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quarta-feira, 27 de abril de 2016

RACISMO E ESCRITORES

Ricardo Líper

Uma questão foi aberta com a crítica aos livros de Monteiro Lobato que são racistas. Sim, são racistas e o escritor foi nazista. Tem documentação dada pelo próprio autor defendendo a eugenia.
Bem, aí ocorrem duas questões: a censura a livros e manifestações de ideias e como agir em situações nas quais se depara com um livro ou filme que seja  fascista.
O termo é esse mesmo: fascista. Isto é, ter um pretexto para humilhar e fazer sofrer o semelhante para o desqualificar e exercer o poder sobre o outro. O que o fascista quer, e isto tenho insistido, é fazer  o outro sofrer. Ele só quer  na vida poder e dinheiro. E faz tudo para, sem nenhum limite ou ética, atingir esse seu único objetivo. Ele tem, sim, um traço psicológico forte de psicopatia. Aqui definido como psicopata aquele que não tem a capacidade de se importar com o sofrimento do outro e, principalmente, se facilitado ou provocado por ele. É um comportamento como esse que se torna politico. Os pretextos não importam. Pode ser a cor da pele, se tem vagina ou não, se é mais liberal sexualmente quanto ao objeto de prazer sexual. Enfim tudo pode ser um pretexto para essa besta fera explorar, perseguir e fazer sofrer o semelhante. E existem muitos graus de psicopatia e de fascismo. Pode ser uma piadinha aparentemente inocente até a agressão e o assassinato. O fascismo é a expressão política da psicopatia. Eu vi na porta de um sanitário a seguinte frase: "Sua piada faz que a cada dia se mate um travesti".



Mas vamos à solução que acho possível quanto ao racismo e a eugenia de Monteiro Lobato.  

Primeiro não se deve queimar ou proibir livros ou seja lá o que for. O fascismo se vence com a recusa e a crítica permanente contra ele. Por isso é  fundamental que o direito à crítica, seja lá ao que for,  ser resguardado. Mas aí deve se ter também um cuidado. Muita gente que quer aparecer se diz até racista ou a favor de espancar mulheres ou homofóbico. Pode vir tudo isso junto para ficar na boca de todos e ser alvo de um debate. Quer dizer, voltar a focar, ao debater no seu discurso,  o que tem de humilhação e agressividade com o semelhante. E a melhor resposta é não cair nessa armadilha. Ou seja: deve-se observar se a pessoa fascista merece um debate, merece uma crítica. Porque o silêncio e o esquecimento é o túmulo da obra. Entretanto, esse não é o caso de Monteiro Lobato.  E quem colocou esse livro na lista para crianças em escolas deveria ter percebido o racismo dele e, nesse caso, cabe sim mostrar às crianças que esse livro é racista e, inclusive, aproveitar a oportunidade, para descrever as entrelinhas de quê, querendo fazer graça, gera agressões, assassinatos e humilhação dos outros.
Eu não avalio ninguém pelo corpo, idade, sexo etc., apenas por seu comportamento. Isto é, se é canalha, ladrão, autoritário, isto é, fascista. Se é uma pessoa honesta, não quer me usar e me tirar por otário, tenho por ela grande respeito, amizade e a felicidade de  ter tido a sorte de a tê-la encontrado entre milhões de outras pessoas. Eu não vejo um corpo que fala, eu procuro ver a alma. Antes de se ser racista tem de ser primeiro canalha. Reparem que a beleza de uma pessoa, quando ela é canalha, ladrona e autoritária, quer dizer, sua alma e sua beleza embaça e se transforma em feiúra. É impressionante como aparece no corpo antes belo a sua monstruosidade. Por isso os gregos associavam beleza e ética. E Oscar Wilde escreveu O Retrato de Dorian Gray.

Foi lamentável esse episódio porque esse escritor saiu do esquecimento e se repetiu em artigos as coisas repelentes escritas por esse rapaz. Eu tive a sorte de em criança não ter lido seus livros e aliás nunca li. Li livros de aventuras com heróis e heroínas lutando contra a opressão e a maldade de reis  e rainhas como fez Branca de Neve com os 7 anões e Cinderela com o autoritarismo  e exploração de sua madrasta. Ora, tantas lendas da tradição africana a se colocar para crianças e escolhem justamente uma obra racista... Que grande vacilo. 


SR. FHC, NÃO TEMOS COMPLEXO DE INFERIORIDADE, OS POLÍTICOS NOS TORNARAM UM PAÍS INFERIOR. 

Alex Ferraz

A Federação Internacional de Pilotos de Linhas Aéreas acaba de rebaixar o Brasil no ranking da segurança de voos. Motivo: o tremendo risco dos balões, que povoam nossos céus o ano todo, com formidável intensificação nesta época do ano.
Mas não é só na aviação que o País tem feito um pouso forçado nos últimos tempos. Estamos péssimos no ranking da educação, da saúde pública, da segurança pública (somos campeões de assassinatos no mundo!), da economia e, claro, da ética. Para não falar no desmoronamento do futebol brasileiro, que chega a ser motivo de chacota na Europa.
Certa vez o então presidente FHC disse aos que criticavam o País que o brasileiro tem “complexo de inferioridade”. Foi uma das besteiras ditas pelo intelectual mandatário tucano. Não temos complexo de inferioridade. Temos sido, isto sim, há décadas, conduzidos à inferioridade por dirigentes e políticos em geral que fazem questão de manter o povo na mais abjeta ignorância, alienado, pois assim podem manter as rédeas sobre uma população que é obrigada a ir às urnas para autenticar a eleição de gente que se abastece dos cofres públicos.

“Brasil não tem partido de direita, de esquerda, de nada, tem um bando de salafrários que se reúnem pra roubar juntos.” (Diogo Mainardi, jornalista)


Ainda sobre a “inferioridade” (I)
Vejam o que acontece com as obras públicas neste País (exemplo mais recente vem, da ciclovia do Rio), onde não há fiscalização, não há responsabilidade alguma por parte de empreiteiras e seus engenheiros (se é que podem ser chamados de engenheiros), e sobram superfaturamentos, que, aliás, já viraram coisa “normal.”

Ainda sobre a “inferioridade” (II)
Veja o que acontece com a segurança pública, onde alguns governantes chegam a aplaudir a ação fascista da Polícia, que invade casas e matam  inocentes, mas só nos bairros pobres; onde o crime organizado cresce como bambu, dotado de armas cada vez mais sofisticadas; onde conduzir-se de ônibus, seja na cidade, seja nas estradas, virou torturante aventura sujeita a assaltos e mortes; onde, enfim, temos que olhar para trás, assustados, a cada passo, em qualquer rua ou avenida. Isto não é complexo de inferioridade, senhores. Isto é inferioridade real!

Ainda sobre a “inferioridade” (III)

Finalmente, olhem para nossos políticos. De TODOS os partidos, ditos “representantes” do povo. Trabalham arduamente quando se trata de defender interesses deles (poder e dinheiro), sorteiam ministérios como moeda de troca, entregando o comando de setores cruciais a gente que nada entende do assunto; postam-se como raposas à espreita da galinha dos ovos de ouro do erário, e sorriem, descabidamente, quando se lhes joga na cara um processo de por tremenda e milionária corrupção. É isso aí.

Enfim, uma superioridade!

Em Pindamonhangaba (SP), dois sujeitos, ditos os principais comerciantes da cidade (um deles dono de grade revenda de carros), faziam um “pega” (ou “racha”, como chamam lá) e, a 150km/h em avenida com limite de 30 km/h, um deles bateu no carro de uma família, que capotou, matando uma garota de sete anos e ferindo gravemente a mãe.
Bêbados, foram conduzidos a uma delegacia, mas a delegada os liberou imediatamente. E tem mais: a Polícia permitiu que eles retirassem seus veículos do local, em guincho próprio (mexeram na cena do crime) e até ontem ninguém sabia onde estavam os carros. Podemos, sim, ter complexo de superioridade...Em impunidade!

AGORA, ACABOU A VACINA!


Por que as pessoas têm que varar madrugadas na porta de postos de saúde para conseguir, quando conseguem, ser vacinadas? Por que não se faz como antigamente, quando havia vacinas em hospitais e postos públicos durante TODO o ano? As atuais campanhas de vacinação em massa são, na verdade, mais um instrumento do maldito marketing político para angariar simpatia, mas o tiro tem saído pela culatra por causa do descaso geral no atendimento E, pasmem, em também pela falta de vacinas! Esse país é mesmo uma tragédia...

Alex Ferraz é repórter e colunista (coluna "Em Tempo") da "TRIBUNA DA BAHIA" e publicamos estes textos a seu pedido.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

ALEX FERRAZ E A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: OS POLÍTICOS ESTÃO USANDO O T.S.E. PARA LAVAR DINHEIRO?


ALEX FERRAZ



Estaria o TSE lavando dinheiro?

A notícia foi dada no dia 25 de novembro de 2014, entre outras mídias, pelo site G1: “A campanha eleitoral da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) arrecadou doações de R$ 318 milhões em dinheiro e gastou um pouco menos, deixando uma sobra de R$ 169 mil. Já a campanha de Aécio Neves (PSDB) captou R$ 201 milhões, mas, com gastos de R$ 216 milhões, ficou com uma dívida de R$ 15 milhões.
Os números foram informados nesta terça-feira (25) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e confirmados ao G1 pelos coordenadores financeiros das duas campanhas. A partir de agora, caberá à Justiça Eleitoral analisar os dados para conferir se as receitas e despesas conferem com o que foi informado pelos partidos.

Pois bem. Este foi o fato, digamos, oficial em relação aos gastos de campanha, revelando que as doações devem ter sido realmente substanciais. Dois anos depois, sucessivas denúncias feitas inclusive por executivos de empreiteiras que encheram os cofres de praticamente todos os partidos, mas notadamente apostando mais alto no PT e no PSDB, dão conta de que muito desse dinheiro teve origem espúria, fruto de propinas, num imenso escândalo de corrupção que teria beneficiado Dilma e Aécio.
Ora, os acusados de receber dinheiro sujo, incluindo diversos parlamentares, têm sempre uma resposta pronta, na ponta da língua, que eles acham ser um aval definitivo: “Está tudo registrado no Tribunal Superior Eleitoral” (TSE). Então, pelo visto, estaria havendo uma lavagem, ainda que, digamos, involuntária, desse dinheiro sujo em pleno TSE?


Recuso-me a acreditar, claro, que seja algo intencional. Mas, ao mesmo tempo, fico intrigado com o fato de dinheiro de corrupção passar despercebido pelo órgão máximo das eleições no País, e que tem, entre outras, exatamente a função de apurar e validar (ou não...) os recursos utilizados pelos partidos e políticos individualmente, em campanhas. A conclusão, enfim, é que o TSE não apura a origem do dinheiro do qual recebe “prestação de contas”. Uma falha imperdoável.
Assim, a sociedade brasileira, pelo menos a parte mais esclarecida e que (ainda) pensa, está a exigir do TSE um esclarecimento público sobre esses repasses registrados na corte pelos políticos e seus partidos. É preciso vir a público explicar, usando linguagem simples e inteligível pelos mortais comuns, como é feito o registro dessas verbas e o porquê de, aparentemente, não haver qualquer apuração quanto à origem do dinheiro. E se isso não é atribuição do TSE (?), que se crie, imediatamente, um órgão ISENTO que possa avaliar, detalhadamente, de onde vem o dinheiro dado de mão beijada aos partidos e políticos em geral.

Aliás, só para finalizar, devo registrar aqui a minha suspeita (já disse aos senhores leitores que sou um paranóico e vivo enxergando chifre em cabeça de cavalo) de que boa parte dessas verbas milionárias, e no mais das vezes de origem criminosa, não é gasta com a campanha, mas lavada e devidamente embolsada para engordar contas particulares. Infelizmente é este o objetivo primordial dos políticos brasileiros: enriquecer, e muito, à custa de doações espúrias, e, claro, do assalto aos cofres públicos. Se eu estiver mentindo, que me processem.

Alex Ferraz é colunista diário e repórter  da "Tribuna da Bahia" e solicitou a publicação deste artigo aqui no blog "OsInimigosDoRei".

sexta-feira, 8 de abril de 2016

BIG LÔRA DECIFRA REFORMA AGRÁRIA DE DILMA E PEDE AO T.C.U. QUE DEIXE O NEGÓCIO FLUIR

BIG LÔRA DEFENDE A REFORMA AGRÁRIA DE DILMA COM LAND ROVERS E TERRAS PARA OS DEFUNTOS

by tOny pAcheCO

                                                             La Big Lôra, a decifradora

Tive que recorrer a Big Lôra para entender este negócio de Reforma Agrária com mais de 19 mil mortos como "beneficiários" e muitos veículos de alto luxo Land Rover. Agora, entendi e quero que a reforma continue e na parte dos Land Rovers, chegue até a mim.
E diz a Big Lôra, multiespecialista "diumtudo": 1) Land Rover - "só os inguinorantis Tony não sabem Ingrêis. Land é Terra, burras! A presidenta fez uma reforma agrária automobilística. Horrível lidar com quem não é troglodita (oops!), poliglota"; 2) Terra para defuntos - "O que é que um vivente mais necessita quando morre, Tony? Ser enTERRAdo. Quer que eu desenhe? Depois do aedis aegypti, agora teremos a Reforma Agrária Egípcia, ou estes críticos coxinhas acham que é pouca terra pra fazer um túmulo desses aí da foto? Povo inguinoranti, sabe nada de estória. Gente tosca".
Resumo da ópera: "Seu" TCU, libera a Reforma Agrária da Dilma já!!! A minha parte eu quero em Land Rover, porque é da Terra e eu sei Inglês.


                        "Land, do Ingrêis, Terra. Pirâmide, túmulo que exige muita terra."