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segunda-feira, 7 de março de 2016

NÃO ADIANTAM BLITZE NEM EXECUÇÕES. A VIOLÊNCIA SÓ ESTÁ AUMENTANDO

Alex Ferraz

O que genericamente chamamos de violência toma conta dos bairros e sitia a população de Salvador
Em 2015, primeiro ano do mandato do governador Rui Costa, poucos dias após a posse do governador houve uma chacina no bairro de Barreiras. Muita gente aplaudiu a execução de 13 pessoas e o próprio governador “ponderou” que não podia condenar a Polícia.
Concomitantemente, intensificaram-se as blitze da PM em toda a cidade e até parecia que estávamos em Estado de Sítio.
No entanto, nada disso conteve a escalada da violência e, hoje, basta ligar a TV pela manhã, em qualquer noticiário, para ficar sabendo de crimes e toque de recolher em inúmeros bairros da cidade, como ocorreu recentemente na Fazenda Grande do Retiro, Engenho Velho da Federação, Nordeste de Amaralina e Cidade Nova, para citar apenas alguns.
Em suma: desde que os módulos da PM foram desativados e passaram a haver apenas rondas esporádicas pelos locais mais violentos, instalou-se o caos. Portanto, fica claro que as ações de fachada como blitze e abordagens de moleques nas esquinas, não raro espancados, de nada adiantam. Absolutamente nada.
Devo dizer que não acho totalmente nulos os efeitos das blitze (a despeito dos transtornos que causam e de abordagens muitas vezes arrogantes). No entanto, é óbvio que meia ou uma hora parando carros e motos, seguida do sumiço das ruas, em nada contribuem para a redução da violência. Serve apenas como espetáculo burlesco de propaganda. E só.
O sumiço dos módulos da PM
Lembro-me que havia um módulo da PM no Largo do Tororó, onde morei por alguns anos, no final da década de 1980. Funcionava 24 horas e havia poucas ocorrências na área.
No entanto, quando veio a desativação maciça dos módulos, ele foi demolido e hoje o que se vê, claro, é o caos e o medo também por lá. Onde havia módulos e hoje não há, como Ponta do Humaitá, Boa Viagem, Campo da Pólvora e nos bairros populares, hoje é tudo terra-de-ninguém, com ladrões e traficantes “trabalhando” à vontade.
Na verdade, módulo mesmo só restou o do Porto da Barra, Graça e Campo Grande, que formam o Triângulo Helena Rubinstein, região, aliás, que é muitíssimo bem tratada pelo policiamento, diga-se de passagem. Huuuum...
Atualmente, as rondas policiais são fracas, não existe mais a figura do par (ou trio, sei lá) de PMs a pé fiscalizando bairros (salvo raríssimas exceções, como Barra e Centro), e quando há ações do crime que fecham comércio e decretam toque de recolher, em alguns bairros, coloca-se uma viatura durante alguns dias e depois, babau! Até quando a segurança pública será tratada com tamanho desdém senhores?
DESPERDÍCIO
Que o trato com a coisa pública no Brasil, por parte das autoridades, é um deboche, disso já sabemos. Mas ainda há fatos que nos surpreendem: no Rio de Janeiro, há cerca de uma semana, foram descobertas mil toneladas (isso mesmo, um milhão de quilos) de remédios vencidos que jamais foram distribuídos. Não bastasse o escândalo em si, anunciou-se anteontem que o estado fluminense, pasmem, vai gastar R$ 1 milhão para incinerar os produtos! É mole, Pezão?!
UM ITAÚ DE FILAS PRA VOCÊ
Mesmo sendo parceira do Itaú nessa história dos bicicletários, a Prefeitura de Salvador deveria dignar-se a dar uma satisfação às centenas de pessoas que todos os dias vão à Agência Piedade desse banco, onde são submetidas a torturantes esperas.
Tive que fazer um pagamento no dia 29 último, lá, e fiquei uma hora numa fila gigantesca. E quando reclamei à gerência e nos caixas, fui tratado com desdém. Cadê a zorra da Lei dos 15 Minutos, Prefeitura??

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