Ricardo Líper
Se eu fosse consultor do PT jamais deixaria que o povo ficasse indignado com o partido. Mas eu não sou o consultor. Aliás, as eleições, embora eu vote, não me entusiasmaram muito. Existem países condenados por uma maldição de elites que se alternam os levando a uma miséria permanente e sem jeito. Basta sair e olhar o povo nas ruas, nas filas do atendimento médico. Enfim, vamos deixar de hipocrisia. Nosso miserável dia-a -dia nesse infeliz país mostra que somos subdesenvolvidos e miseráveis sob todos os pontos de vista. Basta isso, nada mais do que isso. Se o governo, seja ele qual for, prestasse, não viveríamos nesse inferno porque os países civilizados, e não os iguais ao nosso, não vivem assim e ponto final. Se vivemos assim é porque desde o descobrimento tivemos governos da pior espécie. Até os que dizem ter ideologias, na prática fazem as mesmas coisas. Estou mais para Foucault, que mostrou que a sociedade se muda pelas lutas nas relações de poder dentro da sociedade. Vi a mudança real do racismo com o movimento negro unificado e a mundial libertação sexual em todos os níveis, pela luta das mulheres e daqueles e daquelas que terem ter o direito de levar para cama quem quiser, desde que adultos e se vestir como quiser, sem o nhonhozinho, psiquiatras, católicos e protestantes dizerem como eles vão gozar e se vestir. Isso foi um grande avanço. Agora, quem assume o poder é um detalhe. Só que o povo tem uma peculiaridade. Ele não é burro. Quando as atitudes do governante irritam e indignam o povo, ele, em bloco, vota contra. Aposta no próximo. A emoção, às vezes, é muito mais sensata do que a razão. O homem sempre sobreviveu pela emoção. Outro sinônimo do descrédito: muitos votos nulos e brancos. Por que nesse país desgraçado e autoritário, se dizendo democrático, se persegue quem não vai votar? O voto é obrigatório nessa coisa que se chama aqui de democracia.
A dona do TSE já insinuou ontem depois das eleições que é preciso se fazer algo para evitar toda a abstenção que houve (em Salvador e Vitória da Conquista foi, coincidentemente, 21% do eleitorado). Gente que não tá nem ai com eleição. E que deveria ser desobrigada a votar. Juntando com votos nulos e brancos em Salvador foram aproximadamente 30% do eleitorado que não achou nada legal sair de casa e votar prá não mudar nada (como diria o jornalista da novela Gabriela).
ResponderExcluirÉ, Ricardo, a ideia dentro de uma democracia burguesa é justamente a que você deixou clara: o entra e sai dos partidos. Esquerda e Direita se alternam no poder, para que o capitalismo continue engrupindo a população como um todo.
Aterrize Ricardo e vislumbre o que é lidar com um partido de mais de um milhão de filiados, muitos semi-letrados e com a formação peculiar do povo brasileiro, pensando da mão para a boca. Como é possível nestas circunstâncias se tornar competivo para disputar eleições com os caras do PFL?
ResponderExcluirOs que temos aí, Jacques Wagner, Pinheiro, Pelegrino, Zé Sérgio Gabrielli, são os melhores que o partido conseguiu formar em trinta anos de disputa política, sempre perdendo.
Melhores só se você trouxer de outro planeta, pois não serão encontrados no PFL, no PDT nem no PSOL. Quem não tem cão caça com gato ou põe a mulher no mato...
kkkkkkk... porra... agora eu vi... o Leninismo sai das catacumbas... ho, ho, ho... a vanguarda do PT "aterrizou" na Lua, e como os Leninistas do século passado acreditam no poder dos intelectuais (tsc, tsc, tsc) que vão levar o Povo aos céus... kkkk... fazia tempo que eu não ria tanto...
ResponderExcluirAna do Calabar...
Ana do Calabar, a que cobra barato, aprenda a ler infeliz, prestará um grande serviço a você e à sociedade brasileira pois terá um analfabeto a menos...
ExcluirAprenderei senhor anônimo burguês intelectual. Pena que o senhor não tem mais a disposição a chibata, prá sua ideia entrar com mais força, como no passado...
ExcluirAna do Calabar...
Muito obrigado Ana do Calabar, usarei a chibata com moderação, mas constantemente.
ExcluirDeveria ser clausula petrea da Constituição: nenhum mandato maior que quatro anos. Ninguém pode se reeleger para o mesmo cargo. PONTO FINAL. Esta bandalheira toda acontece porque Fernando Henrique cirou a reeleição, a ditadura gostava do mandato de oito ano pra senador, enfim, este negocio de politica ser carreira é um berçario de corrupção. FIM DA REELEIÇÃO JÁ, pra qualquer cargo.
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