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Príncipe Charles, da Inglaterra, compara Putin a Hitler
O famoso COI, o Comitê Olímpico Internacional, decidiu, em 1931, que a Olimpíada de Verão (este mesmo campeonato que aconteceu recentemente no Brasil), devia se realizar em Berlim, em agosto de 1936. Só que em 1933, Adolf Hitler tornou-se primeiro-ministro ("chanceler") da Alemanha. Atletas judeus de todo o mundo tentaram fazer um boicote aos jogos, mas o Sindicato dos Atletas Amadores dos Estados Unidos decidiu, em 1935, que seu país devia participar e, aí, esvaziaram-se todos os movimentos de boicote no mundo todo. E deu no que deu: Hitler fez da Olimpíada uma peça gigantesca de propaganda do seu regime. Os adeptos do boicote lembravam que em 1935, Hitler já tinha anexado o Sarre e cinco meses antes da Olimpíada anexou também a Renânia, ambas regiões livres do governo central de Berlim e, no caso do Sarre, um refúgio para os fugitivos do nazismo que chegavam aos montes do resto da Alemanha a partir de 1933. Mas EUA, Rússia, Inglaterra e França (as superpotências de então) resolveram não enfrentar Hitler e deu no que deu: com a propaganda da Olimpíada de agosto de 1936, tornou-se um ídolo das massas alemãs e menos de um ano e meio depois invadia a Áustria e Tchecoslováquia e, em 1939, apagava a Polônia do mapa mundial, repartida que foi com os comunistas de Stálin, o líder da Rússia, então chamada União Soviética.
E esta história se conta, para que se entenda a necessidade de um boicote a esta Copa do Mundo na Rússia: o atual líder russo, Vladimir Putin, que manda em Moscou desde 1999 e não admite opositores, tem invadido territórios na Ucrânia, Moldova e Geórgia, sem que nenhuma potência mundial o confronte. Da mesma maneira pusilânime que estas potências agiram com as invasões militares promovidas pela Alemanha de Hitler. Bombardeia o território sírio impiedosamente, matando milhares de civis apenas para manter os interesses geoeconômicos da Rússia no Oriente Médio através de um enfrentamento com os EUA e União Europeia. E, diante disso tudo, consegue realizar um evento de propaganda política de nível mundial, como é a Copa do Mundo, ajudado por todas as potências mundiais, com apenas uma ressalva tímida da Inglaterra, já que Putin teria mandado eliminar cidadãos russos no território inglês.
Leia os 9 pontos abaixo dos últimos atos do governo russo, dentro da Rússia e no resto do mundo, e responda para você mesmo: vale a pena o Brasil participar de uma peça de marketing político dessas diante dos perigos que ela representa para o povo russo e para a paz mundial?
Investigações nos EUA apontam que hackers russos distorceram o resultado das eleições e levaram Trump ao poder
- LEGALIZAÇÃO DO ESPANCAMENTO DE MULHERES E FILHOS PELOS MARIDOS/PAIS RUSSOS: em
fevereiro de 2017, com apoio do Congresso russo e da Igreja Cristã
Ortodoxa Russa, Vladimir Putin sancionou a lei que permite aos homens
chefes de família espancar suas mulheres e filhos uma vez por ano, desde
que não quebrem nenhum osso. Os religiosos cristãos ortodoxos disseram que
isso “faz parte das tradições russas”. Nem vamos comentar. Só isso já
seria suficiente para nenhum cidadão do mundo pisar na Rússia nesta Copa
do Mundo.
- INTERFERÊNCIA RUSSA NOS RESULTADOS ELEITORAIS
NOS EUA: o governo de Moscou é acusado de interferência direta de hackers
a serviço da Rússia nos resultados eleitorais que prejudicaram Hillary
Clinton e deram a vitória a Donald Trump nas eleições de 2016 nos Estados
Unidos.
- ESCOLHAS DA RÚSSIA E
QATAR PARA COPAS PODEM TER SIDO FRAUDADAS: Jamil Chade é jornalista
internacional e autor do livro “Política, Propina e Futebol” e mostra que
há anos corre uma investigação judicial nos Estados Unidos, com o auxílio
das autoridades da Suíça, sobre a corrupção no futebol brasileiro e
mundial nos últimos 25 anos, o que coloca em dúvida a honestidade da
escolha da Rússia (2018) e do Qatar (2022) para sedes de Copa do Mundo. O
FBI e as autoridades suíças já prenderam vários dirigentes do futebol
mundial, inclusive o dirigente da CBF e ex-governador de São Paulo do
período da ditadura militar, José Maria Marin. Rússia e Brasil são dois
países que se recusam a ajudar a Suíça e os EUA na punição aos corruptos
do futebol, chegando ao cúmulo de no governo Putin terem sido destruídos
todos os computadores daquele país que tinham qualquer informação sobre a
escolha da Rússia para sede da Copa e uma juíza do Rio de Janeiro proibiu
qualquer colaboração do Brasil com o FBI e as autoridades americanas sobre
o caso de corrupção no futebol brasileiro e seus dirigentes, isso em pleno
governo Dilma, em 2015. Só isso já seria suficiente para qualquer
brasileiro ficar com um pé atrás sobre os resultados dos jogos desta Copa
da Rússia e da próxima no Qatar. O que estiver nos placares dos estádios
russos pode não ser exatamente o que foi jogado em campo e sim resultado
dos saldos bancários dos dirigentes de futebol (“cartolas”), políticos,
redes de TV e empresas em paraísos fiscais...
- ASSASSINATO DE OPOSITORES RUSSOS NA INGLATERRA:
o assassinato de opositores do regime russo dentro do território da
Inglaterra, em 2018, levou a primeira-ministra Theresa May a liderar um
movimento de repúdio ocidental contra a Rússia. Diante disso, Inglaterra e
Islândia já decidiram que não vão mandar autoridades de seus países à Copa
na Rússia.
- LEI DE 2013 PUNE COM MULTA E CADEIA QUEM “FIZER
PROPAGANDA DE ATOS SEXUAIS NÃO-TRADICIONAIS”: com este singelo nome
(“não-tradicionais”), Vladimir Putin colocou em ação uma caça aos LGBTs na
Rússia, chegando alguns membros da Federação Russa, como a Chechênia, a
criar campos de concentração para homoafetivos (gays e lésbicas). O
Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo, considerou que a lei
é “discriminatória e encoraja a homofobia” e estabeleceu multas a serem
pagas pelo governo russo a três ativistas LGBTs que foram processados por
“propaganda a favor de atos sexuais não-tradicionais”.
- INVASÃO E ANEXAÇÃO DA CRIMEIA UCRANIANA: imagine
que os EUA, a China ou a Rússia entendessem que o Rio Grande do Norte é um
território importantíssimo estrategicamente não só para as viagens
espaciais (Base de Alcântara) como para o controle do tráfego marítimo no
Atlântico Sul e um deles três resolvesse encher o território potiguar,
pacificamente, de americanos, chineses ou russos! Imaginou? Pois é o que a
Rússia fez com a Ucrânia há quatro anos. A invasão da Península da Crimeia
em fevereiro de 2014, pela Rússia, e sua posterior anexação, foi um golpe
de mestre. Durante o mês de fevereiro, Vladimir Putin mandou soldados e
civis para a base russa na Crimeia, porque os tolos que governam a Ucrânia
cederam parte de seu território nacional para o governo de Moscou na época
do colapso da União Soviética que resultou na independência ucraniana.
Silenciosamente, os militares e civis russos, aos milhares, passaram o mês
invadindo pacificamente a Crimeia. Em março, a Rússia anunciou que estava
anexando a península ao seu território. E não deu um tiro sequer. E lá se
vão quatro anos e EUA e União Europeia muito esbravejaram, xingaram, mas,
de concreto mesmo, nada contra a Rússia.
- INTERVENÇÃO MILITAR RUSSA NO LESTE DA UCRÂNIA: a
intervenção do governo russo, no início de 2014, com armas e combatentes
nas regiões de Donetsk e Lugansk (habitadas por entre 40 e 45% de russos)
, na Ucrânia, visando anexá-las posteriormente, como Putin fez com a
Crimeia, é um atentado à soberania ucraniana que já dura quatro anos.
Milhares de mortos depois, as duas regiões mantêm-se em guerra contra o
governo central de Kiev com ajuda militar russa.
- OCUPAÇÃO MILITAR DA TRANSNÍSTRIA: quando a União
Soviética começou a desabar, em 1990, o Exército Vermelho (Rússia) se
antecipou e mandou um enorme contingente bem armado à fronteira entre a
República Socialista Soviética da Moldávia e a República Socialista
Soviética da Ucrânia e juntou-se aos russos naturais daquela região
(chamada pelos moldovos de Transnístria) e declararam a independência da
região. Desde então, esta parte do território moldovo (hoje o nome da antiga
RSS da Moldávia passou a ser República da Moldova) passou a ser “independente”, mas, na
verdade, é controlado pelo presidente Putin.
- OCUPAÇÃO MILITAR DA ABKHÁZIA E OSSÉTIA DO SUL: a
situação vista na Transnístria se repetiu nestes dois territórios da
antiga República Socialista Soviética da Geórgia, parte da URSS. Em 1991,
com o colapso da União Soviética, a linha dura do Exército russo começou a
mandar tropas para as regiões georgianas habitadas por abkházios
muçulmanos nas margens georgianas do Mar Negro e ossetos, no norte da
Geórgia, fronteira com a região semi-autônoma de Ossétia do Norte,
pertencente à Rússia. Depois de guerras apoiadas pelos russos, abkházios e
ossetos do sul conseguiram se manter independentes do governo georgiano de
Tbilisi com a presença de tropas da Rússia, numa clara ocupação militar de
partes da Geórgia.
Só faltou escrever em caixa alta que é contra o BRICS também. Gostei de sua forma inteligente de defender o imperialismo norte-americano. Por falar em imperialismo você nunca mai escreveu sobre o preço da gasolina depois do golpe de 2016. Venda do petróleo do pré-sal nem se fala. Parabéns.
ResponderExcluirAcertou de novo. Sou contra o BRICS, pois só agentes da China como você são a favor do BRICS, um grupo que tem um país que vai ganhar tudo e outros quatro que vão ser massa de manobra e fornecedores de matérias primas e mercado consumidor. Programa de chinês. Você está ganhando em yuans? kkkkkkkkkkkkkkk
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