quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Bombas-relógio do Cáucaso III
Bombas-relógio do Cáucaso II
AZERBAIJÃO
Tem-se como origem do nome a palavra persa “azar”, que significa fogo, daí, Azerbaijão seria a “Terra do Fogo”. Praticamente o mesmo tamanho e população da Áustria, com a diferença que a maioria do povo azeri não vive lá: são 8,4 milhões dentro do país e quase 20 milhões no Irã, onde formam a maior minoria. Faz fronteiras ao Norte com Rússia e Geórgia; a Oeste. Armênia; ao Sul, Irã e a Leste é banhado pelo Mar Cáspio. Embora, desde a independência da extinta União Soviética, o governo de Baku tente convencer ao mundo que é uma democracia parlamentar, na verdade é uma ditadura islâmica. Os cristãos, por exemplo, sequer podem editar a “Bíblia” na língua Azeri (uma língua de origem turca, mas escrita com o alfabeto latino). Baku jura de joelhos que é uma democracia que respeita não só outras religiões que não a maometana, como também permite a livre manifestação política. Mas, na prática, o governo controla tudo. País rico, por conta do petróleo, o Azerbaijão pertence ao Conselho da Europa, mas não respeita os Direitos Humanos consagrados por esta organização, mantendo estrita vigilância política e religiosa sobre a população. Deveria ser parte de um “Conselho da Ásia”, pois suas instituições e cultura têm tudo a ver com as tiranias asiáticas e não com as democracias europeias. Caia fora deste “azar”!
Site oficial de turismo: http://www.azerbaijan.travel/
Site mostra como é difícil a vida de um cristão no Azerbaijão: http://www.portasabertas.org.br/noticias/2013/10/2741584/
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Bombas-relógio do Cáucuso I
ARMÊNIA
A Armênia é um destes países cujo nome pelo qual é conhecida dentro de suas fronteiras não tem nada a ver com o nome pelo qual é chamada pelo resto do mundo, tal como acontece com Alemanha (Deutschland), China (Zhonghua), entre outros. Os armênios chamam seu país de Hayastan. Faz fronteira a Leste com o Azerbaijão, a Oeste com a Turquia, ao Norte com a Geórgia e ao Sul com Irã e Azerbaijão (região de Nakhtchevan). Embora situada na Ásia, a Armênia é considerada um país europeu por razões culturais, assim como o Azerbaijão muçulmano é asiático, pelos mesmos motivos. Com uma área de apenas 29.743 km², é praticamente do tamanho do estado brasileiro de Alagoas e a população de 3,2 milhões de habitantes é muito menor do que os armênios que vivem fora do próprio país: 8 milhões de armênios estão espalhados em vários países do mundo, com maior concentração na Rússia, França, Irã, Estados Unidos e Brasil. Entre nós, com expressiva presença na cidade paulista de Osasco.
Desde a sua independência da antiga União Soviética, em 1991, luta contra dificuldades econômicas terríveis e hoje vive a ameaça de se tornar, novamente, um satélite da Rússia, tal como acontece com a maioria das ex-repúblicas soviéticas que ficaram independentes, mas não tiveram condições de se manter, como Bélarús (Bielo-Rússia), Ucrânia, Cazaquistão, entre outras.
Historicamente perseguidos pelos turcos, os armênios foram massacrados por aquele povo em 1915, sendo 1,5 milhão dizimados pelo Império Otomano. Hoje, a Armênia é um país pobre, com alto índice de desemprego e sem nenhum atrativo maior para o turista, pois sua infraestrutura é reduzidíssima
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por conta da última guerra contra o Azerbaijão e, além disso, dividida politicamente entre aqueles que querem sua adesão à União Europeia e os que defendem um retorno à esfera de influência da Rússia, tal como acontece na Ucrânia.
Não é lugar para passear, a não ser que você seja um descendente de armênios e deseja conhecer seus antepassados e ajudá-los na difícil tarefa de edificar uma Armênia independente, custe o que custar. Que este povo merece esta consideração, não há como questionar.
Filme sobre o país: "Rapsódia Armênia", 2012, de Cesar Gananian, Gary Gananian e Cassiana Der Haroutiounian. Mostra o dia a dia dos armênios através de música e imagens emocionantes.
Site do Consulado da Armênia em São Paulo: http://consuladodaarmenia.com/
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