola e deixar o dono da TWB à vontade para chutar e
difundir suas mentiras na reunião da Comissão de Infraestrutura, tudo bem.
Em 2004, em uma situação muito menos grave, o governador Paulo
Souto decretou a intervenção no sistema ferryboat operado na época pela Kaimi.
Outro parlamentar que também defendeu claramente a TWB foi Luiz
Augusto, do PP. Totalmente por fora do sistema ferryboat, desconhecendo toda a
situação anterior e a atual, esse parlamentar não disse coisa com coisa. Luiz
Augusto com certeza absoluta nunca foi lá conferir o que é que a TWB oferece
aos baianos. Trata-se de um fazendeiro, criador de gado em Guanambi, que não
tem o menor compromisso com as reivindicações dos usuários e com o sofrimento
da população.
“Eu quero ver se vamos terminar a reunião sem um acordo entre a
Agerba e a TWB. Eu só quero ver”, gritou outro deputado, salvo engano o Sandro
Régis. Como se a solução para o ferry fosse simplesmente um acordo entre as
partes. Outro que não disse nada com nada foi o deputado Mário Negromonte
Filho. E podia até ter dito se fosse um parlamentar que se interessasse pelo
problema. Afinal, Negromonte foi chefe de gabinete do ex-secretário João Leão,
por onde passavam os processos da TWB. Foi uma época muito propícia para a
concessionária, que transitava com desenvoltura nos gabinetes da Seinfra e da
Agerba.
A saída da TWB da Bahia, queiram ou não os nobres deputados que
defendem a concessionária, não é apenas uma decisão do governo, da Seinfra ou
da Agerba. É um anseio da população, que eles (os deputados) não querem
respeitar e não se preocupam em defender. O Ministério
Público da Bahia já recomendou a intervenção no sistema, com base nas
informações seguras que passou a contar e que não deixam qualquer dúvida sobre
a situação caótica e a total incapacidade de a TWB continuar à sua frente.
Como bem colocou a deputada Maria Del Carmem (PT), é muito
estranho que agora se queira (os colegas dela) questionar as auditorias
realizadas, o Ministério Público e o interesse do governo em querer melhorar o
serviço prestado aos usuários. Infelizmente, os parlamentares, repetimos, uma
boa parcela deles, demonstraram que não têm condições, qualificação e
competência para resolver e nem apontar soluções para o problema do ferryboat.
Transformar a TWB em vítima soa muito mal principalmente para
quem conhece as estripulias dessa empresa na Bahia. Tentar transformar o
diretor Eduardo Pessoa, da Agerba, em perseguidor, como faz alguns setores da
imprensa, é babaquice, é desinformação. É querer confundir a opinião pública
com informações infundadas. Nada disso resolverá a situação vexatória do
sistema ferryboat.
é o mesmo Rosemberg das quadrilhas de são joão, que o jornal da metropole mostrou ?
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