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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

ALEX FERRAZ VÊ O INFERNAL DIA A DIA EM SALVADOR

JORNAL COMENTADO 244
17.12.2015 – Quinta-feira – 10h31min

“Alex Ferraz vê o inferno nosso de cada dia”
Coluna “Em Tempo”,  jornal “Tribuna da Bahia


Bandidos fazem o que querem na Lapinha
Manhã do último dia 15. A cidadã sai de casa, na Lapinha, para pegar um ônibus a fim de dirigir-se a uma clínica médica. Mal pôs os pés no primeiro degrau do coletivo e lá se foi sua bolsa, com dinheiro e documentos, arrancada por um marginal.
Noite do dia anterior, por volta das 22 horas. Alunos de colégios próximos (e são muitos, inclusive públicos) aguardam ônibus no ponto do Largo da Lapinha. De repente, para um veículo e um dos ocupantes, pistola em punho, “faz a limpa”, roubando mochilas e celulares.
Assim está o bairro da Lapinha, e, por extensão, Barbalho e Liberdade e olhe que o atual governador é antigo morador da área.
Durante uns dois ou três meses do ano passado, devido a muitas queixas, manteve-se duplas de PM no local, dia e noite, mas foram INEXPLICAVELMENTE retiradas e até hoje o máximo que se vê é uma ou outra viatura passar, rapidamente. Um caos!

Ainda sobre a violência (I)
Nunca é demais lembrar que a Lapinha é sítio histórico de Salvador e lá estão, inclusive, uma estátua em homenagem a Maria Quitéria (no Largo da Soledade) e o abrigo da galeota “Gratidão do Povo”, peça tradicional das comemorações do 2 de Julho, a data-magna da Bahia. Não sei como ainda não roubaram aquela galeota...

Ainda sobre a violência (II)
Mas se na Lapinha tem a “Gratidão do Povo”, há também a ingratidão das autoridades, estadual e municipal, que só policiam a área com decência, inclusive usando a Guarda Municipal (que, na verdade, não se sabe a que veio), no período dos festejos do 2 de Julho. Depois, tchau e bênção!
Aliás, cabe lembrar que o governador Rui Costa sempre fala sobre sua origem humilde, criado naquela região. Oh, governador, ordene à PM que policie dignamente, de forma contínua, aquele local, que, depois de Cajazeiras, é o maior aglomerado humano de Salvador!!!

Ainda sobre a violência (III)
E por fala em violência, dirigente do Sindicato dos Rodoviários, em entrevista à TV a propósito do protesto de ontem, revelou que Salvador já sofreu mais de DOIS MIL assaltos a ônibus em 2015.
É assustador, coisa de quinto mundo. E uma prova de que blitz pomposa, com soldados cheios de armas e revistando todo mundo, parecendo Estado de Sítio, não adianta.
Aliás, o problema da violência no Brasil nem é arranhado pela simples repressão armada. Mas não querem acreditar nisso, inclusive a maioria da população. Então, toma!

Nem sinal de sinal
Moradores d bairro de Castelo Branco – assim como dos vizinhos Dom Avelar e Águas Claras – queixam-se amargamente do péssimo atendimento de internet, principalmente em relação à operadora Vivo, que parece morta.
Além disso, as operadoras costumam modificar planos em consulta e, claro, sem aprovação do cliente, como fez a Oi com um assinante de Castelo Branco, que teve seu plano de R$ 80 mudado para outro de R$ 200, sem que ele tivesse pedido coisa alguma. Mas ganhou na Justiça.


Um comentário:

  1. Narrar casos de violência não leva a nada. Nem não ser contra os partidos políticos porque a imprensa diz tratar-se de quadrilhas. O modelo de gestão pública já morreu e o importante agora é estabelecer novo padrão de vida.

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